Respeitem Lula!

"A classe pobre é pobre. A classe média é média. A classe alta é mídia". Murílio Leal Antes que algum apressado diga que o título deste texto é plágio do artigo escrito por Ricardo Noblat (...)

A farsa do "Choque de Gestão" de Aécio "Never"

“Veja” abaixo a farsa que foi o famoso “Choque de Gestão” na administração do ex-governador Aécio “Never" (...)

A MAIS TRADICIONAL E IMPORTANTE FACULDADE DE DIREITO DO BRASIL HOMENAGEIA O MINISTRO LEWANDWSKI

"O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski recebeu um “voto de solidariedade” da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) pela “dedicação, independência e imparcialidade” em sua atuação na corte. (...)

NOVA CLASSE "C"

Tendo em vista a importância do tema, reproduzimos post do sitio "Conversa Afiada" que reproduz trecho da entrevista que Renato Meirelles deu a Kennedy Alencar na RedeTV, que trata da impressionante expansão da classe média brasileira. (...)

domingo, 27 de agosto de 2017

DIRIA O “MAQUIAVÉLICO” SÉRGIO MORO: “AOS AMIGOS OS FAVORES, AOS INIMIGOS A LEI”

Reproduzimos abaixo uma certeira postagem do sítio "Conversa Afiada" 
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/moro-merece-a-presuncao-de-inocencia

Moro merece a presunção de inocência?

Um dia, ele provará de seu próprio veneno...

Conversa Afiada publica excelente análise do brilhante Antônio Carlos de Almeida Castro Kakay sobre uma "reportagem" provavelmente leviana da Fel-lha: uma "ficha falsa" do Moro.

Porém, as considerações do Kakay merecem profunda reflexão: ou o que o Kakay diz, Dr Moro, não vem ao caso?

É claro que temos que dar ao Moro e aos Procuradores a presunção de inocência, o que este juiz e estes procuradores não fariam, mas é interessante notar e anotar algumas questões:

1- O juiz diz que não se deve dar valor à palavra de um "acusado", opa, isto é rigorosamente o que ele faz ao longo de toda a operação!

2- O juiz confirma que sua esposa participou de um escritorio com o seu amigo Zucolotto, mas sem "comunhão de trabalho ou de honorários". Este fato seria certamente usado pelo juiz da 13 vara como forte indício suficiente para uma prisão contra um investigado qualquer. Seria presumida a responsabilidade, e o juiz iria ridicularizar esta linha de defesa.

3- A afirmação de que 2 procuradores enviaram por email uma proposta nos mesmos termos da que o advogado, padrinho de casamento do juiz e sócio da esposa do juiz, seria certamente aceita como mais do que indício, mas como uma prova contundente da relação do advogado com a força tarefa.

4- O fato do juiz ter entrado em contato diretamente com o advogado Zucolatto, seu padrinho de casamento, para enviar uma resposta à Folha, ou seja combinar uma resposta a jornalista, seria interpretado como obstrução de justiça, com prisão preventiva decretada com certeza.

5- A negativa do tal procurador Carlos Fernando de que o advogado Zucolatto , embora conste na procuração, não é seu advogado mas sim um outro nome da procuração, seria ridicularizada e aceita como motivo para uma busca e apreensão no escritório de advocacia.

6- O tal Zucolatto diz que trabalha com a banca Tacla Duran, mas que conhece só Flavia e nem sabia que Rodrigo seria sócio, o que, se fosse analisada tal afirmação pelo juiz da 13 vara certamente daria ensejo a condução coercitiva.

7- E o fato simples da advogada ser também advogada da Odebrecth seria usado como indício de participação na operação.

8- A foto apresentada, claro, seria usada como prova.

9-A negativa de Zucolatto que afirma não ter o aplicativo no seu celular seria fundamento para busca e apreensão do aparelho .
10- Enfim , a afirmação de que o pagamento deveria ser em espécie, não precisaria ter prova, pois o próprio juiz admitiu ontem numa palestra, que a condenação pode ser feita sem sequer precisar do ato de ofício, sem nenhuma comprovação.

Conclusão: Ou seja, embora exista, em tese, a hipótese destes fatos serem falsos o que nos resta perguntar é como eles seriam usados pela República do Parana? Se o tal Dalagnol não usaria a imprensa e a rede social para expor estes fortes "indícios" que se entrelaçam na visão punitiva. Devemos continuar dando a eles a presunção de inocência, mesmo sabendo que eles agiriam de outra forma.
Como diz o poeta "a vida dá, nega e tira", um dia os arbitrários provarão do seu próprio veneno.

Antônio Carlos de Almeida Castro Kakay

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

DA “PRIVATARIA TUCANA” A “PRIVATIFARIA” DOS GOLPISTAS

Por Odilon de Mattos Filho - 22/08/201

Já escrevemos em outra oportunidade, que não obstante toda a resistência dos setores conservadores do Brasil, não há como negar que as “privatarias” ocorridas nos governos “Tucanos” foram, inegavelmente, danosas ao interesse público. 

A propósito, quem se interessar sobre o “submundo” das privatizações no governo FHC, aconselhamos as leituras dos livros “O Brasil Privatizado” do saudoso jornalista Aloysio Biondi e a importante obra/denúncia do jornalista Aumary Ribeiro Júnior, intitulada “Privataria Tucana”. 

É sabido que o ímpeto desta política entreguista por parte dos Governos do PSDB/DEM veio do alinhamento com o chamado “Consenso de Washington” que tinha como meta impor aos países em desenvolvimento medidas básicas para um profundo ajuste macroeconômico, e para tal, uma das receitas foi o desmonte do Estado com a entrega de nossas riquezas à iniciativa privada. 

Passados, aproximadamente, 27 anos das primeiras privatizações “tucanas”, estamos assistindo, uma vez mais, a nossa soberania ser subjugada e o que sobrou do patrimônio do povo brasileiro ser, irresponsavelmente, dilapidado por um governo ilegítimo e, comprovadamente, corrupto. 

Vale lembrar que um dos álibis utilizados para derrubar a presidenta Dilma foi o discurso da necessidade de se recuperar a credibilidade do país junto à comunidade internacional. Realizado o golpe o que estamos assistindo é o Brasil sendo achincalhado por outras Nações e a instalação de um claro governo cleptocrata. 

Neste contexto, Michel Temer assume o Poder e começa a sua segunda fase de trairagem, desta feita, contra o povo brasileiro que tinha optado pelo Projeto de continuidade das políticas públicas de inclusão social e do fortalecimento do Estado como indutor do crescimento e da geração de renda e emprego. 

Aliás, nesse sentido o magnifico historiador Luiz Felipe Alencastro professor emérito da Sorbonne, em Paris, e da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, diise: “...esse governo, de competência derivada, porque decorreu da eleição de Dilma Rousseff, está aplicando uma reforma oposta ao programa de governo que o Temer assinou quando aceitou ser vice. Esse governo não tem legitimidade para virar a mesa, acabar com a CLT, privatizar ou reduzir reserva indígena. A reforma da CLT é feita às escondidas. O [Emmanuel] Macron está fazendo reformas na França, mas foi eleito com essa plataforma e discute com sindicatos...1” 

Nessa nova fase, diferentemente, da época de FHC que estava alinhado ao “Consenso de Washington”, Michel Temer e seu bando ocuparam o Poder e começaram a colocar em prática a política de desmonte do Estado Social e por consequência, o cumprimento dos acordos firmados com os rentistas, banqueiros, os grandes ruralistas e com os mercados nacional e internacional. 

E nessa esteira iniciou-se uma política fiscal e econômica suicida que criou um rombo nas contas públicas jamais vista no país, levando o Brasil a uma total bancarrota. E para tentar salvar o que já morreu, Michel Temer propõe uma saída que aparentemente pode ajudar a tapar esse rombo, mas que na verdade, tem o objetivo de agradar o “Deus Mercado”. Estamos falando da volta das privatizações à toque de caixa, ou melhor, as “privatifarias”, como diz Paulo Henrique Amorim. 

Para iniciar a liquidação de ativos estratégicos do Brasil, Michel Temer, cumprindo acordo pela ajuda no golpe, entrega o Pré-sal, nosso maior tesouro, as empresas estadunidenses. E dando continuidade ao projeto entreguista o governo promete doar à iniciativa privada mais e mais patrimônio do povo brasileiro, brevemente, será a Petrobras . 

O Brasil possui 50 satélites que monitoram o país, todos eles foram privatizados por FHC. Considerando esse dano incalculável para a soberania do país, a presidenta Dilma celebrou um acordo com a França para construção de um satélite 100% nacional e que tem como objetivos contribuir para a segurança do país, para encarar a guerra cibernética, como instrumento para as políticas de saúde, educação e para outros interesses do povo brasileiro e de nossa soberania. No entanto, antes mesmo deste satélite operar 100%, o atual governo vai vendê-lo, no dia 27/08/2017, aos carniceiros privados. As favas o povo brasileiro e a soberania do país, diria Michel Temer e seu bando! 

Dando continuidade à sanha das “privatifarias” o governo anuncia mais um golpe lesa-pátria: a entrega de terras da Amazonas à iniciativa privada e as privatizações da Eletrobrás, da Casa da Moeda, dos aeroportos, da Base de Alcântara e tantos outros bens estratégicos da nossa Nação. 

O Brasil vai entregar à iniciativa privada 40 mil km2 de terras da Amazonas com nove unidades de conservação ambiental, todas revogadas para facilitar a entrega desse patrimônio ecológico às mineradoras internacionais. O volume de terra que será "doado" à iniciativa privada é igual ao tamanho territorial de vários países. 

O governo golpista pretende, também, vender uma das maiores empresas do Setor Elétrico do mundo, a estatal Eletrobrás. Essa empresa foi projetada pelo governo de Getúlio Vargas e criada em 1961. A Eletrobrás tem como atribuições a promoção de estudos, projetos de construção e operação de usinas geradoras, linhas de transmissão e subestações destinadas ao suprimento de energia elétrica do país. A empresa tem um papel decisivo para a expansão da oferta de energia elétrica e o desenvolvimento do país. Hoje a Eletrobrás possui 16 empresas, gera 1/3 da energia instalada no país, é líder em transmissão de energia elétrica no Brasil, teve um lucro de R$ 3,4 bilhões em 2016 e tem investimentos previstos para 2017 e 2021 na ordem de R$ 35,8 bilhões​. Essa é a empresa que Temer quer doar à iniciativa privada e que, certamente, causará danos incalculáveis aos cofres públicos e grandes sacrifícios financeiros ao povo brasileiro. 

Por fim, a privatização da Casa da Moeda. Uma empresa pública fundada em 1694 pelo Rei de Portugal D. Pedro II, com o objetivo de atender a demanda de fabricação de moedas no país. Hoje essa empresa com mais de três séculos é a responsável pela produção do meio circulante brasileiro e de outros produtos de segurança, como passaportes com chips e selos fiscais. O complexo industrial da Casa da Moeda é um dos maiores do gênero no mundo. A empresa teve um faturamento bruto em 2016 na ordem de R$ 2.411.505.407,37. É essa empresa, um dos símbolos da soberania nacional que os golpistas querem entregar na bacia das almas. 

A propósito, Gilberto Bercovici, Professor Titular de Direito Econômico e Economia Política da USP​, escreveu: “...A privatização dessas empresas estatais significa a desestruturação do sistema energético integrado, fundamental para a manutenção de um mercado interno de dimensões continentais, como o brasileiro, e uma inserção internacional competitiva, não subordinada. A fragmentação das empresas estatais de infraestrutura substitui, na maior parte dos casos, o monopólio estatal pelo monopólio ou oligopólio privados, além de romper com o planejamento estratégico e integrado da rede de serviços básicos e com um sistema interligado de tarifas cruzadas. O desmonte do setor elétrico brasileiro, com a anunciada privatização da Eletrobrás, compromete de forma definitiva nossa soberania energética. A soberania energética é um componente essencial da soberania econômica nacional, pois abrange um setor chave da economia do país...2” 

Aqui está um pequeno retrato do que esses canalhas, canalhas e canalhas estão fazendo com o Brasil, e como bem afirmou o grande nacionalista, ex-governador do Rio de Janeiro, Saturnino Braga “...[os golpistas] venderam estradas e aeroportos. E querem vender a nossa Casa da Moeda. Pois agora chega a nova que faltava, desfaçatez que nos deixa sem palavras: querem vender a irmã da Petrobras, vender a luz e a força do Brasil. Querem vender, vender, privatizar. Que vendam, pois, a p... que os pariu!3” 













1 Fonte: https://www.conversaafiada.com.br/politica/alencastro-sepulta-o-parlamentarismo-do-gilmar 
2Fonte:https://www.conversaafiada.com.br/economia/bercovici-quanto-privatizarem-tanto-reestatizaremos 
3 Fonte: https://www.conversaafiada.com.br/economia/saturnino-que-vendam-a-p-que-os-pariu 





quarta-feira, 23 de agosto de 2017

HÁ SALVAÇÃO SEM A POLÍTICA?

Por Odilon de Mattos Fiulho - 15/08/201
Nos períodos de ditadura o Partido Político e os políticos sempre foram vistos como inimigos dos governos e dos governantes.

Hoje, malgrado o golpe político/jurídico/midiático, podemos, ainda, afirmar que vivemos em uma democracia, pelo menos, sob o ponto de vista do funcionamento das instituições. Porém, paradoxalmente, uma grande parcela da sociedade tem agido de forma contrária à democracia.

Já escrevemos que as manifestações de 2013, não obstante aparentarem meros atos democráticos no quais o povo se rebelou contra a corrupção, a verdade é que essas manifestações resultaram no afloramento do ódio, do preconceito e da intolerância, e sob o ponto de vista político/governamental, o resultado foi outro desastre: o poder central caiu nas mãos de um governante ilegítimo, corrupto, sem respaldo popular e executor, tão somente, dos projetos e dos interesses de uma minoria da casta nacional, em detrimento aos interesses do povo brasileiro e da nossa Nação.

Hoje, a despeito dessas manifestações e da Operação Lava-jato, sabemos pelas pesquisas de opinião pública que a eleição para presidente da república em 2018 deverá ser vencida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, o maniqueísmo que está tomando conta da sociedade e o sentimento coletivo de rejeição aos políticos pode mudar, por completo, esse panorama. 

Não obstante todos os retrocessos pós-manifestações de 2013, há um movimento muito mais perigoso, rasteiro e silencioso que pode ganhar espaço e colocar em cheque a nossa democracia. Ganha força no país, com ajuda da mídia, o discurso da negação da política, ou, o negacionismo, termo que remete a um fenômeno específico que tem lugar após a Segunda Guerra Mundial. E esse discurso já começou a surtir efeito. Vários Prefeitos, valendo-se da insatisfação, da frustração e do desgosto da população com a política, utilizaram esse álibi do “apolítico” para conseguirem seus feitos. É o caso, por exemplo, de Dória em São Paulo e Alexandre Kalil em Belo Horizonte,  dois dos maiores colégios eleitorais do Brasil. E somado a isso tivemos, também, nas eleições de 2016 um alto índice de abstenção de votos, com eleitores que votaram branco, nulo ou que simplesmente não compareceram para votar.

Não temos dúvidas de que todos esses fatores corroboram, sobremaneira, para a tese do negacionismo em curso no Brasil, um fenômeno sociológico perigoso e muito próximo do fascismo.

A propósito, o Economista, André Calixtre asseverou: “..O fascismo, no Brasil, assim como em qualquer outro lugar do mundo, nasce do sentimento de negação da política, seja ela tradicional, seja ela a política futura. É a ideia de que a política não serve como instrumento de melhoria das condições sociais e que é preciso substituir esse espaço. Quando se nega esse instrumento da política — a política no grande sentido do termo —, aparece o discurso do fascismo...Esse discurso é muito difícil de ser interpretado, porque ele é, ao mesmo tempo, conservador e progressista, social e individualista, ou seja, é tudo junto porque, na verdade, ele é um sistema de destruição do sistema político, que aparece no momento em que o sistema político democrático se deteriora. Ao mesmo tempo, o fascismo não é um movimento que está fora de nós, o fascismo está à espreita, é uma forma de regime totalitário que avança na deterioração da democracia e não na superação dela...1
 E é dentro deste contexto, que as forças dominantes do país vão agir no ano de 2018. Podemos afirmar, categoricamente, que essas forças, apoiadas pela “mídia nativa”, já estão preparando seus candidatos “apolíticos”, que usarão a Operação Lava-jato como carro-chefe e núcleo deste discurso.

Não temos aqui a pretensão de profetizar, mas, certamente, três fariseus serão apontados pela direita conservadora como os “apolíticos” salvadores da pátria: o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, o Batman brasileiro, o apresentador de TV, Luciano Huck, o bom mocinho ou o ex-treinador da seleção de vôlei do Brasil, Bernadinho, o homem de sucesso e vencedor.

Eis aqui na nossa humilde opinião o quadro que se avizinha para 2108. Resta para nós, esperar que o povo brasileiro tenha memória, sabedoria e amadurecimento político suficiente para não se deixar levar por esse discurso fácil, aparentemente ético, porém, falso e sorrateiro. Não podemos esquecer que o fascismo é exemplo emblemático desse “negacionismo” da política. A história está repleta desses falsos moralistas!




1 Fonte: http://jornalggn.com.br/fora-pauta/o-discurso-fascista-e-a-negacao-da-politica

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

OS REFLEXOS DE JUNHO DE 2013

A liberdade de manifestação é uma garantia constitucional para todo cidadão, aliás, é cláusula pétrea da Magna Carta de 1988.

Neste contexto acompanhamos em junho de 2013, a maior manifestação do povo brasileiro, depois da campanha pelas Diretas Já. Esse ato teve como pauta o impeachment da presidenta Dilma, o apoio à Operação Lava-jato e os protestos contra a corrupção.

Não obstante sabermos que essa manifestação contou com a manipulação da “mídia nativa” e das redes sociais, por meio de robôs bancados pelo empresariado nacional, por banqueiros e por Partidos do campo conservador, há que se reconhecer que a direita soube trabalhar e organizar, com sucesso, os protestos de 2013. Não é por menos que estão conseguindo seus objetivos!

Aliás, nesse sentido José Dirceu aponta: “...não podemos e não devemos subestimar a direita ou desconhecer as mudanças no seu modo de agir e atuar...[Um exemplo] é o ódio que os movem para nos derrotar e nos destruir como força política e social, como partido e consciência política, memória histórica e, principalmente, como legado e conquista de direitos sociais e políticos pelo povo trabalhador e o resgate da dignidade e soberania nacional..1

No entanto, o que nos chama atenção nessa denominada “festa democrática” é o paradoxo que se estabeleceu. A literatura nos mostra que qualquer ato democrático tem como objetivo colher resultados positivos, esse ato, porém, culminou em um retrocesso, político, social, econômico e judicial só visto nos meses que antecederam golpe militar de sessenta e quatro.

Hoje sabemos que essas manifestações foram o estopim para o golpe contra o povo brasileiro e contra a incipiente democracia do país.

No campo midiático, político, social, econômico e judicial, tivemos vários episódios que, certamente, entrarão para a história do país como o pior momento da República Federativa do Brasil.

Não há como negar que a “imprensa familiar” foi, junto com as redes sociais, os principais artífices do movimento de ódio, preconceito e intolerância que se espalhou Brasil afora e que resultou no fortalecimento da direita reacionária e o despertar dos fascistas tupiniquins comandados pelo nefasto pensamento do ignóbil Deputado Jair Bolssonaro.

Aliás, neste sentido Conceição Oliveira preleciona:”...A disseminação do ódio não restringe à personalidades públicas [militante e políticos de esquerda]. Ele é recorrente aos grupos sociais que historicamente sempre ocuparam o lugar de submissão social, daí o ódio aos estudantes cotistas negros que passaram a enegrecer as tradicionalmente arianas universidades brasileiras, e o ódio aos programas como Prouni e Fies, bem como aos programas de renda mínima que combatem a desigualdade histórica..2

No campo político e aproveitando-se da onda de ódio e intolerância que assolou o país, os parlamentares deram o primeiro golpe: o impeachment da presidenta Dilma, uma manobra rasteira que resultou em um falso processo para retirar do Poder uma mandatária sabidamente proba e comprovadamente honesta.

Após esse golpe, assume o Planalto Central o vice Michel Temer o presidente mais rejeitado da história do Brasil e o primeiro presidente no poder a se tornar réu em processos penais. E é com esse presidente ilegítimo que começa o golpe contra o povo e as manobras para proteger os golpistas que o colocaram no Poder.

Neste contexto, presenciamos incrédulos, as tentativas dos golpistas de se livrarem das investigações contra suas pessoas em inúmeros casos de corrupção.

Já o golpe contra a classe trabalhadora veio com as reformas trabalhista e previdenciária. Agora assistimos a nefasta reforma política com as tentativas de se implantar no país o parlamentarismo e o voto distrital. O primeiro, tira do povo o direito de escolher o presidente da república, e o voto distrital tem como meta eleger os mais ricos ou aqueles com maior influência junto ao poder financeiro do país. É uma clara tentativa de implantar no Brasil um governo da plutocracia e da cleptocracia.

No campo social/conômico, vivenciamos o maior desemprego das últimas décadas e o fim das políticas sociais. Ainda na área econômica, mais retrocessos: política fiscal suicida, estagnação da economia com reflexos perversos na indústria e no comércio e claros projetos de lesa pátria, como a entrega do Pré-sal às empresas internacionais, a autorização para que estrangeiros adquirem terras no Brasil, privatizações a toca de caixa e uma política econômica que está levando o país para o fundo do poço.

No campo jurídico, assistimos a conivência e a complacência do Poder Judiciário/MPF com o Estado de Exceção implantado no Brasil. A Operação Lava-jato é emblemática para essa afirmação, pois, estamos vivenciando reiteradas violações aos direitos e garantias fundamentais e o flagrante descumprimento de leis infraconstitucionais. Essa conduta, além de nefasta para a Justiça contamina a sociedade levando-a para uma completa despolitização. Mas não obstante esses aspectos, essa operação que deveria ser um divisor de águas no combate à corrupção, foi transformada em instrumento político, partidário e ideológico contra as forças progressistas, em especial, contra o presidente mais popular da história do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. A persecução penal, a condenação de Lula e a “inimputabilidade” de tucanos são as fezes que faltavam na vala de esgoto do Poder Judiciário.

Mas não obstante, todos esses nefastos efeitos das manifestações de junho de 2013, o que mais chama atenção é o poder anestésico que se abateu sobre o povo brasileiro, os movimentos sociais e a esquerda do país que não conseguem se articular para um contragolpe.

A propósito, o Deputado constituinte de 1988 Aldo Arantes sustenta que “sem o povo nas ruas ficará difícil reconstruir a hegemonia política com a criação de bases sociais amplas e sólidas que permitam conter a onda da direita e avançar na reconquista da democracia e dos direitos do povo, criando condições para as reformas estruturais do estado brasileiro...3”  
   
E realmente, se não sairmos desse estado letárgico o mais rápido possível não temos dúvidas de que o golpe se completará em 2018 e veremos, como consequências, retrocessos muito mais profundos e comprometedores para a sociedade brasileira. Trabalhadores, uni-vos, o firmamento é do condor e a rua é do povo ...!





1 Fonte: https://www.conversaafiada.com.br/brasil/dirceu-responde-a-o-que-fazer
2 Fonte: Golpe16 – Texto de Conceição Oliveira – pag. 45
3 Fonte: https://www.brasil247.com/pt/colunistas/aldoarantes/311694/Por-que-o-povo-n%C3%A3o-est%C3%A1-nas-ruas.htm

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

terça-feira, 8 de agosto de 2017