Já faz parte da triste história do país o sórdido golpe político-jurídico-midiático contra a presidenta Dilma Rousseff e contra a democracia brasileira.
Não temos dúvidas de que a maioria dos juristas pátrios e internacionais é uníssono em reconhecer à falta de fundamentação legal para o impeachment da presidenta Dilma. Tudo isso não passou de um uma abjeta trama objetivando a entrega do Pré-sal e da Petrobras para empresas estadunidenses, o desmonte do Estado e a paralização da operação lava-jato: “temos que estancar essa porra”, disse alto e bom som o líder do atual governo, Romero Jucá aos seus interlocutores.
A propósito, até o jornalista global, Noblat, antipetista confesso tuitou: "a aprovação da anistia do caixa 2 reforça o discurso do PT de q a Dilma foi derrubada p/q a lava-jato pudesse ser estancada1".
Neste mesmo sentido o reconhecido jornalista Glenn Grenwald", afirmou: “...a maior fraude de todas foi o impeachment de Dilma, vendido ao povo como o meio de livrar o país de uma administração danosa e da corrupção, quando na realidade, desde o início, pretendia fazer exatamente o oposto, ou seja, na realidade, Dilma, a presidente honesta, foi afastada para que a corrupção se reinstalasse no coração do poder2”
Passados seis meses do governo golpista assistimos os objetivos sendo cumpridos, porém, como tudo que começa errado termina errado, o desgoverno Temer começa a se deteriorar. Neste curtíssimo intervalo de tempo seis ministros já abandonaram o barco, cinco por suspeita de envolvimento na operação lava-jato. O último a se escafeder foi o braço direito de Temer, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira.
A história da saída de Geddel é extremamente grave e pode colocar o governo Temer em cheque mate. Aliás, esse escândalo já é chamado de “Iphangate”. Segundo depoimento do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, os ministros Geddel Vieira, Eliseu Padilha e o próprio presidente Temer o pressionou para interferir junto ao IPHAN para que o órgão aprovasse um grande empreendimento imobiliário denominado “La Vue Ladeira da Barra”, na cidade de Salvador, onde Geddel teria interesse.
Em depoimento junto à PF o ex-ministro da Cultura disse:“que recebeu uma ligação de Geddel que o pediu, em tom assertivo, que o IPHAN homologasse a decisão autorizativa da obra tomada pelo IPHAN da Bahia. Que nesta ligação, Geddel disse ao depoente que possuía um apartamento naquele empreendimento...Já na quinta-feira, 17, o depoente foi convocado pelo Presidente Michel Temer a comparecer no Palácio do Planalto e nesta reunião o Presidente disse ao depoente que a decisão do IPHAN havia criado “dificuldades operacionais” em seu gabinete, posto que o Ministro Geddel encontrava-se bastante irritado, dizendo ainda ao depoente para que construísse uma saída para que o processo fosse encaminhado à AGU, porque a Ministra Grace Mendonça teria uma solução. No final da conversa o Presidente disse que a política tinha dessas coisas, esse tipo de pressão. Ao final da conversa com o Presidente, o declarante disse que ficou bastante desapontado, uma vez que foi advertido em razão de ter agido sem cometer qualquer tipo de irregularidade...” É típico dessa corja inescrupulosa!
Não temos dúvidas de que esse depoimento é bombástico e somado à gravação entregue a PF pelo ex-ministro Calero com as tratativas com Michel Temer, Geddel e o ministro Eliseu Padilha tudo indica que o governo golpista está muito próximo do fim.
Sem dúvida que, brevemente, Temer vai sentir o sabor amargo da trairagem, ou seja, vai ser derrubado pelo fogo amigo.
Essa é a quadra que
vivemos, a nós só resta esperar que o
exemplo da história se repita e apareça um novo Marechal Lott e garanta ao povo
o seu direito de escolher os seus governantes, ou seja, com a queda de Michel
Temer em 2016 ou 2017, caberá ao povo, por meio de eleições livres e diretas,
escolher o próximo Presidente da República, caso contrário, assistiremos
bestializado mais um golpe, ou melhor, um golpe dentro do golpe!
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