Hoje
qualquer cidadão de conhecimento mediano sabe que o impeachment da presidenta Dilma foi a maior fraude da
República Federativa do Brasil, ou melhor, foi parte de um golpe promovido pela
oligarquia conservadora, com os decisivos apoios da “mídia nativa”, de grupos
internacionais e do Poder Judiciário brasileiro.
Frente
às exitosas e reconhecidas políticas de inclusão social patrocinada pelos
governos de Lula/Dilma a elite conservadora do país percebeu que seria
muito difícil retornar ao Poder pela via democrática, ou seja, pelo voto, dessa
maneira, começou a orquestrar, após o segundo mandato do presidente Lula um
golpe contra os governos trabalhistas e populares e, por conseguinte, contra a
própria democracia.
A
gênese do golpe seu deu com a Ação Penal 470 (mensalão), aqui começa a trama com
a criminalização da política, em especial, do Partido dos Trabalhadores. Nessa
primeira etapa tentaram envolver o presidente Lula, mas, não lograram êxito,
tanto, que Lula conseguiu eleger a presidente Dilma.
Depois
dessa AP começou o segundo round dessa luta pelo golpe: o enfraquecimento do
governo da presidenta Dilma. Aproveitando-se das reivindicações do Movimento “Passe
Livre” e do início dos trabalhos da Operação Lava-jato, grupos de direita, de
extrema direita e de movimentos que se diziam apolítico e apartidário realizaram
grandes manifestações pelo Brasil afora, em especial, na cidade de São Paulo contra
a corrupção, só que apenas aquela cometida no âmbito do governo federal. Quando
esses movimentos ganharam corpo a oligarquia conservadora aproveitou-se do
momento e junto com a imprensa hegemônica começaram apoiar, inclusive,
financeiramente os “líderes coxinhas” desses movimentos.
Arrefecidos
os ânimos, mas com as manifestações vivas no consciente coletivo, vieram as
eleições de 2014 e o sonho da direita fascista de vencê-las com o seu candidato
Aécio Neves, mas como todos sabem o tiro saiu pela culatra e
aí inicia o terceiro round do golpe. Inconformados com a quarta derrota
consecutiva a direita raivosa tentou de tudo para anular as eleições ou impedir
a diplomação da presidente Dilma. Entra em cena o pensamento da velha raposa udenista,
Carlos Lacerda: Dilma não pode ser candidata, se for não pode ser eleita.
Eleita não deve tomar posse. Empossada devemos impedi-la de governar.
A
presidenta foi candidata, venceu, tomou posse, mas, foi impedida de governar. Este foi o quarto round dessa luta pelo golpe, o vergonhoso, ilegal e inconstitucional
impeachment da presidenta Dilma. Aqui não podemos deixar de registrar o papel acovardado e conivente
do STF com esse processo de impedimento. É emblemático, para ficarmos só nesse exempo, a descarada leniência do STF em relação ao Deputado Eduardo Cunha.
Enquanto o parlamentar estava sendo útil ao golpe o mesmo se encontrava imune,
livre e solto para cometer suas diabruras.
O
quinto round tem um leque de ações.
Iniciou com as inúmeras arbitrariedades, ilegalidades e ações inconstitucionais
patrocinadas pela Força Tarefa da Operação Lava-jato, em especial, a chocante
criminalização do PT e a incessante, descarada e vergonhosa caça ao
ex-presidente Lula e tudo diante de uma Corte Constitucional inerte e
intimidada pela opinião publicada. Nesta fase a oligarquia conservadora saiu,
parcialmente, vencedora com a grande derrota do PT nas eleições municipais de
2016.
Apeada
a Presidenta Dilma sob as barbas de um STF acovardado e conivente, deu-se prosseguimento
ao quinto round com as seguintes ações: o desmonte do Estado com a PEC 241, a entrega
do que restou de nossas riquezas naturais, o fim da CLT com a famosa
prevalência do “negociado sobre o legislado”, a reforma da previdência e o flagrante
atentado à Constituição Federal, em especial, aos Direitos e Garantias
Fundamentais do Cidadão.
No
sexto round aparece com mais vigor e já de forma escancarada o STF. Todos nós sabemos
que será muito difícil um Juiz de primeira instância decretar a prisão do
ex-presidente Lula com base apenas em “convicções” dos Procuradores da
República, pois, isso poderia levar o país a uma perigosa convulsão social,
inclusive, com repercussão internacional. Diante desse iminente perigo o STF
achou uma forma mais branda e "legítima" para se prender o presidente Lula: o STF deu uma surpreendente
e abjeta interpretação ao histórico princípio da presunção de inocência. Se
Lula for condenado em segunda instância poderá ser preso e estará,
automaticamente, inelegível para 2018.
Neste
mesmo round o STF mais uma vez nos surpreende em prol do golpe. Recentemente a
Corte Superior, talvez para impedir reações dos servidores contra a PEC 241, decidiu
que a greve no setor público é ilegal, assim, o governante pode descontar
nos vencimentos dos servidores os dias parados com a greve. Outra ação acontecerá
em breve no STF. Os ministros decidirão um Recurso Extraordinário de uma
Empresa de Celulose que pretende terceirizar as atividades fins de sua empresa.
Se aprovado e tudo indica que sim, a decisão terá repercussão geral e cairá por
terra a Súmula 331 do TST,
que protege a classe trabalhadora da precarização do emprego por meio da
terceirização fraudulenta. Será um retrocesso sem precedente contra a
classe trabalhadora!
O
sexto round diz respeito às eleições de 2016. O Jornal FSP publicou matéria afirmando que
o TSE poderá desmembrar o processo de Prestação de Contas da presidenta Dilma da
Prestação do traíra Michel Temer, ou seja, certamente, o presidente ilegítimo terá
suas contas aprovadas e Dilma terá as suas rejeitadas, inclusive, podendo ser denunciada por crime.
Por
fim, poderemos assistir, em breve, o derradeiro round do golpe, ou melhor, o golpe dentro do golpe. O traíra, Michel Temer poderá
ser apeado do seu cargo em 2017 e com isso haveria eleição indireta, ou seja, o
Congresso terá a missão de eleger um novo presidente que comandará o Brasil até
o final de 2018. E quem será o escolhido? A nossa aposta está em três candidatos, pela sequência: FHC, Aécio Neves ou o Ministro Gilmar Mendes. É esperar para ver!
Diante
deste escabroso quadro e pela narrativa acima, não nos resta dúvida de que a oligarquia conservadora venceu essa
luta, se não foi por nocaute, foi por pontos, resta saber se a esquerda terá chance numa, "possível", revanche em 2018!
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