Respeitem Lula!

"A classe pobre é pobre. A classe média é média. A classe alta é mídia". Murílio Leal Antes que algum apressado diga que o título deste texto é plágio do artigo escrito por Ricardo Noblat (...)

A farsa do "Choque de Gestão" de Aécio "Never"

“Veja” abaixo a farsa que foi o famoso “Choque de Gestão” na administração do ex-governador Aécio “Never" (...)

A MAIS TRADICIONAL E IMPORTANTE FACULDADE DE DIREITO DO BRASIL HOMENAGEIA O MINISTRO LEWANDWSKI

"O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski recebeu um “voto de solidariedade” da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) pela “dedicação, independência e imparcialidade” em sua atuação na corte. (...)

NOVA CLASSE "C"

Tendo em vista a importância do tema, reproduzimos post do sitio "Conversa Afiada" que reproduz trecho da entrevista que Renato Meirelles deu a Kennedy Alencar na RedeTV, que trata da impressionante expansão da classe média brasileira. (...)

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

É MESMO O ESTADO DE EXCEÇÃO..!

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

LAWFARE: A NOVA ARMA DO PODER JUDICIÁRIO

A história política nos mostra que o Brasil quase sempre foi governado por uma elite entreguista, preconceituosa e conservadora que visa apenas atender aos seus interesses e de seus parceiros internacionais, e para tanto, atropelam qualquer cidadão ou seguimento da sociedade que cruzam seus caminhos e se oponha ao seu projeto de Poder. 


Neste contexto, tivemos os exemplos dos presidentes Getúlio Vargas, João Goulart, Juscelino Kubitschek e mais recentemente Lula e Dilma, todos esses se atreveram contra a oligarquia dominante e foram defenestrados. Os três primeiros sofreram com suas próprias vidas e os dois restantes estão passando por um processo de sangramento que visa aniquilar com suas reputações e, por conseguinte, matá-los politicamente. 


No passado esse atropelamento contra as forças progressistas e populares se deu com a decisiva e violenta colaboração das Forças Armadas e da “mídia nativa”, hoje esse alijamento que conta ainda com a mídia hegemônica é mais refinado, agora a farda deu lugar à toga.


Com as consagradoras vitórias dos presidentes Lula e Dilma e das inquestionáveis e reconhecidas políticas de inclusão social, as forças conservadoras se viram em enormes dificuldades de voltar ao Poder pelo voto, dessa maneira e cada vez perdendo mais espaço, não titubearam e começaram um processo agressivo de enfraquecimento das forças populares e para tanto buscaram no Poder Judiciário o seu grande e até então insuspeito aliado. 

Esse processo de enfraquecimento político das forças populares deu início no Judiciário com a ação penal 470 (mensalão) e caminha para o fim com a operação lava-jato que, certamente, devolverá o Poder, de maneira definitiva, as elites conservadoras do país. O primeiro passo já foi dado com o impedimento da presidenta Dilma e a posse de um presidente golpista e ilegítimo. 

O Poder Judiciário ciente de sua missão jurídica-política-ideológica contra os governos trabalhistas, mas cautelosos com a opinião pública, começou sua empreitada usando e abusando da lawfare. Essa palavra inglesa é a junção das palavras law que é lei e warfare arma de guerra, ou seja, segundo Susan Tiefenbrun “lawfare é uma arma projetada para destruir o inimigo através do uso, mau uso e abuso do sistema legal e dos meios de comunicação, para levantar o clamor público contra aquele inimigo1”. 

O processo do mensalão com a “Teoria do Domínio do Fato” sem prova foi a primeira investida contra as forças populares. Nesse processo utilizou-se de forma totalmente equivocada e forçada essa Teoria para incriminar os réus, especialmente, os políticos ligados ao governo do PT. Aqui está o primeiro exemplo da utilização lawfare, ou seja, o mau uso e abuso do sistema legal para atingir os inimigos que são os políticos das forças populares. 

Com a operação lava-jato saltam aos olhos a utilização dessa diabólica “arma de guerra”, especialmente, contra o ultimo inimigo a ser abatido que é o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Os exemplos da utilização da lawfare por parte da Força Tarefa da operação Lava-jato e o silêncio das Cortes Superiores comprovam a aliança dessas instituições com a direita conservadora para colocar um fim nesses governos populares. A derrubada da presidenta Dilma e a persecução penal contra o ex-presidente Lula são emblemáticos e corroboram tal afirmativa. 

Citemos alguns exemplos das manipulações das leis e dos procedimentos jurídicos (lawfare) na operação lava-jato: a condução coercitiva de Lula sem motivo que justificasse; um apartamento e um sítio que estão registrados nos respectivos CRI em nome de outras pessoas mas os procuradores afirmam que tais imóveis pertencem a Lula; interceptação pelo Juiz de primeira instância de ligações do ex-presidente Lula para a presidenta Dilma e divulgação do conteúdo das conversas, inclusive, de parte que não tinha conexão com as investigações; grampos no escritório dos advogados de Lula; divulgação da quebra do sigilo bancário do ex-presidente Lula; apresentação pública e televisionada de denúncia contra Lula baseada em “convicções” e não em provas, banalização das “forçadas” delações premiadas, várias e questionáveis prisões temporárias que duram meses, Juiz de primeira instância ou "juizeco" conforme disse o senador Renan Calheiros, que autoriza a PF "invadir" o Senado Federal e tantas outras arbitrariedades travestidas de legalidade. 


Outro fato que caracteriza a lawfare e que se soma aos demais. O Sistema Penal Brasileiro adotou, para caracterizar o crime, o direito penal do fato, isso já está consagrado, inclusive, na nossa jurisprudência. 

No entanto, as autoridades da Força Tarefa que investigam a Operação Lava-jato, deram uma nova interpretação ao sistema penal brasileiro, agora para caracterizar o crime adota-se o direito penal do autor, especialmente, quando se trata da persecução penal contra o ex-presidente Lula. E isso não é mera “convicção”, basta analisar as ações dos Delegados da PF, dos Procuradores e do Juiz Sérgio Moro para se constatar tal assertiva. 

Todas essas táticas lawfare, conforme os exemplos acima, constituíram, como bem afirma os advogados Cristiano Zanin Martins, Roberto Teixeira e Valeska Teixeira Zanin Martins nos seguintes objetivos: "manipular o sistema legal, com aparência de legalidade para fins políticos; abusar do direito para danificar e deslegitimar um adversário; promover ações judiciais para descredibilizar o oponente e influenciar a opinião pública; utilizar a lei para obter publicidade negativa e como instrumento para conectar meios e fins políticos... 2" e outros mais objetivos. 


Mas o que mais choca no lawfare tupiniquim é a justificativa para tal medida. Analisando a ação disciplinar contra o Juiz Sérgio Moro o desembargador/relator Rômulo Pizzolatti do TRF4 teve o desplante em afirmar: “..não há indícios de prática de infração disciplinar por parte de Moro. A lava-jato constitui um caso inédito no Direito brasileiro, com situações que escapam ao regramento genérico destinado aos casos comuns...3”. Trocando em miúdos, o Juiz Sérgio Moro – um magistrado de primeira instância - tem o poder de decidir a excepcionalidade do momento e como tal, ELE pode deixar de aplicar a lei e de obedecer os preceitos constitucionais, pois, ELE é a lei!

Sobre essa escabrosa decisão o mestre Eugenio Raúl Zaffaroni, ex-ministro da Suprema Corte da Argentina, considerado um dos maiores Penalistas do mundo disse:"...a excepcionalidade foi o argumento legitimador de toda inquisição ao largo da história, desde à caça às bruxas até nossos dias, passando por todos os golpes de Estado e as conseguintes ditaduras...4”. 

A propósito, este caso da absolvição do Juiz Sérgio Moro mostra como essa operação Lava-jato é seletiva. O Delegado Protógenes Queiroz foi condenado no STF à prisão, com sentença já transitada em julgado, por vazamentos de informações sigilosas, ou seja, o mesmo "crime" que teria cometido o Juiz Sérgio Moro, bastaria o delegado da PF arguir que aquele momento era excepcional e ele estaria livre, assim como o Juiz Moro.

Realmente estamos vivenciando um momento de profunda degradação do tecido instititucional do Estado brasileiro! É gritante o descalabro e as barbáries cometidas por parte do Poder Judiciário e o silêncio obsequioso da Suprema Corte que tem a competência constitucional de ser a guardião da nossa Carta Magna, mas que na verdade parece que se tornou conivente e partícipe dessas arbitrárias ações. A inaceitável e escabrosa nova interpretação do princípio da presunção da inocência, a derrubada da inviolabilidade do domicílio e a decisão da legalidade de se punir, com corte nos vencimentos de funcionários públicos em greve são provas inequívocas do conluio de todo o Poder Judiciário em prol da oligarquia conservadora do Brasil. 

Por fim, não é exagero algum constatar que estamos assistindo um exacerbado ativismo judicial com o agravante da institucionalização do decisionismo. A decisão do desembargador/relator Rômulo Pizzolatti do TRF4 legitimando as arbitrárias e ilegais ações do Juiz Sérgio por se tratar de um "momento excepcional" corroboram tal afirmativa. Foi esse decisionismo que foi empregado na Alemanha nazista por Carl Schitt para destruir a Constituição Alemã (Constituição Weimar) e legitimar o Poder de Hitler. 

Frente a este "Estado de Exceção" que se implantou no país, vale lembrar as sábias palavras de alerta do mestre Ruy Barbosa que sentenciou: "a esperança nos juízes é a última esperança. Ela estará perdida, quando juízes já não escudarem dos golpes de governo. E, logo que o povo a perder, cada um de nós será legitimamente executor das próprias sentenças, e a anarquia zombará da vontade dos presidentes como o vento do arqueiro que arremata".  










































1Fonte:http://www.jb.com.br/pais/noticias/2016/10/10/ha-muito-lula-foi-definido-como-o-inimigo-numero-1-a-ser-banido-diz-defesa/ 
2Fonte:http://www.abemdaverdade.com.br/2/Noticias/DefesaIdentificaTaticasDeLawfareEmDenunciaContraLula_381/ 
3Fonte:http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/09/desembargador-livra-sergio-moro-processo-lava-jato.html 
4 Fonte: http://justificando.com/2016/10/30/para-zaffaroni-decisao-que-arquivou-acusacao-contra-moro-e-um-escandalo-juridico/


quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O ESTADISTA....!

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O GOLPISTA TEMER E SEUS ALIADOS MENTEM SOBRE A PEC 241

terça-feira, 18 de outubro de 2016

O ESTADO DE EXCEÇÃO IMPLEMENTADO PELOS "CANALHAS"

Lula: por que Moro vai me prender


Em mais de 40 anos de atuação pública, minha vida pessoal foi permanentemente vasculhada - pelos órgãos de segurança, pelos adversários políticos, pela imprensa. Por lutar pela liberdade de organização dos trabalhadores, cheguei a ser preso, condenado como subversivo pela infame Lei de Segurança Nacional da ditadura. Mas jamais encontraram um ato desonesto de minha parte. 

Sei o que fiz antes, durante e depois de ter sido presidente. Nunca fiz nada ilegal, nada que pudesse manchar a minha história. Governei o Brasil com seriedade e dedicação, porque sabia que um trabalhador não podia falhar na Presidência. As falsas acusações que me lançaram não visavam exatamente a minha pessoa, mas o projeto político que sempre representei: de um Brasil mais justo, com oportunidades para todos. 

Às vésperas de completar 71 anos, vejo meu nome no centro de uma verdadeira caçada judicial. Devassaram minhas contas pessoais, as de minha esposa e de meus filhos; grampearam meus telefonemas e divulgaram o conteúdo; invadiram minha casa e conduziram-me à força para depor, sem motivo razoável e sem base legal. Estão à procura de um crime, para me acusar, mas não encontraram e nem vão encontrar. 

Desde que essa caçada começou, na campanha presidencial de 2014, percorro os caminhos da Justiça sem abrir mão de minha agenda. Continuo viajando pelo país, ao encontro dos sindicatos, dos movimentos sociais, dos partidos, para debater e defender o projeto de transformação do Brasil. Não parei para me lamentar e nem desisti da luta por igualdade e justiça social. 

Nestes encontros renovo minha fé no povo brasileiro e no futuro do país. Constato que está viva na memória de nossa gente cada conquista alcançada nos governos do PT: o Bolsa Família, o Luz Para Todos, o Minha Casa, Minha Vida, o novo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), o Programa de Aquisição de Alimentos, a valorização dos salários - em conjunto, proporcionaram a maior ascensão social de todos os tempos. 

Nossa gente não esquecerá dos milhões de jovens pobres e negros que tiveram acesso ao ensino superior. Vai resistir aos retrocessos porque o Brasil quer mais, e não menos direitos. 

Não posso me calar, porém, diante dos abusos cometidos por agentes do Estado que usam a lei como instrumento de perseguição política. Basta observar a reta final das eleições municipais para constatar a caçada ao PT: a aceitação de uma denúncia contra mim, cinco dias depois de apresentada, e a prisão de dois ex-ministros de meu governo foram episódios espetaculosos que certamente interferiram no resultado do pleito. 

Jamais pratiquei, autorizei ou me beneficiei de atos ilícitos na Petrobras ou em qualquer outro setor do governo. Desde a campanha eleitoral de 2014, trabalha-se a narrativa de ser o PT não mais partido, mas uma "organização criminosa", e eu o chefe dessa organização. Essa ideia foi martelada sem descanso por manchetes, capas de revista, rádio e televisão. Precisa ser provada à força, já que "não há fatos, mas convicções". 

Não descarto que meus acusadores acreditem nessa tese maliciosa, talvez julgando os demais por seu próprio código moral. Mas salta aos olhos até mesmo a desproporção entre os bilionários desvios investigados e o que apontam como suposto butim do "chefe", evidenciando a falácia do enredo. 

Percebo, também, uma perigosa ignorância de agentes da lei quanto ao funcionamento do governo e das instituições. Cheguei a essa conclusão nos depoimentos que prestei a delegados e promotores que não sabiam como funciona um governo de coalizão, como tramita uma medida provisória, como se procede numa licitação, como se dá a análise e aprovação, colegiada e técnica, de financiamentos em um banco público, como o BNDES. 

De resto, nesses depoimentos, nada se perguntou de objetivo sobre as hipóteses da acusação. Tenho mesmo a impressão de que não passaram de ritos burocráticos vazios, para cumprir etapas e atender às formalidades do processo. Definitivamente, não serviram ao exercício concreto do direito de defesa. 

Passados dois anos de operações, sempre vazadas com estardalhaço, não conseguiram encontrar nada capaz de vincular meu nome aos desvios investigados. Nenhum centavo não declarado em minhas contas, nenhuma empresa de fachada, nenhuma conta secreta. 

Há 20 anos moro no mesmo apartamento em São Bernardo. Entre as dezenas de réus delatores, nenhum disse que tratou de algo ilegal ou desonesto comigo, a despeito da insistência dos agentes públicos para que o façam, até mesmo como condição para obter benefícios. 

A leviandade, a desproporção e a falta de base legal das denúncias surpreendem e causam indignação, bem como a sofreguidão com que são processadas em juízo. Não mais se importam com fatos, provas, normas do processo. Denunciam e processam por mera convicção - é grave que as instâncias superiores e os órgãos de controle funcional não tomem providências contra os abusos. 

Acusam-me, por exemplo, de ter.ganho ilicitamente um apartamento que nunca me pertenceu - e não pertenceu pela simples razão de que não quis comprá-lo quando me foi oferecida a oportunidade, nem mesmo depois das reformas que, obviamente, seriam acrescentadas ao preço. Como é impossível demonstrar que a propriedade seria minha, pois nunca foi, acusam-me então de ocultá-la, num enredo surreal. 

Acusam-me de corrupção por ter proferido palestras para empresas investigadas na Operação Lava Jato. Como posso ser acusado de corrupção, se não sou mais agente público desde 2011, quando comecei a dar palestras? E que relação pode haver entre os desvios da Petrobras e as apresentações, todas documentadas, que fiz para 42 empresas e organizações de diversos setores, não apenas as cinco investigadas, cobrando preço fixo e recolhendo impostos? 

Meus acusadores sabem que não roubei, não fui corrompido nem tentei obstruir a Justiça, mas não podem admitir. Não podem recuar depois do massacre que promoveram na mídia. Tornaram-se prisioneiros das mentiras que criaram, na maioria das vezes a partir de reportagens facciosas e mal apuradas. Estão condenados a condenar e devem avaliar que, se não me prenderem, serão eles os desmoralizados perante a opinião pública. 

Tento compreender esta caçada como parte da disputa política, muito embora seja um método repugnante de luta. Não é o Lula que pretendem condenar: é o projeto político que represento junto com milhões de brasileiros. Na tentativa de destruir uma corrente de pensamento, estão destruindo os fundamentos da democracia no Brasil. 

É necessário frisar que nós, do PT, sempre apoiamos a investigação, o julgamento e a punição de quem desvia dinheiro do povo. Não é uma afirmação retórica: nós combatemos a corrupção na prática. 

Ninguém atuou tanto para criar mecanismos de transparência e controle de verbas públicas, para fortalecer a Polícia Federal, a Receita e o Ministério Público, para aprovar no Congresso leis mais eficazes contra a corrupção e o crime organizado. Isso é reconhecido até mesmo pelos procuradores que nos acusam. 

Tenho a consciência tranquila e o reconhecimento do povo. Confio que cedo ou tarde a Justiça e a verdade prevalecerão, nem que seja nos livros de história. O que me preocupa, e a todos os democratas, são as contínuas violações ao Estado de Direito. É a sombra do estado de exceção que vem se erguendo sobre o país. 

Luís Inácio Lula da Silva

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

SERÁ O FIM DA DEMOCRACIA E A ASCENÇÃO DO FASCISMO NO MUNDO?

Artigo do maior cronista do Brasil, Fernando Verissimo publicado no Jornal "O Globo". Ainda não li nenhuma análise tão concisa e brilhante como essa!   
Ninguém ganhou
O maior vencedor nas recentes eleições municipais, maior até do que o Suplicy, foi — como disse o Tarso Genro — ninguém. A soma dos votos nulos e brancos, portanto para ninguém, foi maior do que o total de votos válidos, e a tal mensagem das urnas foi a de desprezo pela classe política. Algumas evidências afloraram em meio ao desencanto geral. O PT pagou pelos seus pecados e perdeu força em todo o país. Ganharam força os evangélicos e os bolsonaros. Mas nada significou tanto quanto a votação do ninguém. Que não deve ser festejada: o que há no ar é mais do que uma revolta, é uma clara desesperança com o processo eleitoral e fastio com a democracia. Desmoralizada a política, nos sobra o quê? O silêncio das urnas foi um grito de alerta.

Trump x Hillary foi uma luta de um interminável round. Comentaristas americanos discutem quem foi melhor no counterpunch, em linguagem do boxe o contragolpe a um golpe recebido. No quesito, ganhou o Trump, que mais de uma vez atingiu Hillary com um comentário por baixo da sua guarda, mas o consenso geral é que Hillary ganhou por pontos.

Na Europa, fala-se no fim da austeridade, que sacrificou muita gente em nome da responsabilidade fiscal, um outro nome para irresponsabilidade social, durante anos. Saiu uma matéria a respeito num recente “New York Times”. Tem gente achando que chegou a hora de relaxar e investir em remédios para o desemprego e a pobreza, em vez de seguir a receita do capital financeiro, que não funcionou. Quer dizer, na Europa está acabando o que no Brasil de Temer está começando.

O fim da austeridade não resolve o grande problema do que fazer com os imigrantes que invadem a Europa, fugindo da guerra e da fome. Uma reação à invasão tem sido o crescimento de partidos de direita e de candidatos que, como Trump nos Estados Unidos, pregam o fechamento de fronteiras e a discriminação de imigrantes, principalmente muçulmanos. Trump pode vencer as eleições americanas, partidos de direita podem tomar o poder em muitos países da Europa e no Brasil não se sabe o que fará o ninguém quando vencer o seu silêncio ominoso.



quarta-feira, 12 de outubro de 2016

ESSAS SÃO AS PROPOSTAS DOS GOLPISTAS PARA O DESEMPREGO..!

terça-feira, 11 de outubro de 2016

É EXATAMENTE ASSIM..UMA VERGONHA...UM ESCULACHO...!

terça-feira, 4 de outubro de 2016

OS PRESENTES DE LULA E A PARANOIA DO JUIZ MORO!

Transcrevemos abaixo o excelente texto do jornalista Mauro Santayana postado no site "Tijolaço". A imagem é também do referido site. (http://www.tijolaco.com.br/blog/santayana-e-o-museu-do-lula/)

Mauro Santayanna, em seu blog

Nestes tempos em que os museus estão em voga – o do Amanhã, do Rio de Janeiro, acaba de ganhar, na Inglaterra, o Prêmio Leading Culture Destinations Awards, em cerimônia fartamente badalada pela Globo, o ex-presidente Lula faria bem, muito bem, se alugasse um galpão em São Paulo para expor as “provas” e contra-provas dos numerosos crimes que, supostamente, cometeu.

Desse Museu do Lula poderiam fazer parte coisas improváveis em que, sem embargo, muita gente acredita e afirma na internet, de pés juntos, já ter visto; como Presidencialismo de Coalizão sem negociação de apoio no Congresso; a escritura das numerosas fazendas do Lulinha; a enorme sede de uma delas, que depois se revelou ser a Escola de Agricultura de Piracicaba; os originais, revisados, dos trabalhos de consultoria que os adversários de seu pai dizem que ele não prestou, ou simplesmente copiou e colou da Wikipedia; as ações da JBS Friboi em nome da família; a escritura passada em nome de Lula e de Dona Marisa, do famoso “triplex” do Guarujá, quem sabe grampeada à escritura do não menos famoso sítio de Atibaia; o crucifixo que juram que Lula roubou da parede do Palácio do Planalto; o tal faqueiro de ouro cuja foto fake foi tirada de um site de leilões norte-americano, que circula, há uns quatro anos, como se fosse dele, na internet; um esquema mínimo de defesa institucional de Lula, Dilma e do PT na web – afinal, quem cala, consente – a partir de 2013; uma estratégia também minimamente viável de defesa do legado da sigla à frente da Presidência da República, que tenha ido além da imbecilidade da contumaz marquetagem de plantão.

Na outra ponta, a dos itens “reais”, de existência mais ou menos comprovada, poderiam figurar os pedalinhos da família; as 23 caixas com objetos pessoais (adagas, quadros, livros, etc) apreendidos pela Operação Lava-Jato cuja avaliação foi pedida pelo Juiz Sérgio Moro, que o TCU – em mais uma interpretação retroativa inventada “a priori” sob medida para Lula e o PT afirma que são todos públicos e devem ser incorporados automaticamente e sem exceção ao pátrimônio da União (falando nisso, por onde andam os presentes recebidos, por exemplo, por Fernando Henrique, em seus oito anos como Presidente da República?); os documentos e papéis do ex-presidente que estão em depósitos custeados por uma empreiteira; os cartazes, as matérias com a repercussão, quem sabe, os vídeos, rodando em loop em monitores na parede, das diversas palestras feitas por Lula por meio do instituto que leva seu nome; fotos e vídeos das obras obtidas por ele para empreiteiras, logo, também para trabalhadores e fornecedores brasileiros, no exterior, depois que deixou a Presidência da República, e até mesmo antes disso, como faz qualquer Chefe de Estado que se preze, em apoio a empresas de seu país, na Europa ou nos Estados Unidos; gráficos com os 370 bilhões de dólares economizados em seu governo em reservas internacionais; e de dados macroeconômicos da dívida pública comparando sua gestão com outras gestões; fotos e vídeos das hidrelétricas, refinarias, plataformas de petróleo, projetos de infraestrutura, expansão de ferrovias, duplicação de rodovias, aviões, tanques, submarinos, mísseis, rifles de assalto, etc, desenvolvidos, iniciados ou construídos por seu governo, em um país em que não se viam, há muito tempo, programas e obras semelhantes.

Com o Museu Lula, o ex-presidente poderia cobrar de seus amigos, e de seus muitíssimos inimigos, uma quantia módica, digamos, de 10 reais por ingresso, para que cidadãos comuns pudessem ver de perto, coisas de que a imprensa e muitos internautas falam todos os dias, financiando, dessa forma, a guarda dos objetos e documentos que acumulou à frente da Presidência da República, fechando-os, para exibição – principalmente a estrela do PT – atrás de vidros blindados, para que eles não viessem a sofrer algum atentado, ou, Deus nos livre disso, não corressem o risco de ser roubados por algum amigo do alheio.

O difícil seria colocar, dentro do museu (dependendo do pé direito do prédio) a torre de telefonia celular, de algumas dezenas de metros de altura, que a Polícia Federal está investigando se foi instalada perto do sítio de Atibaia pela OI (Andrade Gutierrez) como forma de corromper o ex-presidente da República, embora quem esteja recebendo aluguel do terreno seja outra pessoa – claro, o terreno da torre, pelo menos até agora, ainda não foi atribuído a Lula – e não se saiba, também, por enquanto, da eventual configuração de uma senha, ou de um código exclusivo para ele, para que apenas o sapo barbudo, como é carinhosamente chamado nas redes sociais – e não as centenas, milhares de usuários de telefone celulares da região – possa enviar e receber sinais por meio das antenas da estrutura.

Se a moda pega – ou se investiga todo mundo a sério e do mesmo jeito, respeitando a Constituição, ou não se investiga ninguém – outras figuras do universo político brasileiro poderiam tomar iniciativa semelhante, expondo objetos fantásticos, que com certeza exerceriam um enorme interesse sobre a curiosidade popular.

Quem não gostaria, por exemplo, de ver, de perto, um certo helicóptero que, reza a lenda, foi apreendido com 445 quilos de cocaína em uma fazenda, no Espírito Santo, cujo dono foi nomeado outro dia pelo Ministério dos Esportes como Secretário Nacional de Futebol?
Ou um clone, quem sabe de plástico, impresso em 3D, só para efeito ilustrativo, do piloto que foi detido com a aeronave, que já está solto há muito tempo e aguada o desenrolar desse caso em liberdade?
Ou o inútil passaporte do Sr. Paulo Maluf, que não pode sair do país, sob risco de detenção pela Interpol?

Ou, colados na parede, em notas de cem dólares, os milhões injustamente atribuídos ao Sr. Eduardo Cunha, com direito a uma explicação de como funciona um “trust” e para que serve essa modalidade de guarda de recursos financeiros muito usada nos bancos suíços ?

Em tempo, caso houvesse espaço, Lula poderia exibir, na primeira parte de seu museu, ao lado de uma cabeça salgada de bacalhau, da imagem de um santo com óculos e de uma coruja dormindo no escuro, outro objeto ainda mais difícil de ser encontrado, nesse absurdo Brasil de hoje.

Um selfizinho a três, com a isonomia no centro, abraçando, de um lado, a Justiça, e, do outro, a Verdade, pode ser?