terça-feira, 24 de março de 2015

JANOT: A LISTA DE FURNAS É AUTENTICA!

O Brasil acompanha passo a passo a Operação Lava-jato e os desdobramentos dessa investigação que se assemelha em muito com a Ação Penal 470 (mensalão), notadamente, com relação à cobertura midiática e a condução do inquérito. 

Já opinamos, anteriormente, que malgrado, a Operação Lava-Jato ser mais uma prova da autonomia da PF e do MP no combate à corrupção, não se pode negar o viés politico que tomou conta de tal investigação e a clara tentativa de se envolver o PT, a Presidenta Dilma e o ex-presidente Lula.

Aliás, o próprio Advogado Antônio Figueiredo Basto - um tucano declarado - que orienta a delação premiada do doleiro Alberto Yousseff ratifica essa afirmativa da politização dessa Operação. Em entrevista, à Mônica Bergamo, o nobre Causídico deixou transparecer que o alvo dos próximos depoimentos é o ex-presidente Lula, inclusive, dizendo que a Presidenta Dilma “deveria se desvincular imediatamente do PT, porque PT significa atraso e corrupção”.

Como já foi noticiado, o envolvimento de Políticos com foro privilegiado nessa investigação fez com que parte do inquérito fosse desmembrado e entregue ao Dr. Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República (PGR), para as devidas investigações e possíveis denúncias contra os envolvidos.

Apresentada a lista de políticos ao PGR, logo veio a público a relação dos envolvidos. Dentre eles figuram nomes do alto escalão da política, como por exemplo, Eduardo Cunha, Presidenta da Câmara dos Deputados e Renan Calheiros, Presidente do Senado, e como sempre a grande surpresa: foi dada como certa a inclusão do Senador Aécio Neves, porém, mesmo sendo citado pelo delator Alberto Yousseff, o “nobre" PGR, retirou Aécio das investigações.

O “curioso” dessa posição do Parquet é que outros envolvidos serão investigados a partir de elementos muito menos robustos do que aqueles contra o Senador Aécio Neves.

O nome do Senador Mineiro aparece envolvido na famosa “Lista de Furnas”. Esse escândalo diz respeito a desvios de recursos financeiros da Empresa de Furnas ao PSDB e PP, por intermédio de Dimas Toledo, um dos Diretores da empresa, indicado por Aécio Neves. O fato foi denunciado, publicamente, pelo Deputado Estadual Rogério Correia (PT/MG). Após a divulgação da citada lista, políticos do PSDB entraram em desespero. Primeiro, tentaram, com o apoio da mídia, desqualificar o fato alegando a falsidade da lista; depois iniciaram uma perseguição a jornalistas que deram publicidade ao caso, e finalmente, ousaram incriminar o Deputado Rogério Correia como falsário. No entanto, nada disso surtiu efeito. O documento foi periciado pela Polícia Federal e se comprovou a sua autenticidade, o que ensejou a denúncia contra Dimas Toledo, por parte da Procuradora da República, Andrea Bayão.

Depois desse fato, eis que surge o vídeo divulgado pelo STF, no qual o doleiro Alberto Yousseff, afirma na Delação Premiada da Operação Lava-jato o possível envolvimento de Aécio Neves na “Lista de Furnas”. Segundo Yousseff, ele ouviu do Deputado Federal José Janene e do presidente da empresa Bauruense, Airton Daré, que Aécio Neves dividiria uma diretoria de Furnas com o PP e que uma irmã dele faria a suposta arrecadação de recursos. O doleiro afirma ainda, que algumas vezes, auxiliou Janene a transportar propinas pagas pela empresa Bauruense por contratos em Furnas. A propina teria sido paga, entre 1996 e 2000 – durante o governo FHC. Yousseff, disse ainda, que Janene arrecadava entre US$ 100 mil e US$ 120 mil mensais, com pagamentos em espécie, em dólares ou reais.

Frente a essa nova denúncia de Yousseff, Parlamentares do PT protocolaram, junto à PGR, Representação em face de Aécio Neves. Segundo o Deputado Rogério Correia a falta de provas alegadas para arquivar as denúncias contra Aécio ganha conexão lógica de causa e efeito se reunidas às declarações de Yousseff e o todo conjunto probatório à denúncia feita pela Procuradora Andréia Baião em 2010.

Assim, e diante de tudo isso, fica claro que há fortes indícios do envolvimento de Aécio Neves nesse escândalo da “Lista de Furnas”. Dessa maneira, o que se espera é que o nobre Procurador-geral da República cumpra o seu dever e instaure a devida investigação contra o Senador Mineiro, caso contrário, ganhará força a tese de que está em curso no país uma institucionalizada ação para criminalizar o PT e o maior líder Político do país, Luiz Inácio Lula da Silva.  

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