Cuba
é um pequeno país localizado no Caribe cuja Capital é Havana. O
país possui 15 Províncias e tem uma área de 110.861Km2 e uma
população de, aproximadamente, 12 milhões de habitantes. A
economia Cubana gira em torno dos produtos agrícolas, pecuária,
mineração e indústria. A renda per capita está em torno U$$ 10.22
com um PIB estimado em U$$ 121 bilhões.
Mesmo
sendo uma pequena Nação, Cuba ainda desperta fascínio, paixões e
calorosas discussões mundo afora, e isso, como bem afirma o
jornalista Saul Leblon, graças à sua “audácia, soberania,
vitórias, tropeços, lições e problemas no caminho da construção
de uma sociedade mais justa e convergente”.
E
realmente a história de Cuba confirma as palavras de Saul Leblon.
Nas décadas que antecederam a Revolução Cubana o país vivia sob o
jugo da ditadura sangrenta e corrupta de Fulgêncio Batista que
transformou Cuba numa colônia e refém dos interesses dos EUA que a
dominava, econômica, social e culturalmente.
Porém,
e após algumas tentativas, finalmente, em 1º de janeiro de 1959,
após grandes batalhas entre os revolucionários comandos por Fidel
Castro e as Forças de Batista, a Revolução que, contou com o
decisivo apoio popular, conseguiu derrubar o governo e instalar a
República Popular de Cuba.
A
Revolução Cubana, afora os problemas econômicos, foi muita
exitosa, especialmente, na área social, pois, eliminaram o
analfabetismo, implementaram um sistema de saúde pública universal
e de alta qualidade, reduziram a zero as taxas de mortalidade
infantil e implantou um sistema de educação que se tornou
referência no mundo. Além dessas políticas, o então Primeiro
Ministro, Fidel Castro implantou profundas transformações no país,
dentre elas destacamos à aproximação de Cuba com a ex-URSS,
desapropriações de empresas estadunidenses e uma ampla Reforma
Agrária que expropriou todos os latifúndios, inclusive, de cidadãos
e empresas norte-americanas. E foram essas transformações que
levaram o rompimento diplomático dos EUA com a “Ilha” calibenha,
inclusive, com pesadas medidas de retaliamentos contra Cuba, como por
exemplo, o cruel bloqueio econômico que já dura mais de meio
século.
Contudo,
como na Política nada é duradouro, após 53 anos de retaliações
contra Cuba o mundo recebeu a notícia da histórica decisão de
reaproximação entre os EUA e Cuba e o possível fim do bloqueio
econômico sofrido pela Ilha Caribenha. Esse acordo, realizado de
forma secreta, começou a ser articulado há aproximadamente 18
meses. As tratativas entre os dois países foram mediadas pelo
governo Canadense e com a participação decisiva do Papa Francisco.
Com esse pacto várias medidas já estão sendo tomadas pelos dois
países, como por exemplo, a libertação de presos políticos e a
instalação de Embaixadas. Mas o passo mais importante para Cuba,
sem dúvidas, é o fim do bloqueio econômico, que somente acontecerá
com a aprovação do Congresso dos EUA.
A
propósito, vale destacar que a intervenção do Papa Francisco foi
emblemática sob o ponto de vista político. Primeiro, mostra a
grande liderança do Pontífice e seu compromisso com os países
periféricos; e segundo, porque desmistifica o caráter absoluto e
metafísico do quase dogma de que “a religião é o ópio do povo”.
Aliás, sobre esse preceito Fidel Castro, dialeticamente, nos
explica: “...Essa frase tem valor histórico e é absolutamente
justa num determinado momento...Porém, na minha opinião, a
religião, sob a ótica política, não é em si mesma ópio ou
remédio...Considero que se pode ser marxista sem deixar de ser
cristão...O importante é que ambos os casos, sejam sinceros
revolucionários dispostos a erradicar as exploração do homem pelo
homem e lutar pela justa distribuição da riqueza social, pela
igualdade e pela fraternidade, ou seja, sejam portadores da
consciência política, econômica e social mais avançada, ainda que
parta, no caso dos cristãos, de uma concepção religiosa”.
E
realmente a participação do Papa Francisco com o seu discurso
conciliador, mas firme na defesa dos povos periféricos, foi decisiva
para sensibilizar o Presidente Obama para essa abertura, de mais a
mais, ficou comprovado que ao contrário das afirmações
conservadoras de que Cuba renderia com a retaliações, o país
resistiu bravamente, e fez valer uma das célebres frases
de Che Guevara: "Retroceder sim, render-se jamais..!"
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