terça-feira, 7 de outubro de 2014

INSTITUTO DE PESQUISA ELEITORAL É CASO DE POLÍCIA!

As eleições são símbolos da democracia, porém, esse tipo de organização política só atinge a metade da população mundial.

 

Há historiadores que acreditam que o período e lugar onde se deu os primeiros pleitos foram com os Druidas e Sacerdotes na escolha de seus líderes políticos, mas na prática as eleições surgiram na cidade-Estado de Atenas, no século 5 a.C.


Segundo o TER/MG a primeira eleição que se tem notícia no Brasil “aconteceu em 1532, para a organização política das vilas de São Vicente (litoral de São Paulo) e de Piratininga (atual cidade de São Paulo)”.

 

Após a Proclamação da República tivemos trinta e uma eleições para a escolha do nosso Presidente da República, sendo oito pleitos indiretos e o restante das eleições diretas.

 

Com as eleições sugiram os Institutos de Pesquisas. O primeiro que se tem notícia no Brasil é o Instituto de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), criado em 1942 pelo radialista Auricélio Penteado da Rádio Kosmos e Arnaldo da Rocha e Silva. Hoje temos Brasil vários institutos espalhados pelo país.


De acordo com Mário Ferreira Neto, Mestre em Matemática e Especialista em Matemática e Estatística pela UFLA, a pesquisa eleitoral para ser bem sucedida é imperioso que ela tenha “uma boa metodologia de amostragem, boa coleta dos dados, uma análise e avaliação adequada dos resultados, sobretudo realizar uma apuração matemático-estatística correta sem qualquer manipulação ou artifício matemático e estatístico dos resultados das intenções de votos pesquisadas”.

No entanto, os institutos, com raras exceções, não agem com essa lisura, ou por falhas metodológicas, ou porque são reféns dos contratantes, como por exemplo, a mídia que para defender seus interesses financeiros/ideológicos faz com que os institutos manipulem as pesquisas, aliás, essas eleições de 2014 demonstram a presença desses dois fatores.
       
Com relação às falhas metodológicas buscamos na análise do jornalista, Luciano Martins Costa a explicação, por exemplo, do que ocorreu na eleição presidencial. Diz o jornalista: “...Nem o Ibope, nem o Datafolha, chegaram sequer perto de detectar a maré de adesões que levou o candidato do PSDB, Aécio Neves, ao segundo turno. O conservadorismo do eleitorado paulista superou a desconfiança que o ex-governador de Minas sofre em seu próprio estado...Por que os pesquisadores não conseguiram detectar o crescimento da onda conservadora que se ergueu por trás da proposta de mudança? Talvez os analistas estivessem ocupados demais em provar suas próprias teses e não perceberam que a polarização nunca deixou o campo do jogo”.

Já com relação à manipulação, há vários casos espalhados pelo país, como por exemplo, o que ocorreu com o candidato ao governo de São Paulo, Padilha (PT) que foi colocado de lado pelas pesquisas; Flávio Dino(PCdoB) que ganhou as eleições do Maranhão, mas sofreu com as manipulações das pesquisas; Crivella(PR) do Rio de Janeiro que também foi prejudicado pelas pesquisas, mas foi para segundo turno; e o caso mais gritante a vitória na Bahia do PTista Rui Costa, no primeiro turno, quando os institutos deram como certa a vitória do Paulo Souto (DEM).

Quanto ao segundo turno, concordamos com a análise do jornalista Luciano Martins Costa, que disse: “...não se pode adivinhar para onde penderá o eleitorado, mas neste espaço onde se observa o comportamento da mídia pode-se afirmar que o segundo turno da eleição presidencial deverá registrar o melhor do pior que a imprensa é capaz de produzir. O editorial do Estadão, declarando explicitamente o voto em Aécio Neves, é uma espécie de salvo-conduto para o vale-tudo que vem aí”. 

Portanto, e frente a tudo isso, chegamos a seguintes conclusões: primeiro, há um nítido complô da mídia, dos institutos de pesquisa e da direita conservadora para impedir, a todo custo, a vitória de Dilma Rousseff; segundo está claro à necessidade se aprimorar a legislação que regula as pesquisas de opinião pública no Brasil, pois, sabemos de sua influência junto à maioria do eleitorado; e por último, os institutos de pesquisa necessitam aperfeiçoar suas metodologias, mas há outros institutos, que o caso é tipicamente de Polícia!

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