quinta-feira, 4 de setembro de 2014

MARINA É O FHC DE SAIAS!

É sabido que Marina Silva só é candidata, como ela mesma gosta de dizer, graças à “providência divina”, o que convenhamos beira à soberba e a prepotência, aliás, características dos fundamentalistas religiosos.

Passada a comoção e a espetacular cobertura midiática sobre o fatídico acidente que vitimou Eduardo Campos e seus companheiros, e a gritante exploração eleitoral do fato, eis que surge a “metamorfose ambulante”, Marina Silva como a verdadeira salvadora do neoliberalismo tupiniquim.

A “mídia nativa” e a oposição conservadora já desesperados com o cambaleante Aécio Neves, não teve dúvidas e se agarraram à candidata Marina, para tanto, intensificaram o tiroteio contra Dilma Rousseff para favorecer a “Fadinha das Florestas”, e parece que está surtindo efeito.


Marina, além de suas contradições, tenta se apresentar contra a "velha política" e como uma candidata da terceira via, no entanto, o seu discurso aponta, de maneira clara, na direção das ultrapassadas políticas neoliberais e do fundamentalismo religioso, e tudo isso alimentado pelos segmentos mais conservadores da sociedade, como por exemplo: parte dos evangélicos, banqueiros, usineiros, empresários, a “mídia nativa” e vários políticos neoudenistas, tais como, Marco Feliciano, José Agripino Maia, Jorge Bornhausen, Heráclito Fortes, Ronaldo Caiado, José Serra, dentre outros.

No campo dos direitos humanos, Marina em um primeiro momento se comprometeu com as causas do LGBT, mas depois de um puxão de orelhas do Pastor Silas Malafaia, teve seu primeiro surto de "metamorfose ambulante", recuando e retirando o seu apoio à aprovação do PLC 122/06, que dentre outras coisas, equipara os crimes de discriminação de gênero com os crimes de racismo, elimina os obstáculos para adoção de crianças por casais homossexuais e tem como proposta o casamento civil gay igualitário, sem contar à sua ferrenha oposição às pesquisas com célula tronco. Outro retrocesso da insegura Marina: antes ela escreveu: “A tortura é crime hediondo, não é ato político nem contingência histórica. Não lhe cabe o manto da Lei de Anistia”. Agora, em entrevista ao G1 Marina disse ser contra a revisão dessa lei.

Na área econômico as propostas são claramente neoliberais, a começar pelos os seus gurus: Eduardo Giannetti, André Lara Resende, ex-assessor e ex-presidente do BNDES  de FHC, Neca Setubal uma das donas do Banco Itaú, dentre outros.

Todos estes gurus, bem como Marina são, declaradamente, defensores das políticas neoliberais, tais como: autonomia do Banco Central, que significa que os banqueiros é que vão mandar no Brasil e na política de juros; Pré-sal não é prioridade, isso é renunciar a maior riqueza produzida no Brasil, a maior fonte financeira para saúde e educação e o fim dos estaleiros e dos empregos; terceirização no setor privado, não passa da precarização das relações de trabalho; não intervenção do Estado na economia, pode ser o fim do apoio dos bancos públicos e do BNDES para as indústrias, comércio, etc; diminuição dos gastos públicos, que significa fim das obras estruturais e fim dos empregos; mudança na política de reajuste do salário mínimo, que nada mais é do que o arrocho nos salários da classe trabalhadora; diminuição do papel do Estado na solução dos conflitos trabalhistas coletivos, isso pode limitar a Justiça do Trabalho que terá, apenas, uma função de arbitragem pública. Dentre outras execráveis medidas neoliberais.

Aliás, sobre os projetos de Marina o mais respeitado intelectual e Teólogo do Brasil,  Leonardo Boff, concedeu uma contundente entrevista da qual pinçamos essa parte sobre a autonomia do Banco Central: ”...Renunciar à soberania monetária do país é entregá-la ao jogo do mercado, dos bancos e do sistema financeiro capitalista...Um presidente/a é eleito para governar seu povo e um dos instrumentos principais é o controle monetário que assim lhe é subtraído. Isso é absolutamente antidemocrático e comporta submissão à tirania das finanças que são cada vez mais vorazes...Os pobres perderam uma aliada e os opulentos ganharam uma legitimadora".

Na área agrícola, que é o grande responsável pelo crescimento do PIB, a insegurança, a manipulação e as contradições de Marina são gritantes. A candidata, coerente com os seus princípios, cansou de discursar contra uso de sementes transgênicas, porém, assim que Marina assumiu sua candidatura, teve o desplante de dizer: “Há uma lenda de que eu sou contra transgênicos, mas isso não é verdade”.

Aliás, sobre essa falsidade de Marina, o renomado ambientalista, Dener Giovanini, escreveu:”.... Ao afirmar que “há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos, mas isso não é verdade”, a ex-ministra Marina incorporou definitivamente o que de mais podre existe no que ela define como a “velha política”: tentar manipular o passado para garantir uns votinhos no presente. Naquele exato momento, na bancada do JN, Marina Silva perdeu de vez a noção da realidade. Apequenou-se”.


Diante de tudo isso, chegamos a duas conclusões: a primeira é que Marina não entendeu que o Brasil é um Estado laico e não teocrático ou confessional; e segundo, fica claro que Marina Silva recepcionou o receituário neoliberal, o mesmo que outrora quebrou o Brasil. Por essas razões que afirmamos: realmente, Marina não passa de um FHC de saias, inclusive, já vem dizendo: “esqueçam tudo que eu escrevi”!

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