sexta-feira, 12 de setembro de 2014

MANCHETÔMETRO DESNUDA A VERGONHOSA REALIDADE DA MÍDIA BRASILEIRA


Considerando a importância Política e a responsabilidade e seriedade dos trabalhos desenvolvidos pelos profissionais da UFRJ, convidamos a todos a acessar o link do "Manchetômetro" para constatar a triste e vergonhosa realidade da imprensa brasileira, que realmente se transformou no "Partido da Imprensa Golpista" (PIG). Link: http://www.manchetometro.com.br/

Cobertura das eleições 1998

Desde seu lançamento, o Manchetômetro tem produzido análises diariamente atualizadas da cobertura das eleições 2014 na grande mídia. Para tanto, utilizamos o estudo de valências, isto é, os textos de capa dos três jornais impressos mais influentes do país (Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo) são codificados levando em conta cada um dos três candidatos com maior intenção de voto na corrida presidencial e seus respectivos partidos. Os valores atribuídos são neutro, favorável, contrário ou ambivalente.

Nota-se claramente que as notícias contrárias e neutras são predominantes se comparadas às favoráveis, tanto a candidatos quanto a partidos. No entanto, identificamos um número significativamente maior de notícias contrárias à atual presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, e ao seu partido, o PT, que aos outros candidatos e partidos, como é possível observar na sessão Análises 2014. Também utilizamos valências para analisar as notícias relativas à política e à economia, codificando-as como negativas, positivas, neutras ou ambivalentes. Até agora, é possível verificar um alto número de notícias negativas sobre ambos os temas, o que evidencia uma interpretação por parte desses veículos de que o país estaria enfrentando uma crise em seu regime democrático e atravessando – ou prestes a atravessar – uma crise econômica.

A despeito da análise de valências feita pelo MANCHETÔMETRO revelar um grande viés na cobertura eleitoral da grande imprensa, esse resultado pode ser colocado em questão pela hipótese do contrapoder, segundo a qual o papel da grande mídia em uma sociedade democrática moderna é exatamente aquele de se contrapor ao poder instituído. Assim, a mídia teria uma função precipuamente oposicionista. Seguindo esse raciocínio, o viés que vemos hoje não seria de fato anti-PT, anti-Lula ou anti-esquerda, mas simplesmente anti-governo.

Pois bem, para testar a hipótese de que o viés observado pode ser resultado de uma disposição genérica da mídia à adoção de um posicionamento crítico ao partido que está no poder, independentemente de qual seja ele, o Manchetômetro apresenta os resultados da análise de valências das notícias de capa dos três jornais estudados (Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo) no que toca os candidatos com maior intenção de votos na corrida presidencial de 1998: Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS). O período analisado vai do primeiro dia oficial de campanha, 06 de julho, até 05 de outubro, dia seguinte ao primeiro turno, quando foram divulgados os resultados parciais da apuração. A eleição de 1998 foi escolhida porque representa uma situação análoga à eleição de 2014: o então presidente em exercício pelo PSDB Fernando Henrique Cardoso tentava a reeleição, tal como Dilma agora o faz, e os dois dos principais partidos que disputam a eleição daquele ano também estiveram na frente das pesquisas por boa parte do período eleitoral de 2014. Para termos parâmetros de comparação, apresentamos somente os dados do período oficial de campanha de 2014, que teve início no dia 6 de julho ainda está em curso. Esses dados continuarão a ser atualizados diariamente até o próximo dia 5 de outubro, data do primeiro turno.

Candidatos (cobertura agregada)

Nesta página encontram-se os gráficos que representam a cobertura dos três jornais estudados (Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo) no que toca os candidatos com maior intenção de votos na corrida presidencial de 1998. Ao lado, temos os gráficos relativos aos candidatos de 2014. Primeiro, apresentamos os dados que correspondem ao somatório de matérias e chamadas de capa de todos os jornais de acordo com sua valência para cada um dos candidatos. Em seguida, dois gráficos comparam apenas a cobertura dos candidatos concorrendo à reeleição. Por fim, apresentamos gráficos comparando apenas os candidatos da oposição.

Jornais

Nesta página encontram-se os gráficos que representam a cobertura dos principais candidatos das corridas presidenciais de 1998 e 2014 separadas por jornal (Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo). O objetivo aqui é que possamos comparar os perfis e notar semelhanças e diferenças no comportamento de cada meio. Para cada jornal, apresentamos três comparações diferentes: a primeira refere-se ao número agregado das manchetes e chamadas de capa favoráveis, contrárias e neutras a cada um dos candidatos; em seguida, gráficos comparam apenas a cobertura dos dois candidatos concorrendo à reeleição; por fim, apresentamos gráficos comparando apenas os candidatos da oposição.

Partidos

Nesta página encontram-se os gráficos que representam a cobertura agregada dos três jornais estudados (Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo) no que toca os principais partidos das corridas presidenciais de 1998 e 2014. Primeiro, apresentamos o dado bruto que corresponde ao somatório de matérias e chamadas de capa de todos os jornais de acordo com sua valência para cada um dos partidos. Em seguida, apresentamos a cobertura de cada um dos jornais individualmente.

Enquadramento Política

O estudo de valência das notícias de 2014 relativas ao tema política mostram uma abundância de notícias negativas sobre as instituições políticas brasileiras (partidos, congresso, executivo, etc.), agências, empresas e políticas públicas, e personalidades políticas, dando grande visibilidade a notícias sobre corrupção, desgoverno, má administração, mal funcionamento de políticas públicas, etc., interpretando esses aspectos da política como se a democracia brasileira estivesse em crise. Para verificar se tal diagnóstico já estava presente na grande mídia em 1998, apresentamos gráficos comparando o dado bruto que corresponde ao somatório de matérias e chamadas de capa de todos os jornais de acordo com sua valência – positiva, negativa ou neutra – no que se refere ao tema política em 1998 e em 2014. Em seguida, apresentamos as coberturas de cada um dos jornais individualmente.

Enquadramento Economia

O estudo de valência das notícias de 2014 relativas ao tema economia mostram a abundância de um enquadramento que denominamos “Crise Econômica”, que consiste em privilegiar notícias negativas da economia do país, interpretando fatos e dados econômicos como sinais de uma crise, ou em andamento ou prestes a acontecer. Para verificar se tal diagnóstico já estava presente na grande mídia em 1998, apresentamos gráficos comparando o dado bruto que corresponde ao somatório de matérias e chamadas de capa de todos os jornais de acordo com sua valência – positiva, negativa ou neutra – no que se refere ao tema economia em 1998 e em 2014. Em seguida, apresentamos as coberturas de cada um dos jornais individualmente.

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