Considerando a importância Política e a responsabilidade e seriedade dos trabalhos desenvolvidos pelos profissionais da UFRJ, convidamos a todos a acessar o link do "Manchetômetro" para constatar a triste e vergonhosa realidade da imprensa brasileira, que realmente se transformou no "Partido da Imprensa Golpista" (PIG). Link: http://www.manchetometro.com.br/
Cobertura das eleições 1998
Desde seu lançamento, o
Manchetômetro tem produzido análises diariamente atualizadas da
cobertura das eleições 2014 na grande mídia. Para tanto,
utilizamos o estudo de valências, isto é, os textos de capa dos
três jornais impressos mais influentes do país (Folha de S. Paulo,
O Globo e Estado de S. Paulo) são codificados levando em conta cada
um dos três candidatos com maior intenção de voto na corrida
presidencial e seus respectivos partidos. Os valores atribuídos são
neutro, favorável, contrário ou ambivalente.
Nota-se claramente que as notícias
contrárias e neutras são predominantes se comparadas às
favoráveis, tanto a candidatos quanto a partidos. No entanto,
identificamos um número significativamente maior de notícias
contrárias à atual presidenta e candidata à reeleição, Dilma
Rousseff, e ao seu partido, o PT, que aos outros candidatos e
partidos, como é possível observar na sessão Análises
2014. Também utilizamos valências para analisar as
notícias relativas à política e à economia, codificando-as como
negativas, positivas, neutras ou ambivalentes. Até agora, é
possível verificar um alto número de notícias negativas sobre
ambos os temas, o que evidencia uma interpretação por parte desses
veículos de que o país estaria enfrentando uma crise em seu regime
democrático e atravessando – ou prestes a atravessar – uma crise
econômica.
A despeito da análise de valências
feita pelo MANCHETÔMETRO revelar um grande viés na cobertura
eleitoral da grande imprensa, esse resultado pode ser colocado em
questão pela hipótese do contrapoder, segundo a qual o papel da
grande mídia em uma sociedade democrática moderna é exatamente
aquele de se contrapor ao poder instituído. Assim, a mídia teria
uma função precipuamente oposicionista. Seguindo esse raciocínio,
o viés que vemos hoje não seria de fato anti-PT, anti-Lula ou
anti-esquerda, mas simplesmente anti-governo.
Pois bem, para testar a hipótese de
que o viés observado pode ser resultado de uma disposição genérica
da mídia à adoção de um posicionamento crítico ao partido que
está no poder, independentemente de qual seja ele, o Manchetômetro
apresenta os resultados da análise de valências das notícias de
capa dos três jornais estudados (Folha de S. Paulo, O Globo e Estado
de S. Paulo) no que toca os candidatos com maior intenção de votos
na corrida presidencial de 1998: Fernando Henrique Cardoso (PSDB),
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS). O período
analisado vai do primeiro dia oficial de campanha, 06 de julho, até
05 de outubro, dia seguinte ao primeiro turno, quando foram
divulgados os resultados parciais da apuração. A eleição de 1998
foi escolhida porque representa uma situação análoga à eleição
de 2014: o então presidente em exercício pelo PSDB Fernando
Henrique Cardoso tentava a reeleição, tal como Dilma agora o faz, e
os dois dos principais partidos que disputam a eleição daquele ano
também estiveram na frente das pesquisas por boa parte do período
eleitoral de 2014. Para termos parâmetros de comparação,
apresentamos somente os dados do período oficial de campanha de
2014, que teve início no dia 6 de julho ainda está em curso. Esses
dados continuarão a ser atualizados diariamente até o próximo dia
5 de outubro, data do primeiro turno.
Candidatos (cobertura agregada)
Nesta
página encontram-se os gráficos que representam a cobertura dos
três jornais estudados (Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S.
Paulo) no que toca os candidatos com maior intenção de votos na
corrida presidencial de 1998. Ao lado, temos os gráficos relativos
aos candidatos de 2014. Primeiro, apresentamos os dados que
correspondem ao somatório de matérias e chamadas de capa de todos
os jornais de acordo com sua valência para cada um dos candidatos.
Em seguida, dois gráficos comparam apenas a cobertura dos candidatos
concorrendo à reeleição. Por fim, apresentamos gráficos
comparando apenas os candidatos da oposição.
Jornais
Nesta
página encontram-se os gráficos que representam a cobertura dos
principais candidatos das corridas presidenciais de 1998 e 2014
separadas por jornal (Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S.
Paulo). O objetivo aqui é que possamos comparar os perfis e notar
semelhanças e diferenças no comportamento de cada meio. Para cada
jornal, apresentamos três comparações diferentes: a primeira
refere-se ao número agregado das manchetes e chamadas de capa
favoráveis, contrárias e neutras a cada um dos candidatos; em
seguida, gráficos comparam apenas a cobertura dos dois candidatos
concorrendo à reeleição; por fim, apresentamos gráficos
comparando apenas os candidatos da oposição.
Partidos
Nesta
página encontram-se os gráficos que representam a cobertura
agregada dos três jornais estudados (Folha de S. Paulo, O Globo e
Estado de S. Paulo) no que toca os principais partidos das corridas
presidenciais de 1998 e 2014. Primeiro, apresentamos o dado bruto que
corresponde ao somatório de matérias e chamadas de capa de todos os
jornais de acordo com sua valência para cada um dos partidos. Em
seguida, apresentamos a cobertura de cada um dos jornais
individualmente.
Enquadramento Política
O
estudo de valência das notícias de 2014 relativas ao tema política
mostram uma abundância de notícias negativas sobre as instituições
políticas brasileiras (partidos, congresso, executivo, etc.),
agências, empresas e políticas públicas, e personalidades
políticas, dando grande visibilidade a notícias sobre corrupção,
desgoverno, má administração, mal funcionamento de políticas
públicas, etc., interpretando esses aspectos da política como se a
democracia brasileira estivesse em crise. Para verificar se tal
diagnóstico já estava presente na grande mídia em 1998,
apresentamos gráficos comparando o dado bruto que corresponde ao
somatório de matérias e chamadas de capa de todos os jornais de
acordo com sua valência – positiva, negativa ou neutra – no que
se refere ao tema política em 1998 e em 2014. Em seguida,
apresentamos as coberturas de cada um dos jornais individualmente.
Enquadramento Economia
O
estudo de valência das notícias de 2014 relativas ao tema economia
mostram a abundância de um enquadramento que denominamos “Crise
Econômica”, que consiste em privilegiar notícias negativas da
economia do país, interpretando fatos e dados econômicos como
sinais de uma crise, ou em andamento ou prestes a acontecer. Para
verificar se tal diagnóstico já estava presente na grande mídia em
1998, apresentamos gráficos comparando o dado bruto que corresponde
ao somatório de matérias e chamadas de capa de todos os jornais de
acordo com sua valência – positiva, negativa ou neutra – no que
se refere ao tema economia em 1998 e em 2014. Em seguida,
apresentamos as coberturas de cada um dos jornais individualmente.
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