"...a mídia conservadora,
a exemplo do mercado, engajou-se na candidatura Marina, mesmo sabendo que ela,
num primeiro momento, é um perigo maior para Aécio e para o PSB, já que seu
projeto e ideário é retomar seu próprio partido, a Rede Sustentabilidade..."
No dia 13 de agosto o povo brasileiro foi surpreendido com a notícia da trágica morte do presidenciável Eduardo Campos e de mais cinco pessoas em um acidente aéreo na cidade de Santos.
Ainda
no calor da tragédia, a mídia não perdeu tempo, e a pretexto de realizar
uma ampla cobertura, instrumentalizou politicamente o acidente, e começou a
trabalhar a candidatura de Marina Silva como se fosse à ungida sucessora de
Eduardo Campos capaz de levar as eleições para o segundo turno, abrindo assim,
a possibilidade de tirar, a qualquer custo, os Trabalhistas do Poder.
A
propósito, parece que a ordem é essa mesma: não perder tempo. O “Datafolha”,
por exemplo, perpetrando a sordidez, e
em total desrespeito à imagem de Eduardo Campos e o sofrimento da família, no
mesmo dia de sua morte, realizou uma pesquisa eleitoral com desfecho pra lá de
previsível: Marina empata com Aécio. Evidente que esse resultado está
contaminado pela comoção popular e não retrata a realidade política. Somente
após o inicio das propagandas e dos debates poderemos saber se Marina consolida
os números dessa pesquisa.
Com
relação ao que vem sendo noticiado a favor de Marina, pensamos diferente, pois,
entendemos que a candidata com o seu proselitismo religioso exacerbado, não
está nada confortável politica e pragmaticamente, pois, há um hiato muito
grande entre o que ela defende e as bandeiras históricas do PSB, como por
exemplo: a pesquisa com célula tronca, a união entre homoafetivos, a teoria de
Darwin sobre a evolução das espécies, a Política e os Partidos como
instrumentos da democracia e da cidadania, as Usinas Hidrelétricas e Atômicas,
dentre outras bandeiras.
Aliás,
comentando a posição contrária de Maria à Política, vale registrar os sábios
comentários da Deputada Luiza Erundina PSB/SP: “...o discurso de Marina entra
no senso comum de negar a Política, isso desorienta e deseduca politicamente,
pois, não há Política e democracia sem Partido..”.
Já
com relação aos resultados da malfadada pesquisa “boca de túmulo” do
“Datafolha”, à candidatura de Marina Silva, diferentemente do que os apressados
analistas apregoam, coloca em cheque a candidatura de Aécio Neves, e não da
Presidenta Dilma, pelos menos essa é a leitura que se faz de tal pesquisa.
Mas malgrado essa
constatação técnica, esse novo cenário político nos mostra o seguinte: primeiro, está
claro que a oposição e a mídia sabiam que Dilma poderia ganhar as eleições no
primeiro turno; segundo, com a entrada de Marina no páreo, essa possibilidade é
remota; terceiro, a mídia e a oposição tentarão levar Aécio até o fim, não conseguindo,
abraçarão, com "fervor", a candidatura de Marina e jogarão todas as suas fichas para derrotar os
trabalhistas; e por último, não uma constatação mas uma pergunta: será que a morte de Eduardo Campos pode resultar na instauração
de uma República "Teocrática" no Brasil?
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