Estamos
assistindo nesses últimos dias mais um ataque patrocinado pela desesperada
oposição e pela “mídia nativa” contra o governo Dilma. O álibi dessa vez é à
compra, pela Petrobras, de uma Refinaria em Pasadena, EUA, em 2006.
Logo
após as primeiras notícias desse “nebuloso” negócio, eis que surgem os “nacionalistas”
pátrios, Aécio Neves e FHC para criticarem a compra da refinaria de Pasadena e,
hipocritamente, “defender” a Petrobras.
São as raposas querendo tomar conta do galinheiro!
É sabido, até pelo “mundo mineral”, que o
governo entreguista de FHC preparou o terreno para privatizar a Petrobras,
inclusive, já havia escolhido o novo nome da empresa: “Petrobrax”. O primeiro
passo para realizar o sonho do “deus-mercado”, foi a Emenda Constitucional
09/95, que quebrou o monopólio da maior Estatal brasileira e alterou o conceito
de empresa nacional.
No
campo político FHC foi mais longe: agiu de maneira sorrateira, covarde e suja.
Com a greve dos petroleiros, que não concordavam com essas mudanças, FHC,
ardilosamente, deixou que as empresas multinacionais de gás e combustível
desabastecessem o mercado para que a culpa recaísse nos petroleiros grevistas,
e o resultado foi um generoso aumento de 28% para essas empresas, um prêmio pelo
conchavo. Portanto, e para inicio de conversa, o PSDB não tem moral para fazer
qualquer crítica ou defender a Petrobras ou outra estatal, afinal, foram eles
que dilapidaram o nosso patrimônio com as abjetas privatizações, conforme
comprova o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, com seu Best
Seller, “Privataria Tucana”.
Feito essa breve, mas necessária lembrança,
vamos à negociação de Pasadena.
Resumidamente, as notícias dos jornalões
dão conta de que a compra da refinaria de Pasadena por US$ 1,8 bilhões, foi um
péssimo negócio para a Petrobras e com forte suspeita de superfaturamento e supostos
pagamentos de suborno a empregados da Petrobras, envolvendo a
empresa SBM Offshore.
Primeiro, temos que analisar o contexto, ou
seja, a época em que foi fechado o negócio. De acordo com o ex-presidente da
Petrobras, Sérgio Gabrielli, de 1999 a 2005, a meta da companhia era ampliar a
capacidade de refino no exterior para ampliar o escoamento do petróleo
brasileiro para os principais mercados consumidores, como os EUA. E seguindo
esse planejamento, surgiu em 2006, à oportunidade e a Petrobras comprou a
refinaria de Pasadena por US$ 486 milhões.
A mídia, como não poderia ser diferente,
vem “desinformando” a sociedade sobre o valor de Pasadena, pois, ela está
acrescentando no preço final os estoques de petróleo e derivados que vieram
juntos na aquisição da empresa. Ademais, a imprensa esconde, também, outra
informação importante para se detectar se o preço foi majorado ou não. Para se
saber se isso ocorreu, é necessário se estabelecer comparações, como por
exemplo, o preço do barril de petróleo à época. Segundo Gabrielli, a Petrobras
adquiriu os 100% da refinaria de Pasadena por US$ 4.860 por barril. No mesmo
ano, 2006, o preço médio de refinarias adquiridas na América do Norte foi de
US$ 9.734 por barril. Em maio de 2007, um fundo de investidores do Canadá
adquiriu a Lima Refinery da Valero, por US$ 11.515 por barril.
Com o avento do Pré-sal no final de 2006,
hoje se pode dizer que não foi vantagem comprar Pasadena, pois, a estratégia da
Petrobras mudou, saiu do refino no exterior para aumentar o refino no Brasil,
tanto, que foram construídas e reformuladas várias refinarias, Brasil afora. No entanto, é evidente que vale aguardar os
movimentos do mercado para vender Pasadena em um cenário mais adequado e
vantajoso.
Por
fim a acusação de pagamento de suborno
a empregados da Petrobras com o envolvimento da empresa SBM Offshore, parece
que não procede também, pois, o Ministério Público da Holanda informou à
Comissão Interna da Petrobras
que “não há investigação aberta sobre o caso de propina envolvendo a empresa SBM Offishore e a Petrobrás".
Diante de tudo isso, fica a
conclusão de que a Petrobras não agiu de má-fé e tampouco houve qualquer
superfaturamento na aquisição da refinaria de Pasadena. O que há é uma ação articulada de especuladores e de empresas multinacionais, que além de não concordarem com o regime de partilha adotado
na concessão do Pré-sal, estão trabalhando para que os entreguistas de outrora retornem ao Poder.
Estamos atentos..!
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