quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A IMPLACÁVEL CAÇADA AO PRESIDENTE LULA - PARTE II

"No jornalismo, não há fibrose. O tecido atingido pela calúnia não se regenera. As feridas abertas pela difamação não cicatrizam. A retratação nunca tem o mesmo espaço das acusações". (Felipe Alves)

Já escrevemos nesse espaço textos comentando a abjeta e implacável perseguição da mídia nativa e da oposição conservadora ao ex-presidente Lula.

Essa verdadeira caçada teve inicio com a posse do Presidente Lula em 2003. A princípio se pensava que essa hostilidade fosse política, mas com o passar do tempo, e mesmo depois de findado o seu mandato com uma extraordinária aprovação popular de 85%, os seus algozes continuam tentando derrotá-lo politica e pessoalmente, inclusive, com ataques preconceituosos contra a sua pessoa.

Um exemplo claro dessa implacável caçada vem da revista “Veja”, que por meio do niilismo, ódio e do preconceito concentra seus ataques no ex-presidente Lula, que, aliás, se tornou a caça predileta dos barões da mídia, não sendo poupado nem mesmo na fase mais crítica de sua vida, quando foi acometido com o câncer em sua laringe.

E tudo indica que essa perseguição não terá um fim. O último ataque veio com uma entrevista do Delegado Romeu Tuma Júnior à revista “Veja” na qual ele noticia o lançamento de um livro bomba acusando o ex-presidente Lula de ser um informante do Delegado Romeu Tuma, quando o mesmo comandava o DOPS, ou seja, segundo “Tuminha” Lula foi um dos “dedos duros” da ditadura militar.

Evidente que essa acusação não se sustenta, pois, está atrelada a uma atitude rancorosa e vingativa do Delgado Romeu Tuma Júnior que fora exoneração do cargo de Secretário Nacional do Ministério da Justiça, no governo Lula, por conta de uma imputação do seu envolvimento com um cidadão Chinês acusado de contrabando.

Mas assim como de outras vezes, a denúncia nos parece que não passa de uma mera ilação politiqueira com o propósito de atingir o ex-presidente Lula. Aliás, um incontestável argumento a favor de Lula foi mencionado pelo jornalista Paulo Moreira Leite, que em seu blog citou o livro “O que eu sei de Lula”, de autoria do também jornalista José Nêumane Pinto, um conhecido âncora conservador e declaradamente antepetista. Segundo Paulo Moreira, “... Nêumane conta que levou Lula para uma conversa com o coronel Gilberto Zenkner, nome importante na área de informações, que procurava infiltrar-se entre os metalúrgicos do ABC, liderados por Lula. Testemunha integral do encontro, Nêumane deixa claro que Lula não deixou o interlocutor avançar um milímetro na conversa assim que foi possível perceber suas reais intenções. “Nada foi dito que desabonasse sua condição de legítimo e leal representante dos interesses do operariado,” escreve Nêumane, na pagina 135...”

Outro argumento esclarecedor foi citado pelo jornalista Mino Carta, que disse: “...Na noite do velório do senador Romeu Tuma, um dos irmãos de Romeu Jr., Rogério, notável neurologista e colaborador de Carta Capital, declarou em entrevista gravada: “Meu pai protegeu Lula porque os agentes da ditadura pretendiam matá-lo”.

Mas mesmo diante dessas e de várias contestações já era de se esperar que a oposição não perderia esse gancho. E dessa vez coube ao Deputado Federal Roberto Freire repercutir a acusação do “Tuminha”. O nobre Deputado de maneira odiosa, vingativa e com um ressentimento típico dos esquerdistas que jogaram na lata de lixo os seus ideais, teve o desplante de solicitar à Comissão da Verdade que investigue o ex-presidente Lula pela suspeita de ser informante da ditadura. Uma atitude meramente politiqueira, caluniosa e abjeta!

A propósito, comentando essa atitude do Deputado Freire, buscamos uma vez mais a brilhante leitura que o jornalista Paulo Moreira Leite fez desse episódio. Diz o jornalista: “...Já tivemos comunistas stalinistas, trotskistas, maoístas, castristas.... Hoje, temos os ressentidos. Deformados por uma visão dogmática e estreita da evolução humana, incapazes de enxergar oportunidades diferentes e caminhos inéditos para seguir no esforço pelo progresso dos mais humildes e excluídos, aceitaram o papel de novos reacionários, transportando uma herança com muitos aspectos admiráveis para qualquer palanque onde tivessem direito a pão, água e um punhado de empreguinhos. Sua função era justamente essa: empregar o passado a esquerda para servir como tacape da direita, tentando negar toda e qualquer possibilidade de contestação a velha ordem mundial”.

Diante desse lamaçal politiqueiro chegamos à conclusão de que o vaticínio de Nelson Rodrigues pode concretizar-se: o mundo está caminhando para a revolução dos “cretinos fundamentais”. E aqui no Brasil eles são facilmente identificáveis: os barões da mídia, os “coxinhas” de plantão e a elite conservadora do país.


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