Respeitem Lula!

"A classe pobre é pobre. A classe média é média. A classe alta é mídia". Murílio Leal Antes que algum apressado diga que o título deste texto é plágio do artigo escrito por Ricardo Noblat (...)

A farsa do "Choque de Gestão" de Aécio "Never"

“Veja” abaixo a farsa que foi o famoso “Choque de Gestão” na administração do ex-governador Aécio “Never" (...)

A MAIS TRADICIONAL E IMPORTANTE FACULDADE DE DIREITO DO BRASIL HOMENAGEIA O MINISTRO LEWANDWSKI

"O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski recebeu um “voto de solidariedade” da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) pela “dedicação, independência e imparcialidade” em sua atuação na corte. (...)

NOVA CLASSE "C"

Tendo em vista a importância do tema, reproduzimos post do sitio "Conversa Afiada" que reproduz trecho da entrevista que Renato Meirelles deu a Kennedy Alencar na RedeTV, que trata da impressionante expansão da classe média brasileira. (...)

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

DEZ ANOS DO “BOLSA FAMÍLIA”: 36 MILHÕES DE PESSOAS FORA DA MISÉRIA

"...as pessoas se incomodam quando os pobres ganham algo além de feijão" Luiz Inácio Lula da Silva


Sabemos que o Brasil, depois da redemocratização, mais especificamente nos governos “Tucanos”, optou-se pelo modelo neoliberal que prega o estado mínimo e o mercado como o grande controlador e indutor do desenvolvimento econômico e social do país. O resultado dessa política nós conhecemos muito bem: recessão, arrocho salarial, desemprego, exclusão social, quebradeira, doação de nosso patrimônio, endividamento, submissão ao FMI, etc.

Cansados desse modelo o povo brasileiro escolheu um novo rumo para o país. Apostou em um governo cuja política vinculasse o desenvolvimento com justiça social. 

Com a esperança vencendo o medo, Luiz Inácio Lula da Silva vence as eleições de 2002 e busca a realização desse sonho dos brasileiros. E foi com esse novo governo que se implementou esse modelo de desenvolvimento que combinou mais renda, mais salário, mais crédito e um audacioso Projeto Social idealizado pelo sociólogo Betinho, denominado  "Fome Zero"  que mais tarde se transformou no Bolsa Família, que nas palavras de Altamiro Borges, "foi um pedaço de vértebra que ganhou vida própria e assumiu a linha de frente do guarda-chuva mais geral"

Esse exitoso Programa completa nesse mês de outubro dez anos de existência, e os resultados são extraordinários na economia do país, na redução da pobreza e na promoção da seguridade social, tanto, que transformou o Brasil em referência internacional na área social, inclusive, servindo de exemplo para outros 40 países que adotaram esse Programa.

Com relação à economia, segundo estudos do IPEA, o governo investe apenas 0,5% do PIB no Programa Bolsa Família, e a cada R$ 1,0 investido há um aumento de R$ 1,78 no PIB. O Bolsa Família e a política de valorização do salário mínimo constituíram-se importantes instrumentos para a promoção do aumento da renda per capita dos brasileiros mais pobres. Nesses últimos dez anos houve aumento de 120% nessa renda, o que levou uma diminuição de 69% no número dos brasileiros em situação de extrema pobreza.

Nesses dez anos de Bolsa Família, o Programa beneficia 50 milhões de brasileiros. Já retirou mais 36 milhões de pessoas da miséria, reduziu em mais de 20% os índices mortalidade infantil, diminuiu a desigualdade financeira em 20%, propiciou uma queda acentuadíssima na evasão escolar, e promoveu outros inúmeros ganhos sociais.

A propósito, a Ministra Tereza Campello disse que se olharmos a “transformação na vida das crianças, que muitas vezes, nem chegavam à escola...O nível de abandono da escola das crianças do Bolsa Família é muito inferior à das demais crianças. A taxa de permanência nas Escolas das crianças do Bolsa Família é muito superior. Quando a gente olha no primeiro ano, no segundo ano, ela já é superior. Mas quando a gente olha no ensino médio, nossas crianças estão muito mais na escola do que as crianças que não são do Bolsa Família”.

E foram esses e outros dados que levou o Bolsa Família a ter mais um reconhecimento internacional, desta feita o programa ganhou o prêmio “Award for Outstanding Achievement in Social Security”, considerado o Nobel da Segurança Social, atribuído pela Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA, na sigla em inglês).

Mas mesmo diante desses e de outros indiscutíveis dados positivos, o Programa Bolsa Família, sofre forte resistência e preconceitos de toda sorte por parte das elites e da “mídia nativa”, que teimam desmerecê-lo utilizando adjetivos que vai deste de “paternalista”, até à “bolsa esmola” ou “bolsa vagabundo”, típicos comentários de uma histórica e arrogante classe conservadora.

Aliás, comentando essa postura preconceituosa das elites, o saudoso e brilhante mestre Darcy Ribeiro disse:"...aos olhos das nossas classes dominantes , antigas e modernas, o povo é o que há de mais réles. Seu destino e aspirações não lhes interessa, porque o povo, a gente comum, os trabalhadores, são tidos como uma mera força de trabalho - um carvão humano - a ser desgastada na produção. É preciso ter coragem de ver esse fato porque só a partir dele, podemos romper nossa condenação ao atraso, e à pobreza, decorrentes de um subdesenvolvimento de caráter autoperpetuante...!" E foi com essa percepção e coragem que o Lula lançou o "Bolsa Família", que hoje, praticamente, põe um fim na terrível miséria que assolava grande parte do povo brasileiro.  


terça-feira, 15 de outubro de 2013

A PRESIDENTA APEQUENOU-SE

"O Pré-sal é o nosso grande passaporte para o futuro". Dilma Rousseff

Sabemos que as eleições, a partir de 2002, se polarizaram entre dois projetos bem distintos: o neoliberalismo defendido pelos “Tucanos” e o trabalhismo nacionalista dos Petistas.

A população livre e democraticamente fez a sua escolha pela segunda opção. Por duas vezes elegeu Lula Presidente e depois ratificou essa posição com a eleição da Presidenta Dilma Rousseff. Nessas disputas ficou claro que o povo brasileiro disse um não ao projeto de dilapidação do nosso patrimônio, ou seja, contra as “privatarias”.

Evidente que o povo brasileiro esperava do governo trabalhista uma mudança radical nas políticas sociais e econômica, além do que, aguardava-se também, um fim nas políticas privatistas. E de certa forma essa expectativa foi alcançada e superada positivamente, os dados sociais e econômicos comprovam tal assertiva, o único senão é com relação à continuidade das concessões públicas implantadas pelo governo Dilma.

É inconteste que há uma grande diferença entre a privatização e a concessão, porém, as duas modalidades são a prova da incapacidade do Estado de administrar o nosso patrimônio. Indiscutível também, é que há áreas que o governo pode e deve passar para a iniciativa privada, contudo, ha setores que não deveriam ser privatizados, como por exemplo, o sistema elétrico, as telecomunicações, a exploração de petróleo e outras áreas estratégicas.

Nesses últimos dias acompanhamos pelos noticiários a decisão do governo de leiloar a exploração do “Campo de Libra”, uma das áreas do Pré-sal. Além de um atentado à nossa soberania, pois, trata-se de um setor estratégico e de interesse nacional, essa concessão é uma contradição inexplicável da Presidenta Dilma, que em 2010, durante a campanha eleitoral, disse que seria um crime contra o Brasil a privatização da Petrobrás e o do Pré-sal que é o nosso grande passaporte para o futuro.

Diante dessa incompressível decisão, e como já era de se esperar, houve de imediato, uma grande reação das forças progressistas e nacionalistas do Brasil. O Senador Roberto Requião, por exemplo, se manifestou dizendo que passar o controle do Campo de Libra para empresas privadas é uma loucura. O Brasil tem condições de explorar todo o pré-sal sem açodamento, uma vez que o nosso petróleo permite autossuficiência ao País pelos próximos 50 anos. Disse ainda, que a Petrobras está sendo liquidada ao explorar o pré-sal e não ser recompensada por isso. A administração dessa riqueza está completamente errada e toda a história nacionalista da Petrobras está sendo alterada com a entrega do Pré-sal a empresas privadas. O senador disse, também, que ingressará com uma ação judicial para tentar barrar o leilão.

Outro intelectual que se manifestou contrário ao leilão foi o Professor Ildo Sauer, diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP. Em entrevista à Agência Brasil o Professor disse: "Sou totalmente contrário ao leilão...Quem disse que vai ser bom para o país está equivocado... Nenhum país do mundo que conseguiu identificar uma nova província petrolífera, ainda mais da importância de Libra, coloca em produção e efetua leilões sem primeiro pesquisar a fundo qual é o tamanho da reserva...Se é para mudar o país, você tem que saber quanto petróleo tem. Nenhum fazendeiro vende uma fazenda sem saber quantos bois tem...O edital de Libra é um equívoco estratégico e contraria o interesse público...Todos os países exportadores controlam o ritmo de produção a partir de interesses de Estado e não de contratos microeconomicamente outorgados...O melhor regime para países que têm grandes recursos de petróleo é contratar uma empresa 100% estatal, como ocorre, por exemplo, com a Petróleos da Venezuela (PDVSA)”.

Diante desse verdadeiro crime lesa pátria, só nos resta esperar que a Presidenta Dilma repense sua decisão ou que a Justiça impeça esse leilão, pois, nenhum país, verdadeiramente independente, soberano e vinculado ao debate geopolítico estratégico abre mão do controle da produção de suas riquezas, em especial, uma imensa fortuna como o nosso pré-sal. Realmente a Presidenta Dilma Rousseff apequenou-se com essa decisão! 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

MARINA SILVA DE BRAÇOS DADOS COM A BOMBA ATÔMICA

"A arte de agradar muitas vezes encobre a arte de enganar"

Não temos dúvidas de que as eleições de 2014 serão as mais disputadas depois da redemocratização do país, e certamente, será também, a mais calorosa no diz respeito às ofensas pessoais, factoides, mentiras, ou seja, será um vale tudo para tentar interromper o ciclo dos governos trabalhistas.

O pontapé para essa disputa já teve início, e as grandes novidades foram o fracasso da criação do Partido “Rede de Sustentabilidade”, e por consequência a filiação de Marina Silva no PSB do presidenciável Eduardo Campos.

Na coletiva de imprensa realizada para anunciar a união entre Marina Silva e Eduardo Campos os discursos foram afiadíssimos, ambos afirmaram que o objetivo dessa união é enterrar a República Velha e iniciar uma nova maneira de fazer política no Brasil.

Evidentemente que se trata de um falso discurso eleitoreiro e um lamentável e covarde esquecimento da auspiciosa história recente do país, do qual os dois foram muito beneficiados. Portanto, uma ingratidão e ao mesmo tempo uma tentativa de enganar o povo, pois não há renovação alguma na maneira de fazer política, ou será que as filiações ao PSB de figuras como Heráclito Fortes do PFL/DEM, Paulo Bornhausen, filho do Ex-presidente do PFL, Jorge Bornhausen, Ronaldo Caiado da ultraconservadora UDR, e tantas outras figuras genuinamente de direita representam uma renovação da política brasileira? Será que Marina Silva  que passou a vida inteira combatendo as construções de hidrelétricas, em especial, as usinas atômicas, se curvou, de uma hora para outra, ao Projeto do ex-ministro Roberto Amaral do PSB, fiel defensor das pesquisas nucleares?

Aliás, nesse sentido vale transcrever trecho do preciso artigo do brilhante jornalista Paulo Moreira Leite:”...O errado é querer tingir o cabelo, fazer uma lipo, tomar um banho de butique e  pensar que ninguém enxerga os sinais da plástica.  Para quem é adversaria assumida das usinas hidroelétricas, é que Marina Silva tenha ingressado no mesmo partido do ex-ministro Roberto Amaral, um dos poucos políticos brasileiros que é partidário declarado de pesquisas nucleares, seja para fins pacíficos, e mesmo para conhecimento da fissão atômica, necessário para a produção de artefatos militares...Que renovação é essa, meus amigos? Simples. É a renovação de quem procura um palanque, confunde a  memória e quer nos fazer acreditar que não houve história...”.

A propósito, para se ver o tamanho da hipocrisia dessa união, Marina Silva, seis meses atrás afirmou ao jornal Estadão que a "...antecipação da eleição leva para uma agenda do imediatismo que não nos dá o tempo para colocar termos de referência claros. Qual a diferença se for Aécio Neves, Eduardo Campos ou a Dilma? Tem diferença em relação ao modelo de desenvolvimento? Me parece que até agora todos estão no mesmo diapasão.”

Mas de qualquer maneira, a união foi selada, resta agora tentarmos fazer uma análise dos desdobramentos. No nosso modesto entendimento essa união foi interessante para as pretensões de Eduardo Campos, quarto colocado nas pesquisas para 2014, pois, afasta uma concorrente e pode arrastar a classe média da região sudeste. Para o PMDB foi também benéfico, pois, agora tem maior cacife para pressionar o governo com maior participação nos Ministérios e para as disputas estaduais. Para Dilma, pouco muda, pois, ela tem o maior cabo eleitoral do país que é o ex-presidente Lula, a máquina administrativa e possui ainda, grande apoio popular. O grande perdedor nessa história, sem dúvidas, é o PSDB, pois a eleição perde a polaridade PT/PSDB, e os “Tucanos” ainda podem ver o seu palanque diminuído com as possíveis saídas do PPS e DEM em direção ao socialismo verde.

Assim, de toda essa espúria realidade, chegamos à conclusão de que realmente não há e nem haverá renovação política no Brasil enquanto persistir esse modelo de presidencialismo de colisão no qual o Poder Executivo só consegue governar com a maioria no Congresso Nacional por meio de barganhas e arranjos políticos, ou seja, troca-se os compromissos programáticos e ideológicos pelo pragmatismo político.

A chave para a moralização da política brasileira está numa ampla Reforma Política realizada por um “Poder Constituinte Originário Revolucionário”.  O resto é pura balela!