Respeitem Lula!

"A classe pobre é pobre. A classe média é média. A classe alta é mídia". Murílio Leal Antes que algum apressado diga que o título deste texto é plágio do artigo escrito por Ricardo Noblat (...)

A farsa do "Choque de Gestão" de Aécio "Never"

“Veja” abaixo a farsa que foi o famoso “Choque de Gestão” na administração do ex-governador Aécio “Never" (...)

A MAIS TRADICIONAL E IMPORTANTE FACULDADE DE DIREITO DO BRASIL HOMENAGEIA O MINISTRO LEWANDWSKI

"O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski recebeu um “voto de solidariedade” da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) pela “dedicação, independência e imparcialidade” em sua atuação na corte. (...)

NOVA CLASSE "C"

Tendo em vista a importância do tema, reproduzimos post do sitio "Conversa Afiada" que reproduz trecho da entrevista que Renato Meirelles deu a Kennedy Alencar na RedeTV, que trata da impressionante expansão da classe média brasileira. (...)

domingo, 31 de março de 2013

ELEIÇÃO DE 2014: A OPOSIÇÃO TEM UMA ÚNICA CHANCE

"Veja" a matéria abaixo e diz se há alguma possibilidade da oposição raivosa vencer as eleições de 2014. A oposição está tão atordoada que não conseguem, nem mesmo, interpretar uma pesquisa eleitoral. Sua última e derradeira chance é o Poder Judiciário. Aliás, essa direita conservadora teve, na Justiça, uma pequena e perigosa vitória. O grande jornalista Luiz Carlos Azenha, do Blog Viomundo  perdeu uma ação interposta  por Ali Kamel, Diretor da Central Globo de Jornalismo. A sentença do douto magistrado impôs ao réu o pagamento de uma indenização ao todo poderoso Kamel. Diante dessa situação, Azenha diz que não pretende recorrer da decisão por falta de recurso financeiro, e diz ainda, que pretende fechar seu blog, ou seja,  mesmo que de maneira velada, o fantasma da CENSURA está rondando, e o pior:  o sagrado direito de expressão esculpido na nossa Carta Magna parece que para alguns, é letra morta. Um absurdo! Fica aqui a nossa solidariedade ao Azenha e o repúdio a essa decisão.

quarta-feira, 27 de março de 2013

JOÃO UBALDO X FHC

Não sei se o grande escritor João Ubaldo estava bêbado quando escreveu essa "missiva" para FHC. De qualquer maneira espero que o nobre escritor não repita FHC: "apaguem tudo que eu falei e rasguem tudo que eu escrevi". 

A "mídia nativa" está noticiando que FHC pretende concorrer a uma vaga na Academia Brasileira de Letras (ABL). Certamente o ex-presidente quer se tornar um imortal, isso vai fazer um extraordinário bem ao seu ego, especialmente, depois que ele saiu do seu des-governo com uma pífia popularidade, caindo no total ostracismo político. 

Depois que a ABL aceitou Roberto Marinho, José Sarney, Merval Pereira, Marco Maciel e Celso Lafer como imortais, não assusta a mais ninguém que FHC venha se juntar a esses "ilustres" e "renomados" escritores. A propósito, se alguém conhecer duas obras que fizeram sucesso desses magníficos escritores, favor comunicar a esse blogueiro sujo e sem conhecimento literário. 

Leia com atenção essa carta..! 
Fonte: conversaafiada.com.br        

Senhor Presidente 

25 de outubro de 1998

Senhor Presidente,

Antes de mais nada, quero tornar a parabenizá-lo pela sua vitória estrondosa nas urnas. Eu não gostei do resultado, como, aliás, não gosto do senhor, embora afirme isto com respeito. Explicito este meu respeito em dois motivos, por ordem de importância. O primeiro deles é que, como qualquer semelhante nosso, inclusive os milhões de miseráveis que o senhor volta a presidir, o senhor merece intrinsecamente o meu respeito. O segundo motivo é que o senhor incorpora uma instituição basilar de nosso sistema político, que é a Presidência da República, e eu devo respeito a essa instituição e jamais a insultaria, fosse o senhor ou qualquer outro seu ocupante legítimo. Talvez o senhor nem leia o que agora escrevo e, certamente, estará se lixando para um besta de um assim chamado intelectual, mero autor de uns pares de livros e de uns milhares de crônicas que jamais lhe causarão mossa. Mas eu quero dar meu recadinho.

Respeito também o senhor porque sei que meu respeito, ainda que talvez seja relutante privadamente, me é retribuído e não o faria abdicar de alguns compromissos com que, justiça seja feita, o senhor há mantido em sua vida pública – o mais importante dos quais é com a liberdade de expressão e opinião. O senhor, contudo, em quem antes votei, me traiu, assim como traiu muitos outros como eu. Ainda que obscuramente, sou do mesmo ramo profissional que o senhor, pois ensinei ciência política em universidades da Bahia e sei que o senhor é um sociólogo medíocre, cujo livro O Modelo Político Brasileiro me pareceu um amontoado de obviedades que não fizeram, nem fazem, falta ao nosso pensamento sociológico. Mas, como dizia antigo personagem de Jô Soares, eu acreditei.

O senhor entrou para a História não só como nosso presidente, como o primeiro a ser reeleito. Parabéns, outra vez, mas o senhor nos traiu. O senhor era admirado por gente como eu, em função de uma postura ética e política que o levou ao exílio e ao sofrimento em nome de causas em que acreditávamos, ou pelo menos nós pensávamos que o senhor acreditava, da mesma forma que hoje acha mais conveniente professar crença em Deus do que negá-la, como antes. Em determinados momentos de seu governo, o senhor chegou a fazer críticas, às vezes acirradas, a seu próprio governo, como se não fosse o senhor seu mandatário principal. O senhor, que já passou pelo ridículo de sentar-se na cadeira do prefeito de São Paulo, na convicção de que já estava eleito, hoje pensa que é um político competente e, possivelmente, t em Maquiavel na cabeceira da cama. O senhor não é uma coisa nem outra, o buraco é bem mais embaixo. Político competente é Antônio Carlos Magalhães, que manda no Brasil e, como já disse aqui, se ele fosse candidato, votaria nele e lhe continuaria a fazer oposição, mas pelo menos ele seria um presidente bem mais macho que o senhor.

Não gosto do senhor, mas não tenho ódio, é apenas uma divergência histórico-glandular. O senhor assumiu o governo em cima de um plano financeiro que o senhor sabe que não é seu, até porque lhe falta competência até para entendê-lo em sua inteireza e hoje, levado em grande parte por esse plano, nos governa novamente. Como já disse na semana passada, não lhe quero mal, desejo até grande sucesso para o senhor em sua próxima gestão, não, claro, por sua causa, mas por causa do povo brasileiro, pelo qual tenho tanto amor que agora mesmo, enquanto escrevo, estou chorando.

Eu ouso lembrar ao senhor, que tanto brilha, ao falar francês ou espanhol (inglês eu falo melhor, pode crer) em suas idas e vindas pelo mundo, à nossa custa, que o senhor é o presidente de um povo miserável, com umas das mais iníquas distribuições de renda do planeta. Ouso lembrar que um dos feitos mais memoráveis de seu governo, que ora se passa para que outro se inicie, foi o socorro, igualmente a nossa custa, a bancos ladrões, cujos responsáveis permanecem e permanecerão impunes. Ouso dizer que o senhor não fez nada que o engrandeça junto aos corações de muitos compatriotas, como eu. Ouso recordar que o senhor, numa demonstração inacreditável de insensibilidade, aconselhou a todos os brasileiros que fizessem check-ups médicos regulares. Ouso rememorar o senhor chamando os aposentados brasileiros de vag abundos. Claro, o senhor foi consagrado nas urnas pelo povo e não serei eu que terei a arrogância de dizer que estou certo e o povo está errado. Como já pedi na semana passada, Deus o assista, presidente. Paradoxal como pareça, eu torço pelo senhor, porque torço pelo povo de famintos, esfarrapados, humilhados, injustiçados e desgraçados, com o qual o senhor, em seu palácio, não convive, mas eu, que inclusive sou nordestino, conheço muito bem. E ouso recear que, depois de novamente empossado, o senhor minta outra vez e traga tantas ou mais desditas à classe média do que seu antecessor que hoje vive em Miami.

Já trocamos duas ou três palavras, quando nos vimos em solenidades da Academia Brasileira de Letras. Se o senhor, ao por acaso estar lá outra vez, dignar-se a me estender a mão, eu a apertarei deferentemente, pois não desacato o presidente de meu país. Mas não é necessário que o senhor passe por esse constrangimento, pois, do mesmo jeito que o senhor pode fingir que não me vê, a mesma coisa posso eu fazer. E, falando na Academia, me ocorre agora que o senhor venha a querer coroar sua carreira de glórias entrando para ela. Sou um pouco mais mocinho do que o senhor e não tenho nenhum poder, a não ser afetivo, sobre meus queridos confrades. Mas, se na ocasião eu tiver algum outro poder, o senhor só entra lá na minha vaga, com direito a meu lugar no mausoléu dos imortais.

Assinada João Ubaldo Ribeiro

terça-feira, 26 de março de 2013

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS É PRESIDIDA POR HOMOFÓBICO


Triste época a nossa, em que é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito. (Albert Einstein)

A Câmara dos Deputados possui vinte Comissões Permanentes. Essas são órgãos técnicos que têm como finalidade discutir e votar as propostas de leis que são apresentadas à Câmara. Essas Comissões se manifestam emitindo opinião técnica sobre o assunto, por meio de pareceres, antes de o Projeto ser levado ao Plenário.

Dentre essas Comissões, existe a Comissão de “Direitos Humanos e Minorias (CDHM)” que tem como atribuições, receber, avaliar e investigar denúncias de violações de direitos humanos; discutir e votar propostas relativas à sua área temática; fiscalizar e acompanhar a execução de programas governamentais do setor; cuidar dos assuntos referentes às minorias étnicas e sociais, especialmente, às comunidades indígenas, a preservação e proteção das culturas populares e étnicas do País, etc.

A indicação do Deputado que participará de uma Comissão fica a cargo do seu Partido, e essa escolha deve guardar sintonia com a vida do Parlamentar. Se há um Deputado médico, por exemplo, o mais indicado é que ele participe da Comissão de Saúde, inclusive, devendo presidi-la. Porém, nem sempre é assim, e muitas vezes, o que se vê são distorções gritantes, como a que ocorreu recentemente com a “escolha” do Deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos.

O Deputado Feliciano é Pastor de uma Igreja Evangélica. A sua escolha para presidir a CDHM, a princípio parecia coerente, não fossem os conceitos de vida do Deputado/Pastor, que são claramente contrários aos princípios dos Direitos Humanos, razão pela qual desencadeou uma série de protestos, inclusive, de organismos internacionais.

Evidente que não temos nada contra o Parlamentar ser Pastor Evangélico, aliás, o Congresso Nacional já teve como Deputado o grande e saudoso, Lysâneas Maciel, um Político com forte engajamento evangélico, mas também, um incansável defensor dos Direitos Humanos, o oposto do reacionário, homofóbico e preconceituoso Deputado Marco Feliciano.

Aliás, nesse sentido escreveu o jornalista Altamiro Borges: “A eleição de Marco Feliciano para presidir a CDHM é uma verdadeira aberração. O deputado é conhecido por suas posições racistas e homofóbicas.....Ele chegou a afirmar que a ex-senadora Marta Suplicy e a deputada Érica Kokay, defensoras do projeto de lei que criminaliza a homofobia, são mulheres com sexualidade distorcida”.

Por seu turno a Anistia Internacional assim se manifestou: “...as posições claramente discriminatórias em relação à população negra, LGBT e mulheres, expressas em várias ocasiões pelo deputado Marco Feliciano, o tornam uma escolha inaceitável para presidir a comissão.... É essencial que seus integrantes [se referindo à CDHM] sejam pessoas comprometidas com os direitos humanos e tenham trajetórias públicas reconhecidas pelo compromisso com a luta contra discriminações e violações que continuam a fazer parte do cotidiano da sociedade brasileira”.

Realmente, não podemos aceitar que um Parlamentar que afirma, publicamente, que “..os africanos descendem de um ancestral amaldiçoado por Noé”, ou que diz que “...a podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição”, possa presidir uma Comissão de Direitos Humanos. È indiscutível e legítimo os protestos contra essa decisão, afinal, a escolha de Feliciano para presidir a CDHM foi um absurdo e a sua permanência no cargo é um acinte, especialmente, nesse momento em que o país se engaja abertamente na luta contra as violações dos direitos humanos e as práticas preconceituosas e discriminatórias.        

Dessa maneira, e diante da desastrosa decisão do PSC de ratificar a permanência de Feliciano à frente da CDHM, só nos resta esperar que o Deputado tenha um lampejo de humildade e reconheça a sua suspeição para presidir essa Comissão e a sua total incompatibilidade com os princípios esculpidos no artigo 3º da nossa Carta Magna, que prevê que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, entre outros preceitos, “a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. Com a palavra o Deputado Feliciano!


terça-feira, 19 de março de 2013

PAPA FRANCISCO: TERNURA E VIGOR


 "...O Papa Francisco vem de uma experiência pastoral, não é um espelho de Roma, ele tem autonomia, tem capacidade de falar para o centro do poder da Igreja..." Leonardo Boff


Há pouco tempo escrevemos que a crise vivida pela Igreja Católica poderia se tornar uma oportunidade de crescimento, de mudanças e de reencontro dessa milenar instituição com os anseios de um povo muita à frente dessa Igreja ultrapassada, estagnada e cercada por conflitos.                                        

E foi neste contexto que aconteceram dois fatos que, certamente, serão os divisores de água na história contemporânea da Igreja Católica: a renúncia do Papa Bento XVI e a escolha de um Jesuíta e latino-americano para comandar a Igreja de Pedro.

A propósito, há cinqüenta anos atrás, o Papa João XXIII já havia manifestado essa mesma inquietude com relação à estagnação da Igreja frente à evolução do mundo. João XXIII entendia que a Igreja nos últimos séculos, teria ficado fechada dentro de si, não acompanhando o desenvolvimento do mundo, e essa foi uma das razões que o levou a convocar o Concílio Vaticano II cujo propósito foi o de discutir de forma ampla e fraterna todos os temas que afloravam no seio da sociedade daquela época, acreditando que esse sínodo poderia tirar a Igreja do seu isolamento. E realmente, o Papa tinha razão!

Aliás, malgrado ter esvaziado alguns princípios do Concílio Vaticano II, o Papa João Paulo II, reconheceu em 1995, a importância desse Sínodo, afirmando que "...graças ao sopro do Espírito Santo o Concílio lançou as bases de uma nova primavera da Igreja. Ele marcou a ruptura com o passado, mas soube valorizar o patrimônio da tradição eclesial, para orientar os fiéis aos desafios da nossa época..."
                  
A precisão das palavras do Santo Papa João Paulo II sobre o Concílio Vaticano II são estimuladoras e inspiradoras para se começar uma profunda Reforma burocrática, administrativa e doutrinária nessa Igreja que se encontra isolada, angustiada e em profunda crise. E o momento é auspicioso para tal enfrentamento, pois, temos um Papa que claramente fez a opção pelos pobres, um Pastor que tem o vigor dos Jesuítas e o amplo apoio dos católicos e de todos os Cristãos do mundo. Por tudo isso somos convidados a acreditar que o Papa Francisco vai sim, realizar as Reformas que a Igreja de Pedro clama e necessita.

A propósito, vale destacar as sábias palavras do brilhante Teólogo, Leonardo Boff sobre a indicação do Cardeal Jorge Mario Bergoglio: “...Este é o Papa de que a Igreja precisava. Isto fica claro na escolha do seu nome: trata-se de um jesuíta com alma franciscana. O nome Francisco [é por si só uma encíclica, como bem assinala Dom Cláudio Hummes]. O novo Papa nasce com a inspiração franciscana de simplicidade, ética, solidariedade com os pobres, amor à natureza e liberdade de criação...O centro não é a Igreja, mas a humanidade. Certamente não será um Papa doutrinador, mas um Pastor... Importa que o Papa Francisco seja um João XXIII dos novos tempos, um “Papa buono”, como já o mostrou. Só assim poderá  resgatar a credibilidade perdida  e ser um luzeiro de espiritualidade e de esperança para todos".
                          
Realmente os católicos e os cristãos do mundo inteiro estão depositando grandes esperanças no Papa Francisco, e as expectativas são alvissareiras, afinal, somente um Pastor “com o vigor dos Jesuítas e com a ternura dos Franciscanos” é capaz de desencadear a tão esperada nova primavera na Igreja Católica. Paz e Bem! 


quarta-feira, 13 de março de 2013

UMA RESUMIDA MAS PERFEITA VISÃO DO NOVO BRASIL - PARTEIII

UMA RESUMIDA MAS PERFEITA VISÃO DO NOVO BRASIL - PARTEII

UMA RESUMIDA MAS PERFEITA VISÃO DO NOVO BRASIL

sábado, 9 de março de 2013

MORRE O GRANDE LÍDER LATINO-AMERICANO


"...talvez suas ideias vão inspirar jovens no futuro, assim como as ideias de Simon Bolivar, o grande libertador da América Latina, inspiravam Chávez". Luis Inácio Lula da Silva



No dia 05/03/2013, o mundo recebeu a triste notícia do falecimento do líder latino-americano, Hugo Chavez. O Presidente Venezuelano deixa a vida e entra para a história, e assim como Simón Bolívar, será lembrado como um grande líder que lutou pela unidade do continente latino-americano e contra a exploração do seu povo.

A propósito, como todos nós sabemos, a colonização da América Latina se deu pelo processo de exploração, esse fato, entre outras consequências, resultou em um enorme desequilíbrio social, que perdurou por, aproximadamente, cinco séculos. Aliás, nesse sentido o grande escritor Eduardo Galeano, escreveu:”...a derrota da América Latina esteve sempre implícita na vitória alheia, nossa riqueza gerou sempre a nossa pobreza para alimentar a prosperidade dos outros: os impérios e seus agentes nativo”.     

As mudanças políticas mais substanciais que ocorreram nas últimas seis décadas nos países da América Latina, começaram no final dos anos cinquenta com a Revolução Cubana. Contudo, após essa vitoriosa Revolução, o que vimos foi uma forte política implantada pelos EUA objetivando impedir que essa onda revolucionária inundasse os demais países da América Latina, para tanto, os ianques patrocinaram vários golpes de estado e ajudaram a implantar cruéis regimes militares nos países do nosso continente.

Mas malgrado todo esse esforço estadunidense, em meados dos anos noventa, começou uma nova Revolução patrocinada pelo próprio povo latino-americano, porém, dessa vez a arma escolhida foi o processo democrático. A primeira e importante mudança foi à eleição de Hugo Chávez em 1998. Essa vitória abriu as portas para que outras lideranças de esquerda começassem a vencer eleições no nosso continente, como por exemplo, a vitória de Lula no Brasil, Cristina Kirchner na Argentina, Rafael Correa no Equador, entre tantos outros.

As Políticas sociais e econômicas desenvolvidas por esses governos progressistas foram decisivas para o fortalecimento da democracia e para a melhoria da qualidade de vida dos povos latinos, em especial, para os pobres, colocando a América Latina, como bem assinala Altamiro Borges, “como protagonistas de um movimento que se choca frontalmente com tudo o que a direita representa”, por isso, todo esse ódio da conservadora oligarquia latina contra essas lideranças.

Na Venezuela de Hugo Chávez, mesmo diante do bombardeio midiático, temos um grande exemplo das exitosas políticas sociais implantadas por esses governos de esquerda, e ao contrário do que é propagado pela grande mídia, é um exemplo também, de um País que exercita de forma plena a democracia.

Aliás, neste sentido, o jornalista Salim Lamrarini, escreveu: “Jamais, na história da América Latina, um líder político alcançou uma legitimidade democrática tão incontestável. Desde sua chegada ao poder em 1999, houve 16 eleições na Venezuela. Hugo Chávez ganhou 15, entre as quais a última, no dia 7 de outubro de 2012, lembrando, que todas as instâncias internacionais, desde a União Europeia até a Organização dos Estados Americanos, passando pela União de Nações Sul-Americanas e pelo Centro Carter, mostraram-se unânimes ao reconhecer a transparência dessas eleições”.

Mas não obstante esse importante dado, que assim como outros são sistematicamente ocultados ou distorcidos pela grande mídia, Chávez deixa um indiscutível legado, que passa pelo seu irredutível compromisso com as transformações sociais do seu país e à sua obstinada luta pela integração das nações latino-americanas.

A propósito, vale destacar parte do artigo do ex-presidente Lula, publicado no NY Times: “...se uma figura pública morre sem deixar ideais, seu legado e espírito chegam ao fim. Não foi o caso de Chávez, uma figura forte, dinâmica e inesquecível...A História vai afirmar, justificadamente, o papel que Hugo Chávez desempenhou na integração da América Latina e o significado de seus 14 anos na presidência para o povo pobre da Venezuela.”

Realmente Hugo Chávez deixa um vigoroso legado, no entanto, mesmo diante do reconhecimento da maioria dos venezuelanos, não se pode menosprezar a possibilidade de um golpe de estado patrocinado pela oposição, com o apoio dos EUA. Por essa razão todo cuidado é pouco, e o Brasil e a Argentina precisam ter um papel de protagonistas contra qualquer tentativa de ruptura institucional na Venezuela. 

Aliás, nesse mesmo sentido o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, disse à Carta Maior: “...Não tenho informação, mas imagino que haja uma grande preocupação por parte das presidentas [Dilma e Cristina] para que não haja um golpe de Estado. Isso sempre pode ocorrer...Um golpe se articula discretamente. Estão corretas em se preocupar se têm informações... É importante que Brasil e Argentina estejam vigilantes”.

Frente a tudo isso, esperamos que os Venezuelanos saibam defender a sua soberania e as conquistas sociais e econômicas dos últimos anos inspirando-se na célebre frase do seu grande comandante Hugo Chávez: "Se eu me calar, gritarão as pedras dos povos da América Latina que estão dispostos a ser livres de todo o colonialismo depois de 500 anos de colonização".   

terça-feira, 5 de março de 2013

UM ALERTA DO MESTRE



Aqui está mais um primoroso, preciso e brilhante  texto do mestre Wanderley Guilherme dos Santos, que fazemos questão de reproduzi-lo. 





DIVULGUEM A TEORIA POLÍTICA DO SUPREMO
Wanderley Guilherme dos Santos
Diante de um Legislativo pusilânime, Odoricos Paraguassú sem voto revelam em dialeto de péssimo gosto e falsa cultura a raiva com que se vingam, intérpretes dos que pensam como eles, das sucessivas derrotas democráticas e do sucesso inaugural dos governos enraizados nas populações pobres ou solidárias destes. Usando de dogmática impune, celebram a recém descoberta da integridade de notório negocista, confesso sequestrador de recursos destinados a seu partido, avaliam as coalizões eleitorais ou parlamentares como operações de Fernandinhos Beira-mar, assemelhadas às de outros traficantes e assassinos e suas quadrilhas.

Os quase quarenta milhões de brasileiros arrancados à miséria são, segundo estes analfabetos funcionais em doutrina democrática, filhos da podridão, rebentos do submundo contaminado pelo vírus da tolerância doutrinária e pela insolência de submeter interesses partidariamente sectários ao serviço maior do bem público. Bastardos igualmente os universitários do Pró-Uni, aqueles que pela primeira vez se beneficiaram com os serviços de saúde, as mulheres ora começando a ser abrigadas por instituições de governo para proteção eficaz, os desvalidos que passaram a receber, ademais do retórico manual de pescaria, o anzol, a vara e a isca. Excomungados os que conheceram luz elétrica pela primeira vez, os empregados e empregadas que aceitaram colocações dignas no mercado formal de trabalho, com carteira assinada e previdência social assegurada. Estigmatizados aqueles que ascenderam na escala de renda, comparsas na distribuição do butim resultante de políticas negociadas por famigerados proxenetas da pobreza.

Degradados, senão drogados, os vitimados pelas doenças, dependentes das drogas medicinais gratuitas distribuídas por bordéis dissimulados em farmácias populares. Pretexto para usurpação de poder como se eleições fossem, maldigam-se as centenas de conferências locais e regionais de que participaram milhões de brasileiros e de brasileiras para discussão da agenda pública por aqueles de cujos problemas juízes anencéfalos sequer conhecem a existência.

O Legislativo está seriamente ameaçado pelo ressentimento senil da aposentadoria alheia. Em óbvia transgressão de competências, decisões penais lunáticas estupram a lógica, abolem o universo da contingência e fabricam novelas de horror para justificar o abuso de impor formas de organização política, violando o que a Constituição assegura aos que sob ela vivem. Declaram criminosa a decisão constituinte que consagra a liberdade de estruturação partidária. Vingam-se da brilhante estratégia política de José Dirceu, seus companheiros de direção partidária e do presidente Lula da Silva, que rompeu o isolamento ideológico-messiânico do Partido dos Trabalhadores e encetou com sucesso a transformação do partido de aristocracias sindicais em foco de atração de todos os segmentos desafortunados do país.

Licitamente derrotados, os conservadores e reacionários encontraram no Supremo Tribunal Federal o aval da revanche. O intérprete, contudo, como é comum em instituições transtornadas, virou o avesso do avesso, experimentou o prazer de supliciar e detonou as barreiras da conveniência. Ou o Legislativo reage ou representará o papel que sempre coube aos judiciários durante ditaduras: acoelhar-se.

Imprensa independente, analistas, professores universitários e blogueiros: comuniquem-se com seus colegas e amigos no Brasil e no exterior, traduzam se necessário e divulguem o discurso do ministro-presidente Carlos Ayres de Britto sobre a política, presidencialismo, coalizões e tudo mais que se considerou autorizado a fazer. Divulguem. Divulguem. Se possível, imprimam e distribuam democráticamente. É a fama que merece
.

segunda-feira, 4 de março de 2013

LÁ FORA SE CONHECE E RECONHECE OS GOVERNOS TRABALHISTAS DE LULA E DILMA

Essa matéria saiu no "Los Angeles Times". A tradução foi realizada pelo tradutor do Google. Original está abaixo.



"DILMA ROUSSEFF DO BRASIL é popular, mas não entre os meios de notícia"

Jornais ricos e poderosos e redes de TV têm sido críticos do presidente de esquerda, apesar de sua abordagem hands-off para eles.

Por Vincent Bevins, Los Angeles Times

03 de março de 2013, 06:36

SÃO PAULO, Brasil - Quando o presidente esquerdista João Goulart foi deposto pelos militares brasileiros, em 1964, a nação de mídia de notícias importantes, controlada por poucas famílias, comemorou.

Mas, durante a ditadura de 21 anos que se seguiram, o governo censurou os jornais e estações de televisão as famílias operados.

As coisas são diferentes agora. Desde 2003, o Brasil tem sido gerido pelo partido à esquerda do centro dos Trabalhadores popular, conhecido como PT, que deixou a mídia só.

Mas as publicações e emissoras de TV, ainda controladas pelas mesmas famílias, têm sido críticos do partido, apesar de uma taxa de aprovação pública para a presidente Dilma Rousseff tão alta quanto 78%. Nem uma notícia saída única grande apoia-la, com alguns jornais e revistas particularmente severas em suas críticas.

"É uma situação extremamente única que hoje no Brasil a ter um governo popular e nenhum meio de comunicação importante que a suporta, ou apresenta um ponto de vista à esquerda do centro", diz Laurindo Leal Filho, especialista em mídia da Universidade de São Paulo.

A oposição ao Partido dos Trabalhadores tem estado presente desde que o ex de esquerda metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez preso pela ditadura, foi eleito presidente em 2002. Lula moveu-se rapidamente para o centro e elites empresariais acomodados, e na década seguinte viu um boom econômico em que 40 milhões de pessoas saíram da pobreza.

"A sociedade brasileira foi baseada na escravidão por mais de 300 anos, e tem quase sempre sido executado pelos mesmos estratos sociais", diz Leal Filho. "Algumas partes da classe alta têm aprendido a conviver com outros setores da sociedade que foram anteriormente excluídos ... mas a mídia ainda refletem os valores da elite da velha escola, com exceções muito, muito poucos."

Os meios de comunicação críticos têm sido amplamente elogiado por contundentes investigações de corrupção que levaram oito membros do gabinete de Dilma de ser substituído, e 25 funcionários de alto nível a ser condenados por um escândalo de compra de votos namoro com a administração de Lula. Mas os partidários do governo, muitas vezes dizem que a mídia de notícias pagar muito menos atenção às evidências de corrupção envolvendo outros partidos políticos.

Repórteres Sem Fronteiras divulgou recentemente um relatório criticando a concentração da mídia no Brasil e recomendar uma revisão das leis relacionadas com os meios de comunicação. Mas ao contrário de outros lugares da América Latina, onde os governos abertamente batalha com os críticos de mídia privada, o governo brasileiro tem tomado uma atitude relaxada.

Mesmo que houvesse um esforço concertado para tomar medidas, seria politicamente impossível, dizem analistas. Os Repórteres Sem Fronteiras relatam detalhes laços estreitos entre partes da mídia e membros do Congresso, alguns dos quais ainda votar a concessão de licenças para estabelecimentos que possuem, especialmente fora das grandes cidades. Para executar o país, Dilma deve navegar nas águas complicadas do sistema brasileiro Congresso e trabalhar com mais de 20 outros partidos.

"É lamentável, mas para governar este país você tem que estabelecer alianças", diz Mino Carta, editor da Carta Capital, a única publicação de qualquer tamanho que apóia o governo. Ele vende 60 mil cópias por semana, em um país de quase 200 milhões.

Enquanto isso, Dilma Rousseff, que foi torturada pela ditadura por suas atividades de esquerda na década de 1970, assumiu a crítica dos meios de comunicação no tranco, periodicamente, reafirmando sua crença na liberdade de expressão.

A tentativa de construir uma notícia saída em grande escala que apresenta um ponto de vista diferente seria extremamente difícil, Carta diz que, por causa da necessidade de receitas de publicidade.
"Isso seria uma meta muito lento e de longo prazo na verdade", diz o septuagenário de origem italiana.

Chefes mais brasileiros de mídia dizem que seu jornalismo é neutro e objetivo.

Sérgio Dávila, editor-executivo do jornal Folha de São Paulo, jornal do Brasil maior circulação, diz: "Quando Fernando Henrique Cardoso estava no escritório, [seu partido] do PSDB disse que estavam contra eles e pró-PT."

Davila aponta para um relatório publicado no jornal na época detalhando votos comprados para garantir a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. "Agora estamos apenas vendo o outro lado da moeda."

Mas muitos adeptos da PT ver os grandes jornais, incluindo a Folha e O Estado de São Paulo, como anti-Dilma, como o fazem a rede de televisão e correr jornal pelo grupo Globo dominante.

"A grande mídia sempre defenderam os interesses dos poderosos", diz José Everaldo da Silva, um trabalhador portuário aposentado e eleitor PT no país é tradicionalmente nordeste pobre, que tem beneficiado especialmente a partir de regra PT. "Todo mundo se lembra do que fez a Globo na primeira eleição de Lula."

Quando Lula concorreu pela primeira vez para presidente em 1989, a TV Globo estação pesadamente editado o seu último debate com Fernando Collor de Mello, dando Lula menos tempo e mostrando todos os melhores momentos de Collor. As urnas virou a favor de Collor, que foi eleito e depois cassado por corrupção.

O episódio se tornou tema de um documentário britânico intitulado "Beyond Citizen Kane".

TV Globo mais tarde reconheceu ter cometido um erro, mas nega agora há qualquer preconceito. "A Globo é absolutamente apartidária. Ele não oferecer opiniões sobre os governos e busca a neutralidade em seus programas de notícias, "um porta-voz.

Emissoras de TV são relativamente moderados e uma fonte mais importante de notícias de impressão para os brasileiros, a maioria dos quais não costumam ler jornais ou revistas, diz David Fleischer, cientista político da Universidade de Brasília.

"Estações de TV não explodir [Rousseff] como a imprensa faz", diz Fleischer.

Em contraste com a maior parte do mundo, a palavra impressa está crescendo no Brasil, como alfabetização e aumento do consumo de notícias. Circulação da Folha aumentou 2% em papel e 300% no ano passado online.

"Mais diversidade na mídia seria bom para o país", diz Davila. "Eu realmente não sei por que isso não está acontecendo."

Por enquanto, nem Dilma nem aposentado trabalhador portuário Da Silva parece preocupado.

"Todo mundo que viaja por aqui pode ver claramente que o Brasil mudou. Globo distorce a verdade, sim. Mas não é tão ruim. Quem se importa? Eles podem dizer o que quiserem ", Da Silva diz em uma entrevista por telefone, e depois quebra a rir. "Na verdade, eu estou assistindo a Globo agora."

Bevins é correspondente especial.

BRAZIL’S DILMA ROUSSEFF IS POPULAR, BUT NOT AMONG NEWS MEDIA


Rich and powerful newspapers and TV networks have been critical of the left-leaning president despite her hands-off approach toward them.

By Vincent Bevins, Los Angeles Times 

March 3, 2013, 6:36 p.m.

SAO PAULO, Brazil — When left-leaning President Joao Goulart was deposed by the Brazilian military in 1964, the nation’s major news media, controlled by a few wealthy families, celebrated.

But during the 21-year dictatorship that followed, the government censored the newspapers and television stations the families operated.

Things are different now. Since 2003, Brazil has been run by the popular left-of-center Workers’ Party, known as PT, which has left the news media alone.

But the publications and TV stations, still controlled by the same families, have been critical of the party, despite a public approval rating for President Dilma Rousseff as high as 78%. Not a single major news outlet supports her, with some newspapers and magazines particularly harsh in their criticism.

“It’s an extremely unique situation now in Brazil to have such a popular government and no major media outlet that supports it or presents a left-of-center viewpoint,” says Laurindo Leal Filho, a media specialist at the University of Sao Paulo.

The opposition to the Workers’ Party has been present since former left-wing metalworker Luiz Inacio Lula da Silva, once imprisoned by the dictatorship, was elected president in 2002. Lula quickly moved to the center and accommodated business elites, and the following decade saw an economic boom in which 40 million people rose out of poverty.

“Brazilian society was based on slavery for over 300 years, and has almost always been run by the same social strata,” Leal Filho says. “Some parts of the upper class have learned to live with other parts of society that were previously excluded … but the media still reflect the values of the old-school elite, with very, very few exceptions.”

The critical news media have been widely praised for hard-hitting investigations of corruption that have led eight members of Rousseff’s Cabinet to be replaced, and 25 high-level officials to be sentenced for a vote-buying scandal dating to Lula’s administration. But government supporters often say the news media pay much less attention to evidence of corruption involving other political parties.

Reporters Without Borders recently issued a report criticizing media concentration in Brazil and recommending an overhaul of laws pertaining to the media. But unlike elsewhere in Latin America where governments openly battle with private media critics, the Brazilian government has taken a relaxed attitude.

Even if there were a concerted effort to take action, it would be politically impossible, analysts say. The Reporters Without Borders report details close ties between parts of the media and members of Congress, some of whom even vote to grant licenses to outlets they own, especially outside the bigger cities. To run the country, Rousseff must navigate the complicated waters of the Brazilian congressional system and work with more than 20 other parties.

“It’s unfortunate, but to govern this country you have to establish alliances,” says Mino Carta, editor of Carta Capital, the only publication of any size that supports the government. It sells 60,000 copies a week in a country of almost 200 million.

Meanwhile, Rousseff, who was tortured by the dictatorship for her left-wing activities in the 1970s, has taken criticism from the news media in stride, periodically reaffirming her belief in freedom of speech.

Attempting to build a large-scale news outlet that presents a different point of view would be extremely difficult, Carta says, because of the need for advertising revenue.
“That would be a very slow and long-term goal indeed,” says the Italian-born septuagenarian.

Most Brazilian media chiefs say their journalism is neutral and objective.

Sergio Davila, managing editor of Folha de Sao Paulo, Brazil’s highest-circulation newspaper, says, “When Fernando Henrique Cardoso was in office, [his party] the PSDB said we were against them and pro-PT.”

Davila points to a report published in the paper at the time detailing votes purchased to ensure Cardoso’s reelection. “Now we’re just seeing the other side of the coin.”

But many PT supporters see the major newspapers, including Folha and O Estado de Sao Paulo, as anti-Rousseff, as they do the television network and newspaper run by the dominant Globo group.

“The big media have always defended powerful interests,” says Jose Everaldo da Silva, a retired port worker and PT voter in the country’s traditionally poor northeast, which has benefited especially from PT rule. “Everyone remembers what Globo did in Lula’s first election.”

When Lula first ran for president in 1989, the Globo TV station heavily edited his final debate with Fernando Collor de Mello, giving Lula less time and showing all of Collor’s best moments. The polls turned in favor of Collor, who was elected and later impeached for corruption.

The episode became the subject of a British documentary titled “Beyond Citizen Kane.”

Globo TV later acknowledged having made a mistake but denies there is now any bias. “Globo is absolutely nonpartisan. It doesn’t offer opinions on governments and seeks neutrality in its news programs,” a spokesman said.

TV stations are relatively moderate and a more important source of news than print for Brazilians, most of whom don’t regularly read newspapers or magazines, says David Fleischer, a political scientist at the University of Brasilia.

“TV stations don’t blast [Rousseff] like the press does,” Fleischer says.

In stark contrast to much of the world, the printed word is growing in Brazil, as literacy and news consumption rise. Folha’s circulation increased 2% in print and 300% online last year.

“More diversity in the media would be good for the country,” Davila says. “I just really don’t know why it’s not happening.”

For now, neither Rousseff nor retired port worker Da Silva seems worried.

“Everyone who travels around here can see clearly that Brazil has changed. Globo distorts the truth, yes. But it’s not so bad. Who cares? They can say whatever they want,” Da Silva says in a phone interview, and then breaks into laughter. “Actually, I’m watching Globo right now.”

Bevins is a special correspondent.