"...Eliminar Lula, considere-se ele intimamente de esquerda ou não, socialista ou não, é,
independentemente de sua vontade, o inimigo fundamental.." Roberto Amaral
É sabido que no Brasil é histórico o
preconceito e ódio das elites contra as lideranças de movimentos populares e de
Partidos Políticos de esquerda, como por exemplo, os que ocorreram contra Chico
Mendes, Getúlio Vargas, João Goulart, Juscelino
Kubitschek, Lula, Dilma Rousseff e tantos outros.
Evidente que toda essa odiosidade que
conta com o irrestrito apoio da mídia hegemônica, tem um único objetivo: as
elites do Brasil pretendiam se perpetuar no Poder, para tanto, lutam
desesperadamente, contra esses movimentos sociais e as forças políticas
progressistas do Brasil.
No entanto, sabemos que na democracia
essa luta política é dinâmica: há retrocessos e avanços. Um bom exemplo dessa
afirmativa foi à vitória das forças populares em 2002, com a eleição de um
operário, sindicalista e retirante de nome Luis Inácio Lula da Silva. Aqui começa
a derrocada da direita conservadora do país, e por conseqüência, o
aprofundamento da luta contra esse homem que ousou enfrentar essa elite e por
essa razão se tornou o inimigo número desse seguimento social.
Aliás, nesse sentido o grande mestre
Emir Sader escreveu: “Lula virou o diabo para a direita brasileira, comandada
por seu partido – a mídia privada. Pelo que ele representa e por tê-los
derrotado três vezes sucessivas nas eleições presidenciais, por se manter como
o maior líder popular do Brasil, apesar dos ataques e manipulações de todo tipo
que os donos da mídia – que não foram eleitos por ninguém para querer falar em
nome do país – não param de maquinar contra ele”.
A propósito, são amplamente conhecidos
os inúmeros ataques desferidos por esses “aprendizes do lacerdismo
anacrônico” contra o Presidente Lula. As armas são variadas: agressões
preconceituosas, mentiras, tentativas de golpe contra o seu governo,
conspirações, e até mesmo declarações covardes e desumanas como as que
ocorreram quando Lula foi diagnosticado com câncer. Porém, em todas essas
investidas Lula venceu contra-atacando com a sua única e imbatível arma: o
apoio popular.
Contudo, esses ataques não cessaram. Em
meados do mês de setembro último, por exemplo, a mídia hegemônica, por meio de
um dos seus principais representantes, a revista “Veja”, utilizou o seu arsenal
e mais uma vez apontou a sua mira para o alvo principal: o ex-presidente Lula.
A reportagem da “Veja” - revista que foi flagrada em conluio com Carlinhos
Cachoeira – acusa Lula de ser o chefe da quadrilha do “mensalão”. E essa
afirmação, é amparada nos seus famosos padrões de reportagens como “segundo
consta”, “segundo teria dito um réu da ação penal nº 470” ou “segundo conversas em
off” e por ai em diante, e mais uma vez estamos diante de uma matéria
caluniosa, tendenciosa e vergonhosamente partidária e eleitoreira.
Aliás, nesse mesmo sentido o brilhante Senador Roberto Requião (PMDB), comentando essa
matéria, assim se manifestou na Tribuna do Senado: “Este conjunto de articulistas desfrutáveis que faz a posição
oposicionista nos meios de comunicação usa uma entrevista que não houve para,
mais uma vez, tentar indigitar o ex-presidente... A oposição não perdoa, e
jamais desculpará a ascensão do retirante nordestino à Presidência da
República. A ascensão do metalúrgico talvez ela aceitasse, mas não
a do pau-de-arara. Este, não!...Apenas corações empedrados por privilégios de
classe, apenas almas endurecidas pelos séculos e séculos de mandonismo,
de autoritarismo, de prepotência e de desprezo pelos trabalhadores podem
explicar esse combate contínuo aos programas de inclusão das camadas mais
pobres dos brasileiros ao maravilhoso mundo do consumo de três refeições por
dia. Se algum respeito, se alguma condescendência ainda havia para com
esse pau-de-arara, foi tudo pelo ralo, pelo esgoto em que costumam
chafurdar historicamente os nossos meios de comunicação”.
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