Respeitem Lula!

"A classe pobre é pobre. A classe média é média. A classe alta é mídia". Murílio Leal Antes que algum apressado diga que o título deste texto é plágio do artigo escrito por Ricardo Noblat (...)

A farsa do "Choque de Gestão" de Aécio "Never"

“Veja” abaixo a farsa que foi o famoso “Choque de Gestão” na administração do ex-governador Aécio “Never" (...)

A MAIS TRADICIONAL E IMPORTANTE FACULDADE DE DIREITO DO BRASIL HOMENAGEIA O MINISTRO LEWANDWSKI

"O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski recebeu um “voto de solidariedade” da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) pela “dedicação, independência e imparcialidade” em sua atuação na corte. (...)

NOVA CLASSE "C"

Tendo em vista a importância do tema, reproduzimos post do sitio "Conversa Afiada" que reproduz trecho da entrevista que Renato Meirelles deu a Kennedy Alencar na RedeTV, que trata da impressionante expansão da classe média brasileira. (...)

sábado, 11 de agosto de 2012

MENSALÃO: O ÚLTIMO SUSPIRO DA GRANDE MÍDIA



“O julgamento do mensalão pelo STF é desnecessário. Entre a insinuação mal disfarçada e a condenação explícita, a masa de reportagens e comentários lançados agora, sobre o mensalão, contém uma evidência condenatória que equivale à dispensa dos magistrados e das leis a que devem servir os seus saberes” Janio de Freitas


É de conhecimento público que no dia 03 de agosto o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento da Ação Penal nº 470, conhecido como Mensalão. Mas na prática, esse julgamento iniciou há muito tempo, e o seu veredicto já foi pronunciado pela egrégia “Corte” da “Mídia Nativa”: todos os 38 réus são culpados, e o ex-Presidente Lula e a Presidenta Dilma deverão ser punidos também, só que pelo povo brasileiro.


Não estabelecemos esse paralelo entre o julgamento do STF e da grande mídia apenas como artifício alegórico, ao contrário, essa comparação é para demonstrar que “nunca antes na história deste país” foi visto tamanho massacre contra réus ainda não julgados, e o descarado partidarismo da grande mídia brasileira, que vê nesse julgamento o seu o último suspiro para a sua sobrevivência.


Nessa desesperada e insana tentativa de derrubar ou ao menos desestabilizar os Governos Trabalhistas (Lula/Dilma), a mídia vem agindo de várias formas, inclusive, praticando um jornalismo esgoto. A atual cartada midiática é o julgamento do “mensalão”. Aqui, se valendo da conhecida tática nazista de que uma mentira contada muitas vezes acaba sendo aceita como verdade, a imprensa insiste em suas manchetes que o mensalão é o maior caso de corrupção da história do Brasil, esquecendo de forma vergonhosa, da compra de votos para reeleição de FHC, escondendo o bombástico conteúdo do livro mais vendido do Brasil que é o “Privataria Tucana”, ocultando do público o grave envolvimento da revista “Veja” e de outros veículos de comunicação com o contraventor Carlinhos Cachoeira, e por fim, sonegando do povo as informações do escândalo da “Lista de Furnas” que envolve os principais caciques dos partidos de oposição, para ficar nesses poucos exemplos.


Em relação ao mensalão, e só para ilustrar do que é capaz a mídia hegemônica, citamos o exemplo do “Presidente” dessa “Corte Midiática”, a TV Globo. O Jornal Nacional preparou uma série de matérias sobre o Mensalão. Numa primeira edição, o telejornal relembrou o caso ao longo de 11 minutos e 30 segundos; no dia seguinte foram mais 7 minutos e 41 segundos. Desses quase vinte minutos de acusações, o telejornal contrapôs “extraordinários” 8 segundos à defesa de um dos réus, José Dirceu, exibindo apenas uma frase de seu advogado. Aqui está um exemplo claro de “Tribunal de Exceção” com sua principal arma: negar ao acusado o exercício da ampla defesa e o contraditório. 


Está claro que esse comportamento da grande mídia tem um único objetivo: enfraquecer o PT e os seus principais líderes, visando às próximas eleições. Para tanto, a imprensa, nessa sua derradeira cartada, tenta pressionar o STF para fazer um julgamento  político e não técnico do mensalão, e a razão é óbvia: a imprensa sabe que não há provas nos autos de que houve compra de Deputados para aprovar Projetos de interesse do Governo, o chamado “mensalão”. Ao contrário, o que há são fortes indícios da existência de “caixa dois” para o pagamento de despesas eleitorais dos Partidos aliados ao governo do ex-Presidente Lula. Por isso, a mídia imaginando ser a caixa de ressonância do povo brasileiro, vem fazendo esse grande esforço de colocar os Ministros do STF contra a opinião pública, deixando de fora das discussões o principal instrumento da corrupção que é o financiamento das campanhas eleitorais, que sabidamente, torna o processo eleitoral ilegítimo e viciado.


Aliás, nesse mesmo sentido, o grande jornalista Mauro Santayana escreveu: “...O sistema eleitoral nas democracias modernas – e não só no Brasil, mas no mundo inteiro – é deformado pela influência notória do poder econômico. Há um mercado do voto, como há um mercado da fé, e um mercado da informação....Esse é um dos paradoxos da democracia moderna: sem dinheiro, não há o exercício do voto; com ele, e no volume exigido, a legitimidade do sufrágio é posta em dúvida. Esse é um dos argumentos de filosofia política contra o sistema capitalista, em que o poder do Estado é visto como um bem de mercado, que pode ser ocupado pelos que pagam mais”.