sábado, 23 de junho de 2012
RIO+20 – A VIDA DO PLANETA TERRA EM DISCUSSÃO
Paralelamente
à Rio+20, e tão importante quanto o evento oficial, foi a Cúpula dos Povos: um
movimento que é a voz da sociedade civil global, representada por ativistas
sociais, ambientalistas, e entre outros agentes.
Um
dos principais objetivos da “Rio+20, foi a renovação e o compromisso político
dos países com o desenvolvimento sustentável. Já os debates ficaram em torno
dos seguintes temas: balanço do que foi feito nos últimos 20
anos em relação ao meio ambiente; A importância e os processos da Economia
Verde; Ações para garantir o desenvolvimento sustentável do planeta; Maneiras
de eliminar a pobreza e a governança internacional no campo do desenvolvimento
sustentável.
É evidente que essas Conferências são
instrumentos valiosos para se discutir a vida do Planeta Terra, mas temos que
reconhecer também, que os temas ali discutidos são complexos e controvertidos,
pois, envolve vários interesses: alguns legítimos e outros nem tanto. Por essa
razão é muito difícil se chegar a um consenso. Por isso, e mesmo
ciente de que se poderia avançar mais, não podemos concordar com o discurso
cético dos ambientalistas e oposicionismo midiático, de que a Conferência foi
um fracasso. Ao contrário, temos que reconhecer que houve alguns avanços, mesmo
diante dos dissensos sobre algumas matérias, como por exemplo, a economia verde e aquecimento global
Em relação à economia verde, o tema foi muito discutido, mas ficou fora do documento
final exatamente pela divergência sobre sua definição. Para as ONG’s e o
Governo brasileiro, “a economia verde
se vale do modo de produção e consumo capitalista, apenas tingindo de verde o
que realmente é mais danoso ao ambiente. Assim, não adianta consumir produtos
que gerem menos prejuízo ao ambiente, mas no ritmo desenfreado de hoje. O fim
será o mesmo, só um pouco adiado”.
Diferentemente
da economia verde que é um debate mais conceitual, o tema aquecimento global despertou
e vem despertando, ao longo dos anos, calorosas discussões e divergências no
meio acadêmico. Para alguns cientistas, o processo de
aquecimento global, é sim de responsabilidade do homem e para exemplificar,
alguns estudiosos preconizam que até o fim desse século a temperatura na
Floresta Amazônica vai aumentar seis graus, e o volume das chuvas vai cair pela
metade, o que pode colocar em risco a grande Floresta “Mãe”. Por essa e outras
razões, defendem uma drástica redução na emissão de gás carbono, um dos gases
responsáveis pelo efeito estufa e o principal pela mudança climática no
planeta.
Por
outro lado, há cientistas que defendem a tese de que essas mudanças climáticas têm causas naturais e não
possui qualquer relação com a atividade antrópica. Um dos cientistas que
defende essa tese é o Físico e Doutor em Meteorologia, Luiz Carlos Baldicero Molion. Segundo o Professor o
aquecimento global não passa de uma farsa montada por grandes grupos
financeiros que dominam a economia mundial. No campo científico ele sustenta
que o aquecimento global é um ciclo natural do Planeta. O termômetro da
temperatura global é o oceano Pacífico, que ocupa 35% da superfície terrestre.
Ele passa 30 anos aquecendo suas águas e outros 30, resfriando. De 1977 a 1998,
o oceano esteve mais quente. Esse período coincide com o aumento da temperatura
média do planeta. Mas, desde 1999, o Pacífico dá sinais de que está esfriando.
Como o sol também vai produzir menos energia, o Professor conclui que nos
próximos vinte anos acontecerá o período de resfriamento da Terra, e não o seu aquecimento.
Frente
a tudo isso, e afora todas as divergências acadêmicas e os possíveis avanços e
retrocessos dessa Conferência, um desafio está posto aos governantes,
ambientalistas e para sociedade global: proteger o ecossistema do nosso
Planeta, e ao mesmo tempo, erradicar a pobreza e criar as condições
favoráveis para a produção agrícola e a segurança alimentar e nutricional da
população mundial, fora disso as discussões não passam de meras retóricas
e de uma grande farsa contra a humanidade.
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