Respeitem Lula!

"A classe pobre é pobre. A classe média é média. A classe alta é mídia". Murílio Leal Antes que algum apressado diga que o título deste texto é plágio do artigo escrito por Ricardo Noblat (...)

A farsa do "Choque de Gestão" de Aécio "Never"

“Veja” abaixo a farsa que foi o famoso “Choque de Gestão” na administração do ex-governador Aécio “Never" (...)

A MAIS TRADICIONAL E IMPORTANTE FACULDADE DE DIREITO DO BRASIL HOMENAGEIA O MINISTRO LEWANDWSKI

"O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski recebeu um “voto de solidariedade” da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) pela “dedicação, independência e imparcialidade” em sua atuação na corte. (...)

NOVA CLASSE "C"

Tendo em vista a importância do tema, reproduzimos post do sitio "Conversa Afiada" que reproduz trecho da entrevista que Renato Meirelles deu a Kennedy Alencar na RedeTV, que trata da impressionante expansão da classe média brasileira. (...)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Código Florestal - WWF-Brasil e SOS Florestas

terça-feira, 17 de abril de 2012

SALVAR A PRÓPRIA PELE: ESSA É A PAUTA DA GRANDE MÍDIA


 "...Se há crimes contra Administração Pública, tem de ir para cadeia quem os cometeu" (Senado Demóstenes Torres)

  Nessas últimas semanas o povo brasileiro tem acompanhado o grande escândalo político envolvendo o Senador Demóstenes Torres, “Carlinhos Cachoeira” e sua quadrilha especializada em assaltar os cofres públicos.

 Não resta dúvida de que esse esquema e o da “Privataria Tucana” lideram o ranking dos dois maiores episódios de corrupção da história do Brasil. Porém, parece que setores conservadores da sociedade, fingem não reconhecer tal primazia. A “mídia nativa”, por exemplo, tenta dar contornos diferentes para os dois casos, e os motivos são óbvios: primeiro pelo fato de haver fortes indícios da participação da própria imprensa no caso “Carlinhos Cachoeira”, como por exemplo, o envolvimento da revista “Veja”. E segundo, o gritante medo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) revelar a intima relação da mídia com outros cabulosos casos que aconteceram nesses últimos dez anos, tanto que a própria revista “Veja”, acuada e temerosa, partiu para o ataque e publicou uma matéria detonando o Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT/RS) e se posicionando contrária à instalação da CPMI para apurar o caso do “Carlinhos Cachoeira/Demóstenes”.        
        
Mas malgrado esse desatino da “Veja”, o restante da grande mídia está também em pavorosa e tentando salvar suas peles, e isso vem ocorrendo em conluio com o Senador Demóstenes Torres. Valendo-se dos vazamentos das informações repassadas pelo próprio Senador, que agora tem acesso aos autos do processo, a imprensa tenta se proteger tirando de foco a imagem de Demóstenes e de sua quadrinha. Um grande exemplo dessa tática são as últimas matérias veiculadas pelo “Jornal Nacional”, que insistentemente aposta no suposto envolvimento do Governador de Brasília Agnelo Queiroz (PT) e do Deputado Federal, Protógenes Queiros (PCdoB/SP), nesse episódio. Outra artimanha midiática, é a tentativa de pressionar o STF para julgar, o mais rápido possível, o caso do “mensalão”. Essa manobra tem o seguinte objetivo: apostar na condenação de José Dirceu, o que o levaria para o mesmo patamar de depravação moral de Demóstenes Torres, ou na pior das hipóteses, desviar a atenção do povo e ganhar fôlego para uma nova pauta.

Aliás, analisando essas estratégias o sociólogo, Marcos Coimbra, com a costumeira precisão escreveu na revista Carta Capital: “...É preciso embaralhar as culpas do Demóstenes oposicionista com aquelas de políticos governistas. E era óbvio com quais: os acusados pelo “mensalão”. Eles e Demóstenes tinham de ser igualados. Se esse diversionismo fosse bem sucedido, o escândalo terminaria por ser positivo: aumentaria as pressões para que o STF julgasse logo o caso... A oposição partidária avalia que a volta do assunto às manchetes é uma oportunidade para adquirir novo fôlego. O mesmo vale para os veículos da mídia conservadora, que acreditam que assim poderão fazer seu acerto de contas com o “lulopetismo”.

 

Nesse mesmo sentido, vale destacar também, parte da Nota distribuída pelo Presidente da Câmara, Marcos Maia (PT/RS) que de maneira firme rebate a matéria da “Veja” e levanta algumas dúvidas em relação à postura da revista nesse caso. Diz o Presidente: “...por que a revista “Veja” é tão crítica em relação à instalação desta CPMI? Por que a “Veja” ataca esta CPMI? Por que a “Veja”, há duas semanas, não publicou uma linha sequer sobre as denúncias que envolviam até então somente o senador Demóstenes Torres, quando todos os demais veículos da imprensa buscavam desvendar as denúncias? Por que não investigar possíveis desvios de conduta da imprensa?
  
Frente a todo esse mar de lama, temos o dever de cobrar do Poder Judiciário e da CPMI maior celeridade na conclusão desse caso e uma dura e exemplar punição para os culpados. A regra é não poupar ninguém, e aqui estão incluídos políticos governistas, de oposição e a própria “mídia nativa” que vive se escondendo por debaixo da capa da liberdade de imprensa para cometer seus delitos, desvios de conduta e seu jornalismo “esgoto”. Chegamos num ponto que não tem mais volta, e como bem afirma o próprio Senador Demóstenes Torres, “...a resposta não pode ser arquivamento sumário, esquecimento, desmoralização...Se há crimes contra a Administração Pública, tem de ir para a cadeia quem os cometeu. Repito: basta! Basta! O Brasil não merece esse espetáculo. Basta!”. Realmente o “pecado do pregador é muito mais grave do que o pecado do pecador”.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Novo encerramento do Jornal Nacional

terça-feira, 10 de abril de 2012

CAÍRAM AS MÁSCARAS DOS PALADINOS DA MORALIDADE



Que a retórica de Demóstenes tenha força e se cumpra. Odilon de Mattos Filho


Nessas últimas semanas, graças às investigações da Polícia Federal (PF) com a Operação “Monte Carlo”, o brasileiro tomou conhecimento de um dos maiores escândalos da política brasileira, envolvendo o “empresário” Carlos Augusto Ramos, mais conhecido como “Carlinhos Cachoeira”, e sua quadrilha formada por políticos, empresários, arapongas e parte da imprensa brasileira.

Dentre os investigados pela PF destacamos o ex-paladino da moralidade, Demóstenes Torres, Senador do DEM/GO, e um dos nomes mais cotados para ser o vice-Presidente na chapa de Aécio Neves em 2014. Aliás, foi o próprio “playboy mineiro”, que discursando defendeu e enalteceu a figura do Senador Demóstenes. Disse Aécio: “...para nós que o conhecemos e o conhecemos em profundidade talvez soasse desnecessária sua presença hoje na tribuna do Senado Federal para tratar dessa questão[Carlinhos Cachoeira]...A serenidade que V. Exª demonstra, acompanhada da clareza de seu pronunciamento e da firmeza com que se coloca perante seus Pares só confirmam o caráter de V. Exª. Um homem digno, que sempre agiu dessa forma em todos os cargos públicos que ocupou. E digo mais, é um dos mais preparados e destemidos homens públicos deste País e, por isso mesmo, dos mais respeitados....Com respeito e enorme admiração”.

Não temos dúvidas de que essa Operação da PF alimentada agora pela bombástica entrevista do ex-Prefeito de Anápolis, Ernani de Paula, e de outros fatos que estão surgindo, serão nitroglicerina na CPI que se avizinha. E se tudo vier à tona, certamente, parte da recente história da política brasileira mudará, e o desfecho será trágico para essa acuada oposição e para a desacreditada imprensa brasileira.

Uma das denúncias do ex-prefeito de Anápolis revela que foi “Carlinhos Cachoeira” que preparou as gravações dos casos do Diretor dos Correios, Mauricio Marinho e de Waldomiro Diniz. Com relação a esse último, a fita foi gravada em 2002, quando Waldomiro era dirigente do Governo do Rio de Janeiro, porém, somente em 2004, depois que Waldomiro foi assessor de José Dirceu, que a gravação foi divulgada como se fosse atual. Essa jogada culminou na queda de José Dirceu e deflagrou o factoide denominado “mensalão”. De acordo com o ex-prefeito, essas gravações foram realizadas para que Demóstenes Torres se vingasse de José Dirceu, que teria vetado o seu nome para a Secretaria Nacional de Justiça, o que se daria com a sua saída do PFL para PMDB.

Somada a essa entrevista do ex-prefeito, e robustecendo ainda mais as acusações da participação da revista “Veja” nesse mar de lama, o judicioso jornalista, Luis Nassif postou em seu em seu blog que as gravações feitas pela Operação Monte Carlo “mostram sinais incontestes de associação criminosa da revista [Veja] com o “Cachoeira”. Seriam mais de 200 telefonemas trocados entre Cachoeira e o diretor da sucursal de Brasília, Policarpo Júnior, nos quais o jornalista informa sobre as matérias publicadas e recebe informações e elogios. Segundo Nassif, “há indícios de que Cachoeira foi sócio da revista na maioria dos escândalos dos últimos anos”.  
                                            
Diante de tudo isso, fica nítido que essa operação da PF, além de seus fins específicos, desnuda parte das inúmeras facetas da nossa política. Uma delas é a existência de uma verdadeira fábrica de produzir factoides, corrupção e escândalos; outra é o lamentável fato da “mídia nativa” ser o principal distribuidor desses produtos. E finalmente, o lado positivo, é a importância de se ter uma Polícia Federal autônoma, independente, republicana, e prontamente preparada para combater esse e outros crimes.  

Assim, e frente a esse escabroso escândalo, vale finalizar esse texto com as precisas palavras do próprio  Senador Demóstenes Torres, que da Tribuna do Senado, costumeiramente, bradava alto e bom som: “...Temos problemas não só de vícios. Temos a prática de delitos aqui dentro. Se há crimes contra a Administração Pública, tem de ir para a cadeia quem os cometeu...Para que existe o Congresso Nacional? Somos um bando de fouchés, figuras menores; figuras que vêm aqui com o único objetivo do enriquecimento pessoal e não para defender os interesses da sociedade; Cada qual pague pelo seu erro, cada qual pague pelo crime cometido, cada qual pague pela improbidade...A resposta não pode ser arquivamento sumário, esquecimento, desmoralização. Repito: basta! Basta! O Brasil não merece esse espetáculo. Basta!”.

Ante esse cinismo do Senador, só nos resta recordar o Poeta, Gregório de Matos: Neste mundo é mais rico o que mais rapa; quem mais limpo se faz, tem mais carepa; com sua língua ao nobre o vil decepa; o velhaco maior sempre tem capa.”