Respeitem Lula!

"A classe pobre é pobre. A classe média é média. A classe alta é mídia". Murílio Leal Antes que algum apressado diga que o título deste texto é plágio do artigo escrito por Ricardo Noblat (...)

A farsa do "Choque de Gestão" de Aécio "Never"

“Veja” abaixo a farsa que foi o famoso “Choque de Gestão” na administração do ex-governador Aécio “Never" (...)

A MAIS TRADICIONAL E IMPORTANTE FACULDADE DE DIREITO DO BRASIL HOMENAGEIA O MINISTRO LEWANDWSKI

"O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski recebeu um “voto de solidariedade” da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) pela “dedicação, independência e imparcialidade” em sua atuação na corte. (...)

NOVA CLASSE "C"

Tendo em vista a importância do tema, reproduzimos post do sitio "Conversa Afiada" que reproduz trecho da entrevista que Renato Meirelles deu a Kennedy Alencar na RedeTV, que trata da impressionante expansão da classe média brasileira. (...)

domingo, 18 de março de 2012

A CRISE POLÍTICA: PERIGO OU OPORTUNIDADE?



"A crise representa purificação e oportunidade de crescimento." (Leonardo Boff) 



Etimologicamente a palavra “crise” é um substantivo derivado do latim “crisis”, que significa momento de decisão ou de mudança súbita. Mas a definição que melhor se enquadra no contexto é aquela que nos é ensinada pelos chineses, que afirmam que essa palavra possui dois ideogramas: um representa perigo e o outro simboliza oportunidade. Feito essa breve observação, vamos aos fatos.

Estamos assistindo nos noticiários dessas últimas semanas, que o Governo passa por uma grande crise com a sua base aliada, especialmente, com PMDB.

Todos nós sabemos da grandeza do PMDB e de sua rica e importante história. Contudo, não é menos verdade, que após a morte de Ulisses Guimarães, o Partido perdeu o seu norte, e nitidamente se prescinde de uma grande liderança nacional, tanto, que o vem sendo comandado por forças regionais ou por “caciques” que militam na política única e exclusivamente, por meio do fisiologismo, mesmo com a forte oposição de importantes quadros do PMDB.

As forças conservadoras do país, capitaneadas pela “mídia nativa”, sabem que o governo está navegando em águas calmas, portanto, rumando para as vitórias nas eleições municipais, e por conseqüência, no pleito de 2014. A única possibilidade de frear esse avanço político seria uma oposição forte, porém, essa se encontra inerte, sem rumo e sem proposta. Assim, resta se valer do fogo amigo, desde que o mesmo seja alimentado até se criar uma crise institucional. E exatamente o que essas forças estão tentando fazer, mesmo sabendo que tal crise pertence ao PMDB, e não ao governo.

Diferentemente do que vem sendo propalado pelos analistas de plantões, que afirmam que a Presidenta Dilma não tem jogo de cintura para comandar essas crises políticas, o que está ocorrendo no Brasil é uma nova e bem vinda modalidade de se fazer política. Inversamente do modelo da “Era FHC”, onde a premissa foi o velho jogo do “toma lá dá cá”, com a Presidenta, o que observamos de fato, é um novo padrão de política, e a grande prova dessa mudança, foram às exonerações de vários Ministros, inclusive, do PT, e tudo isso incomoda aqueles que sempre se locupletaram com as benesses governamentais.

Aliás, analisando esses dois modelos, o mestre Mauro Santayana, escreveu:  “...A maior dificuldade da política reside na busca do equilíbrio entre a ética e a prática do poder. Fernando Henrique, apoiando-se em Max Weber, aludiu a uma ética da responsabilidade, que absolveria os homens públicos. Talvez com isso, o então presidente estaria justificando as manobras de seu competente auxiliar nesses assuntos, o ex-militante de esquerda Sérgio Motta, encarregado de lubrificar as relações com o Parlamento. Em suma, ao considerar necessária, em sua avaliação e em sua conveniência pessoal, as emendas que lhe permitiram a prazerosa reeleição e a  venda dos bens do povo aos empreendedores privados, o presidente se valia da ética weberiana da responsabilidade. Como depois se constatou, não se tratava exatamente da ética, mas de sua contrafação”.
                             
A propósito, nesse mesmo sentido o Presidente Lula falando sobre essa mudança na prática de governar, disse ao Senador Eduardo Braga: “O momento é de transformação. O País vive uma nova realidade econômica e social, por isso é fundamental a renovação e a instituição de novos métodos e práticas políticas.”

Frente a tudo isso, fica claro que a Presidenta Dilma está valendo-se dos seculares ensinamentos chineses, ou seja, reconhece que a crise do PMDB constitui um perigo, mas também, uma oportunidade para inaugurar um novo modelo de fazer política, trocando o retrógrado presidencialismo de coalizão com os conhecidos apadrinhamentos espúrios, por uma nova prática governativa, onde a ética, a eficiência e a probidade constituem, verdadeiramente, os pilares da administração pública. 

quarta-feira, 14 de março de 2012

O BRASIL NÃO ACEITA MAIS “CHUTE NO TRASEIRO”..!


"Já foi tarde..."

Todos nós sabemos que a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 serão realizadas no Brasil. Essas conquistas foram frutos do grande empenho e da força Política do Presidente Lula e das boas condições socioeconômicas do país.

Contudo, assim que o Brasil foi escolhido para abrigar tais competições, a “mídia nativa”, iniciou uma série de ataques contra a realização desses eventos. Primeiro, afirmou que o Brasil não tinha condições financeiras para arcar com as despesas desses jogos, mesmo porque o País possui outras prioridades. Agora, alardeiam que tudo no Brasil é muito lento, e o País não tem condições de cumprir as metas impostas pela FIFA, especialmente, em relação à infraestrutura para receber o grande número de turistas para a Copa de Mundo.

Ganhando força para os seus argumentos ad judicium, no dia 02/03 a mídia hegemônica foi presenteada com uma declaração do Secretário Geral da FIFA, Jérôme Valcke, que malgrado a falta de respeito com o povo brasileiro, serviu de munição para as matérias midiáticas. O Secretário Geral, em entrevista aos jornais internacionais, e diferentemente do relatório da FIFA, reclamou dos atrasos das obras para o mundial do Brasil, e de maneira impertinente teve a audácia de dizer a seguinte impropriedade: "eu não entendo por que as coisas não estão se movendo [no Brasil]. Os estádios não estão dentro no cronograma, e outras coisas estão atrasadas!...Os organizadores da Copa precisam "levar um chute no traseiro e entregar essa Copa do Mundo".

Evidente, que tal declaração ganhou repercussão mundo afora. No Brasil, diferente da imprensa internacional, a “mídia nativa” fez coro com o Secretário-Geral, numa clara oposição ao governo, e numa vergonhosa submissão ao “cara-pálida” da FIFA. Já por parte do Governo, a reposta foi incisiva e soberana. O Ministro dos Esportes, contestando a entrevista de Jérôme Valcke, escreveu à FIFA: “...recebemos com espanto as inapropriadas declarações do senhor Jérôme Valcke. A forma e o conteúdo de suas declarações escapam aos padrões aceitáveis de convivência harmônica entre um país soberano como o Brasil e uma organização internacional centenária como a FIFA. Diante desta realidade, o Governo Brasileiro não pode mais aceitar, nas suas tratativas com a FIFA, o Senhor Jérôme Valcke como interlocutor durante a preparação desse mundial”.

Logo após a manifestação do Ministro Aldo Rebelo, imediatamente o “ilustre” Jérôme Valcke, com uma justificativa injustificável, pediu desculpas ao Governo e aos organizadores da Copa do Mundo no Brasil.

Enquanto os jornais brasileiros criticam a resposta do governo, afirmando que isso parece briguinha de menino mimado, os grandes jornais internacionais tiveram outra visão. O Jornal Espanhol “Marca”, por exemplo, publicou que o Brasil baixou a bola da FIFA, e fez o secretário-geral da entidade, Jérome Valcke, inclinar a cabeça. Até mesmo os parlamentares de oposição ao governo, criticaram a chula declaração do Secretário-Geral da FIFA.

É inequívoco, que muitas obras para o mundial estão atrasadas, bem como a Lei da Copa, e isso é normal, pois alguns temas se chocam com a nossa legislação, e outros são muito polêmicos, fatos que não são uma particularidade brasileira. Na Copa do Mundo da Alemanha, por exemplo, berço da cerveja, os alemães tiveram que engolir, ou melhor, beber cerveja estadunidense, e isso devido ao contrato da FIFA com uma cervejaria norte-americana. Esse fato foi uma das grandes polêmicas da Copa do Mundo daquele país

Mas malgrado todo esse imbróglio, podemos afirmar que a Copa do Mundo do Brasil, já está trazendo bons resultados. O primeiro foi à renúncia do ditador da CBF, Ricardo Teixeira, um acontecimento relevante para os brasileiros, e um duro golpe na grande mídia, em especial, na Rede Globo. Outro resultado positivo é o fato de que o Governo não aceita imposições. O Brasil não tira mais os sapatos nos aeroportos internacionais como ocorreu com a diplomacia brasileira no Governo FHC. Aliás, um dos legados deixados pelo Governo Lula foi o resgate e o fortalecimento de nossa soberania. Já foi o tempo que aceitávamos, resignados, um “chute no traseiro”. Parabéns Ministro Aldo Rebelo.   

“A ANISTIA NÃO PODE CONVERTE-SE EM AMNÉSIA”



"Tortura Nunca Mais..!"

É unânime entre os brasileiros, que os vinte e um anos de “ditadura militar” foi um dos mais tristes capítulos da nossa história.

O golpe de 1964, apoiado por parte da grande mídia e pelas elites agrárias e industriais do país, resultou na cassação de direitos políticos, repressão aos movimentos sociais, censura ao meios de comunicação e aos artistas, implantação do bipartidarismo, o uso de métodos violentos, inclusive a tortura contra os opositores ao regime, entre tantas outros barbáries. 
    
Com o fim da ditadura, o Brasil inicia um processo de redemocratização. Primeiro, vieram às eleições indiretas, depois, em 1988, a promulgação da nova Constituição Federal, e finalmente, em 1989 a primeira eleição direta após o regime de “chumbo”.

Contudo, está claro que esse ciclo de redemocratização do país não se completou, falta ainda, conhecermos as entranhas do regime militar que marcou de forma indelével a vida dos brasileiros em dos períodos mais cruéis de nossa história recente.

Procurando completar esse ciclo, foi criada a “Comissão da Verdade” por meio da Lei nº 12.528/2011. Essa Comissão tem como finalidade examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas no período da ditadura militar, a fim de efetivar o direito à memória, à verdade histórica, e promover a reconciliação nacional. 
                            
Contudo, logo após a sanção dessa lei, e frente algumas manifestações de Ministros do Governo Dilma sobre esse período de chumbo, houve uma imediata reação dos militares da reserva, por meio de um manifesto intitulado, Alerta à Nação – eles que venham, por aqui não passarão”.   

Dentre os pontos desse “ameaçador” manifesto, os castrenses escreveram: “...os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de Presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos”.

Logo depois de postado o Manifesto no site do “Clube Militar”, o mesmo foi retirado por ordem do comandante do Exército, General Enzo Perri. Porém, demonstrando a costumeira arrogância e prepotência, os militares de “pijama”, acompanhados de alguns “companheiros” da ativa, reagiram com uma Nota equivocada e de flagrante afronta à Comandante-em-chefe das Forças Armadas, Presidenta Dilma Rousseff. Diz a Nota: ”Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar, a partir do dia 16 de fevereiro próximo passado, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo...”.

Não há dúvidas de que essas Notas raivosas dos militares não passam de lamentáveis tentativas de chantagear o Governo e de amedrontar a sociedade com a sombra do passado, além do que, é uma inequívoca demonstração da dificuldade dos militares aceitarem um civil com perfil progressista à frente do Ministério da Defesa.

Os militares têm de entender que não adianta espernear contra a Comissão da Verdade, e contra as legítimas manifestações de Ministros. Os tempos são outros. Sua gritaria não ganha eco na sociedade, pois, os seus fiéis colaboradores de outrora, a grande mídia, as elites e os EUA se sucumbiram. O primeiro com o advento das redes sociais, o segundo com o fortalecimento da sociedade organizada, e o terceiro com a falência e quebradeira de seu país. Ademias, o povo está mais consciente, tanto, que exigi do Estado brasileiro que toda a verdade do passado histórico sobre os abusos e violações dos direitos humanos cometidos pelos militares venham à tona, e que os culpados, sejam julgados e devidamente punidos. “A Anistia não pode converter-se em Amnésia”.