Estamos
assistindo nesses últimos anos uma covarde guerra contra vários países do
Oriente Médio. Essas batalhas são patrocinadas pelos EUA, com o apoio dos
principais países da Europa e de organismos internacionais, como a OTAN e a desacreditada
ONU.
Os
“sensíveis”, mas falsos discursos para justificar tais intervenções são
variados: mata-se em nome da paz, da democracia, da defesa dos direitos humanos,
contra o terrorismo fundamentalista, etc. Mas a verdade é uma só: mata-se por
interesse, meramente, econômico/estratégico.
Essas
batalhas, malgrado as milhares vítimas
de inocentes, são marcadas também, por inúmeras barbáries: são torturas,
ocultações de cadáveres e assassinatos com requintes de crueldades. E tudo, com
a complacência dos organismos internacionais de direitos humanos. Essas
atrocidades estão sendo cometidas, especialmente, contra lideranças, como por
exemplos, Saddan Hussein, Osama
Bin Laden e Muammar Khadaffi que,
sabidamente, no passado, foram fieis parceiros de seus algozes de hoje.
Mas nessa história há um claro paradoxo: os EUA, que condenam tanto as ações terroristas, vêm sistematicamente, utilizando-se de métodos muito semelhantes às essas ações, esquecendo-se, porém, que o extermínio dessas lideranças políticos/religiosas tem pouco significado prático, pois, podem-se matar os homens, mas as idéias, crenças e/ou doutrinas, essas, jamais, morrerão.
Mas nessa história há um claro paradoxo: os EUA, que condenam tanto as ações terroristas, vêm sistematicamente, utilizando-se de métodos muito semelhantes às essas ações, esquecendo-se, porém, que o extermínio dessas lideranças políticos/religiosas tem pouco significado prático, pois, podem-se matar os homens, mas as idéias, crenças e/ou doutrinas, essas, jamais, morrerão.
Após as mortes de Sadan e Bin Laden, aconteceu, recentemente, mais uma ação dos países ocidentais contra a autodeterminação dos povos. Dessa vez o alvo foi a Líbia, um país muito cobiçado pela sua grande produção de petróleo.
Essa Nação foi governada com "mão de
ferro", pelo Coronel Muammar Khadaffi desde 1969,
após ter dado um golpe de Estado, sem derramamento de sangue. Ao tomar o poder, Khadaffi
criou o conceito de “Jamahiriya” ou “Estado das massas”,
em que o poder é exercido por meio de milhares de “comitês populares”. Foi um
sistema de democracia islâmica, apresentado como uma alternativa ao socialismo
e ao capitalismo.
Mas aproveitando-se de uma revolta
popular contra o ditador Khadaffi, e sob o pretexto de livrar os Líbios dessa
ditadura, os EUA com o apoio da OTAN, bombardearam a Líbia e foram, por mais
uma vez, os protagonistas de uma terrível batalha que vitimou milhares de civis
inocentes. Não satisfeitos, foram também, cumprise da cruel e desumana cena da
exposição mórbida do cadáver de Muammar Khadaffi, seminu, ensangüentado e profanado pelos seus antigos e cobiçadores
aliados: os EUA e os governantes europeus.
Evidente
que não estamos aqui defendendo Saddam, Bin Landen ou Khadaffi, ao contrário, entendemos ser imperioso uma profunda
investigação sobre os atentados aos direitos humanos cometidos por essas
lideranças e todas as demais praticadas no mundo. Contudo, o que não podemos
aceitar é a negação, para essas pessoas, do devido processo legal junto às
Cortes Internacionais. E somado a isso, temos que repudiar as autoridades que
se regozijam com a morte de seres humanos, mesmo que sejam ditadores criminosos.
E finalmente, não podemos ficar inertes frente à selvageria e a imposição da
pena de morte contra esses povos do Oriente Médio. O Poder da Justiça e a
diplomacia não podem ser substituídos pelo poder das armas, como querem e agem
alguns países do ocidente.
Aliás, nesse sentido valhamo-nos de um
fragmento de um brilhante texto do Professor Cláudio Lembo, filiado ao DEM - o que lhe isenta de qualquer conotação
esquerdista ou anti-ocidental - para corroborar nosso argumento. Diz o Professor:
” Morreu Kadafi. Os meios de comunicação ocidentais comemoram. Algumas
personalidades internacionais demonstram satisfação. Todos proclamam a
importância do fim de mais uma ditadura....É lamentável que os países europeus
e os Estados Unidos conheçam apenas as armas como diplomacia. Seria oportuno
adotarem o diálogo como forma de resolver conflitos. Chegou-se ao Século XXI
com os mesmos vícios da antiguidade. Não se busca a paz. Deseja-se a guerra.
Violam-se princípios. Aplaude-se a morte de pessoas indefesas.Não é assim que
se educa para a democracia. O devido processo legal e o direito de defesa são
sustentáculo de valores perenes. O espetáculo selvagem visto nos últimos dias
[referindo ao caso de Khadaff] empobrece a humanidade. Envergonha seus autores...”.
Com a palavra os Organismos Internacionais de Direitos Humanos!
Excelente postagem.
ResponderExcluirVou te enviar um e-mai acabei de receber , como fica claro responder esse seu texto.
Muito bom. Cabe um boa reflexão.Bem fundamentado.
Parabéns.
Bjs
Dirce