Respeitem Lula!

"A classe pobre é pobre. A classe média é média. A classe alta é mídia". Murílio Leal Antes que algum apressado diga que o título deste texto é plágio do artigo escrito por Ricardo Noblat (...)

A farsa do "Choque de Gestão" de Aécio "Never"

“Veja” abaixo a farsa que foi o famoso “Choque de Gestão” na administração do ex-governador Aécio “Never" (...)

A MAIS TRADICIONAL E IMPORTANTE FACULDADE DE DIREITO DO BRASIL HOMENAGEIA O MINISTRO LEWANDWSKI

"O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski recebeu um “voto de solidariedade” da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) pela “dedicação, independência e imparcialidade” em sua atuação na corte. (...)

NOVA CLASSE "C"

Tendo em vista a importância do tema, reproduzimos post do sitio "Conversa Afiada" que reproduz trecho da entrevista que Renato Meirelles deu a Kennedy Alencar na RedeTV, que trata da impressionante expansão da classe média brasileira. (...)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

JORNALISMO DECLARATÓRIO OU INVESTIGATIVO..?


"A sociedade é maior que o mercado. Oleitor não é consumidor, mas cidadão. Jornalismo é serviço público " Aberto Dinis

Há tempos venho denunciando neste espaço, o comportamento aético, partidário e o “jornalismo esgoto” praticado pela grande mídia do Brasil, especialmente, durante os últimos nove anos.

Nesse período, o brasileiro assistiu, leu e ouviu várias denuncias na “mídia nativa” sobre uma série de casos de corrupção no meio político. Contudo, a imprensa nunca se preocupou em acompanhar os desfechos dos casos, e tampouco, em apurar os fatos de maneira profunda e com fontes fidedignas, como bem aconselha o jornalismo investigativo. Ao contrário, as matérias são quase sempre opinativas ou baseadas em meras declarações.

Aliás, com relação a esse comportamento da mídia, o insuspeito jornalista da Rede Globo, Caco Barcellos, em brilhante palestra no Seminário promovido pela Escola de Magistratura da Justiça Federal da Terceira Região, disse: “há uma diferença essencial entre o jornalismo investigativo e o jornalismo declaratório. O investigativo é o do repórter ativo, com luz própria, que investiga antes de a informação se tornar pública. Que ouve os envolvidos e, a partir das declarações, começa a investigar, confrontar a declaração com os fatos que apurou. Declaratório é o jornalismo praticado na maioria das redações brasileiras. Basta uma fonte da área publica ou privada e isso, por si só, se torna uma notícia”. (fonte: conversaafiada.com.br).

Nesse contexto citamos três emblemáticos casos que ilustram bem essa conduta midiática: o mensalão, a entrevista do empresário Rubnei Quícoli ao Jornal Nacional, e por fim, a matéria da revista “Veja” noticiando fatos graves envolvendo o ex-Ministro José Dirceu.                                               

Com relação ao mensalão, o caso ganhou um novo ingrediente. Segundo consta no sitio Viomundo, o ex-deputado Roberto Jefferson, autor da denúncia sobre o mensalão, mas réu no Processo, afirmou em sua defesa junto ao STF que não houve o mensalão. “Foi só pura retórica, modo de dizer”. Frente a tal declaração, não há dúvidas de que a denúncia sobre a existência do “mensalão” cai por terra, até mesmo porque, não há uma única prova nos autos dessa modalidade de corrupção, restando assim, o crime eleitoral tipificado como “caixa dois”.  

A respeito da denúncia do empresário Rubnei Quícoli, em pleno Jornal Nacional, antes das eleições 2010, denunciando um suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil, também, foi por água abaixo. O empresário, reconhecendo que mentiu, pediu desculpas ao PT nos processos em que o Partido move contra ele. Aliás, pela gravidade da acusação e os prejuízos que o Partido teve com a repercussão da entrevista, fica evidente que um simples pedido de desculpa não encerra o caso. O PT tem de ser indenizado por danos morais, e lutar, nos moldes do saudoso Leonel Brizola, por um direito de resposta no Jornal Nacional. 

Por derradeiro, temos a reportagem da revista “Veja” que noticiou que o “ex-Ministro José Dirceu mantém um gabinete num hotel de Brasília, onde despacha com graúdos da República e conspira contra o Governo da Presidente Dilma”.
                                                                 
Para montar essa reportagem a revista “Veja” chegou ao limite da sujeira jornalística. O Jornalista Gustavo Nogueira Ribeiro tentou, por duas vezes, invadir o apartamento de José Dirceu no Hotel “Naoum”. Esse fato foi denunciado pelo Gerente do Hotel e pelo ex-ministro junto à Delegacia de Polícia Civil de Brasília. Nas investigações preliminares, o Delegado Dr. Laércio Rosseto, já confirmou que realmente o jornalista tentou violar o apartamento de José Dirceu, e isso ocorrera, possivelmente, para tentar subtrair documentos para subsidiar a reportagem.

Frente a essa declaração do Delegado, não há dúvidas de que estamos diante de um dos casos mais sórdidas do jornalismo brasileiro, inclusive, se assemelhando muito ao histórico escândalo envolvendo o tablóide britânico “News of the World”, que praticava escutas telefônicas ilegais com objetivos políticos.

Diante de tudo isso, e da covarde e premeditada omissão da mídia sobre os desenrolar desses casos, perguntamos: por que a imprensa não publicou nada sobre a negativa de Roberto Jefferson no Processo do Mensalão? Por que o Jornal Nacional não noticiou o pedido de desculpa ao PT, pelo empresário mentiroso, Rubnei Quícol? E finalmente, por que a mídia hegemônica não publicou nada sobre esse sórdido caso envolvendo a revista “Veja”? As respostas são simples: os desfechos desses casos desacreditam a mídia, e podem desnudar por completo, o jornalismo esgoto e partidário praticado pela grande mídia nacional... Ley de Médios urgente!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

ALGOZ E VITIMA DO 11 DE SETEMBRO

"O melhor meio de os EUA combaterem o terrorismo é deixarem de ser um dos principais terroristas do mundo". Noam Chomsky

Não temos dúvidas de que o ataque sofrido pelos EUA no dia 11 de setembro, foi uma grande barbárie que marcou aquele País. Porém, não é menos verdade que foi uma tragédia anunciada, ou uma reposta à política externa e o terrorismo de Estado que o governo norte-americano espalhou e espalha mundo afora.

Está claro também, que as razões propaladas pelos EUA para justificar suas investidas em todos os cantos do mundo, não são motivadas pelo espírito pacificador e de defensores da democracia, ao contrário, suas ações visam tão somente, defender os seus interesses por meio da força e da espoliação de países e regiões cuja riqueza natural ou estratégica possam lhe trazer algum benefício financeiro ou político.

Outra conhecida razão para as nefastas ações dos EUA são as guerras que objetivam alcançar altos lucros financeiros. A guerra do Iraque, por exemplo, conhecida como a batalha mais privatizada de toda história, movimentou bilhões de dólares entre as empresas dos EUA. Contudo, há que se ressaltar que todo esse fabuloso lucro teve um custo imensurável para o seu povo: as milhares de vidas que foram perdidas nessa luta. Só para se ter uma idéia, somente com a reconstrução do Iraque, mais de 4.500 soldados estadunidenses morreram, ou seja, o dobro de vítimas do “11 de setembro” nos EUA.

Aliás, comentando essa ambição do imperialismo norte-americano e a imediata reação dos povos, a jornalista Cecília Toledo escreveu: “O maior significado do 11 de setembro não reside em ter sido o estopim de uma guerra contra o terrorismo, mas sim uma demonstração de até que ponto o imperialismo pode chegar na sua ânsia de controlar partes cada vez maiores do mundo. Essa política colonizadora enfrentava resistências cada vez maiores das massas dos países oprimidos, obrigadas a viver num processo crescente de miséria e opressão, assistindo impassíveis à espoliação desenfreada de suas riquezas. E isso impulsionou os movimentos nacionalistas e fundamentalistas, entre eles o Talibã, acirrando o ódio das massas contra o imperialismo”. 

Mas não podemos nos esquecer que toda essa história do atentando de “11 de setembro”, guarda também, uma dicotomia que coloca o EUA como algoz e vítima. Foi exatamente no dia 11 de setembro de 1973, que ocorreu um dos mais terríveis golpes de Estado da América Latina, e que teve como principal articulador e algoz, os EUA. Essa subversão militar aconteceu no Chile e teve como conseqüência uma das maiores atrocidades que aquele povo já enfrentou. Logo após o golpe, o General Pinochet depôs o Presidente Socialista, Salvador Allende. Em seguida iniciou um genocídio e uma brutal covardia contra o povo Chileno. Mais de 28 mil cidadãos foram barbaramente torturados, 2.300 pessoas executadas, 1.250 Chilenos desaparecidos, e mais de 200 mil exilados. E tudo isso aconteceu na mesma data: 11 de setembro, porém, mesmo com as grandes manifestações do povo Chileno, a mídia teima em esconder esse terrível “11 de setembro”.

Somada a essa barbárie do Chile, há que se recordar também, outras atrocidades cometidas pelos EUA, mas que por motivos óbvios, não são rotuladas pela mídia como atos terroristas. Assim, perguntamos: será que não foi terrorismo a guerra do Vietnã com a utilização de armas químicas (agente laranja)? E a bomba atômica lançada sobre Nagasaki e Hiroshima? Será que não caracteriza terrorismo esse desmedido e cruel embargo econômico a Cuba? E o assassinato de Osama Bin Laden, que se encontrava desarmado e já rendido, não foi um ato de terrorismo? Claro que todas essas ações são atos de terrorismo de Estado, e o pior: com a complacência das grandes potências, inclusive, com a devida bênção da desacreditada e omissa ONU.